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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

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A Hiperactividade vista à lupa

28.Dez.11

cenas de um natal diferente

 

tal como em muitas outras coisas do nosso dia a dia, também uma festa como esta não existe sem a natural agitação

 

 

os dias que antecederam o Natal foram vividos de forma intensa. O pai está em casa o que por si só basta para pôr os miúdos em estado de euforia. A juntar a todas as questões relacionadas com os tradicionais festejos, para crianças agitadas e com transtorno de hiperatividade, como são o Rafa e o Quico, tinha de dar em momentos vibrantes e plenos de intensidade.

 

 

 

 

p.f. ignorem a data da foto 

 

Do alto da sua «lógica» o Rafa teimou em provar por mil razões e mais uma, que o Pai Natal não existe. Desde tentar demonstrar que seria tão velho que já teria morrido, a usar livros do reino animal para comprovar que as renas não voam, a fazer cálculos de quanto tempo levaria uma pessoa a sobrevoar todo o mundo para entregar prendas, em todas as oportunidades ele «buzinava» aos ouvidos do irmão mais novo todas as suas incontestáveis teorias - objetivo: seria inútil fazer o Natal apenas a 25 de dezembro, poderiamos antecipar a data pois já que o Pai Natal não é o verdadeiro responsável pela entrega de presentes, não faz sentido aguardar por aquela noite específica (quanto ao facto de nessa noite se celebrar o nascimento de Jesus, a teoria mantem-se, a variante é que não faz sentido celebrar tantos dias de natal - já vamos em 2011...de certeza que já não há «menino» Jesus...)

Perante a minha determinação em manter as datas originais e festejar o natal na noite de 24, as cenas variaram entre uma birra descomunal e infantil, gritos, espernear e cordas vocais em ação; corridas loucas pela casa tentando encontrar os possíveis «esconderijos» dos presentes ou mesmo juntar o irmão às reivindicações! Conclusão - passamos todos os momentos em família, tentando controlar o ímpeto dos meus rapazes, pouco sobrando para nos dedicarmos aos preparos finais.

 

 

 

 

Peripécias houve muitas: desde andar mais de uma hora à procura de um bolo rei de chocolate, cuja caixa desaparecera por completo sem deixar rasto, algo que me intrigava profundamente e me fez pensar seriamente que estava a ficar senil, pois jurava que a tinha deixado na cozinha (quando me lembrei de perguntar ao Quico se a tinha visto, deu-me uma resposta que desfez o mistério «a caixa mamã? tá ali, olha, anda ver...» e levou-me até à varanda dos brinquedos, apontando para um caixote onde guarda as suas «relíquias»); o Rafa andou toda a manhã a pedinchar que lhe dessem «só uma, umazinha, a mais pequenina» prenda que estivesse guardada em casa; o Quico fez uma birra sem nexo por causa de uma meia que ele queria colar com fita cola para tarnsformar numa bola; tivemos de refazer toda a árvore de Natal, entretanto destruída por brigas e almofadas «voadoras»; tive de fazer os últimos embrulhos apenas dois minutos antes de os colocar sob o pinheiro para que se mantivessem fora do alcance dos pestinhas....mesmo assim, com 5 adultos por perto e sempre em vigilância, acabamos por permitir que logo após o jantar se desse início ao rital de abertura dos presentes (da famíia) para não corrermos o risco de não existirem presentes intactos por mais tempo....e foi um tal rasgar de papel e laços pelo ar, sem deixar tempo sequer para que cada um pudesse aproveitar para contemplar as lembranças ofertadas com tanto carinho (o que vale é que os meus pais já estão tão habituados a este ritmo alucinante que nem pestanejam quando os netos abrem o que lhes pertence, na ânsia de serem os primeiros a ver e tocar...). Tal como no ano passado tiveram direito a abrir as prendas escolhidas por nós, pais...

 

 

                

 

e tiveram de esperar pelas que só aparecem na manhã de 25

De manhã acordaram cedíssimo (6h20) para correrem a verificar a passagem do Pai Natal e as surpresas que tinha deixado (mesmo que para o Rafa o entusiasmo seja mais para saber quantas prendas nós lhe compramos...) e se ele tinha aceite beber o leite e comer as bolachinhas deixadas durante a noite, como sinal de que os meninos mereciam prendinhas suas

 

 

e lá entraram novamente na loucura do desembrulhar, desta vez com o efeito contagiante da tagarelice e risadas despreocupadas, contentes porque afinal o Pai Natal continua a fazer magia!

assim se passou num ápice esta aventura natalícia (não terá durado ao todo mais do que meia hora mas que valeu pela alegria dos miúdos) e resta-nos agora aguardar pelos festejos de fim de ano que também costumam ser do mais agitado que o nosso prédio conhece há 6 anos para cá!!!

 

 

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