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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

29.Ago.12

o Zoo a Norte

 

 

dos poucos sítios em que os meus putos se aguentam sem «triparem» demasiado, é por entre a bicharada {#emotions_dlg.lol}

 

De tal modo que posso dizer que já percorremos uma grande parte dos locais a Norte do país, onde é possível ver bichos & companhia...alguns deles ja visitamos mais do que uma vez, claro! é o caso do Zoo da Maia  (clique no link)

 

Da última vez que por lá passamos não ficamos com a melhor das impressões. O Zoo estava em fase de reestruturação, muitos dos animais não podiam ser visitados, achamos o local muito sujo e degradado, os miúdos viram tudo em menos de 20 minutos...Entretanto soubemos que o Zoo sofreu obras, recebeu novos animais e prometia novidades, por isso arriscamos e foi por lá que andamos no passado domingo

 

 

 

 

 

francamente está melhor, mais cuidado e mais aprazível

 

 

os novos felinos fizeram as delícias do Quico

 

 

 

 

 

 

o «reptilário» está bastante melhor agora e é o local dos animais preferidos do Rafa

 

 

 

 

o show do «nico», único leão marinho do Zoo foi bastante animado

 

 

 existe um espaço para brincadeiras extra

 

 

e no geral posso dizer que gostamos mais desta vez! Para quem aprecia o género animal, este é um sítio onde pode passar uma tarde agradável agora que estamos a chegar ao final das férias de verão, numa região que merece ser visitada e que apresenta cada vez mais diversidade

 

24.Ago.12

dúvidas do mais novo

 

 

(algumas delas absolutamente existenciais)

 

O Quico tem andado muito interrogativo ultimamente, diria até introspectivo algumas vezes...algumas das suas questões mais frequentes são a propósito  dos «insondáveis e misteriosos» caminhos da fé!

 

«mano, quem é mais forte? o Hulk ou Jesus?»

 

diz o Rafa «Jesus, claro!»

 

«Jesus consegue esmagar os prédios? e atirar os camiões pelo ar? e pode mais que o Hulk?!...» aqui resolvo intervir e tentar explicar que a força de Jesus não é bem desse tipo, é uma força que nós sentimos em momentos em que pedimos ajuda e acreditamos nessa força «mas ele consegue matar os maus pois é mamã?»...

 

e uns dias mais tarde, depois de uma explosão de impulsividade do Rafa dentro do carro numa deslocação à praia «mano, olha que Jesus tem armas poderosas, o raio, os trovões e o inferno..» a dúvida é como consegue Jesus usar tantas armas ao mesmo tempo...

 

ou quando passa uma notícia em que se fala de assaltos ou incêndios (temas que o fascinam) ele olha para mim e diz «os maus nunca ganham pois não? porque Jesus é um polícia e ele é muito forte...ele está em todo o lado...»

 

nota-se que ele tem vindo a pensar demoradamente no assunto quando atira com ar sonhador «eu queria ser Jesus!»

 

também faz questões mais específicas sobre as «armas» de Jesus, com especial interesse pelo inferno...que ele considera muito pior do que a cadeia - aliás tem uma teoria para os castigos: os ladrões que só roubam ficam na cadeia. Mas aqueles que são maus, que incendeiam casas, esses vão para o inferno. Só o preocupa o facto de achar que o tal sítio pode ser pequeno para as necessidades, um destes dias perguntou à avó «como cabe lá tanta gente?»

 

e depois existem as questões sobre o inevitável envelhecimento

 

«mamã, quando eu for um senhor assim como o papá...quem brinca com os meus brinquedos?» e eu a disfarçar o riso «bem, se sobrar algum até essa altura, podes dá-los a um filho teu»

O Quico olha-me com ar apreensivo «hummm...meu filho?! e quem tem o filho pra mim mamã? és tu da tua barriga? o papá?» e eu com o meu tom mais sério «não meu amor...quando fores crescido vais ter uma namorada e depois se quiserem vocês têm filhos» e quase não resisto quando ele muito aflito me confidencia em voz baixa «mas...sabes...eu não sei como, percebes? como eu tenho os bebés?...é muito difícil»

 

tanto ou mesmo mais difícil do que a tarefa de se limpar sozinho na casa de banho «mamã quando eu for um senhor podes ser tu a limpar-me o rabo? é que eu acho que não consigo, não vejo atrás...» 

 

Eu acho que o pequeno se preocupa demais...

 

 (post agendado antes do lay-off {#emotions_dlg.blink})

 

14.Ago.12

por entre dias

 

alucinantes...assim se vai passando o mês de agosto cá por casa!


Também com um filho diagnosticado com PHDA e outro que leva todas as caraterísticas, qualquer semelhança com a realidade (dos outros) é pura ficção!

 

 

 

 imagem tirada da net

 

 

 

Embora habituada a viver a mil, os dias de férias são para mim uma tortura. São longos, cansativos e super agitados. Demais!! As manhãs despertam cedo e terrivelmente implicativas - para dar um exemplo:

 

6h45 - o Rafa salta da cama e acorda-me, seguindo logo a acordar o mano...disputam de imediato um lugar no PC para ver quem joga primeiro...brigam para ver quem come os cereais primeiro e para ver quem chega o comando da TV primeiro...e depois seguem-se as tardes! loooongas...e cansativas, em que por mais incentivos que vá dando, as únicas coisas que fazem são brigar entre eles e chatear toda a gente...enfim! As horas que passo a separá-los e a tentar que façam alguma coisa, desgastam-me e deixam-me com pouco tempo para viver este período em família.

Finais de dia são para esquecer, cada vez o ritmo aumenta mais e não abranda antes da noite já bem entrada! embora a medicação do Rafa seja tomada por volta das 21h, o adormecer chega lá para a meia noite!

E as rotinas? é que nem querem saber de coisas tão básicas, como tomar banho (porquê mãe? eu nem vou para a escola...) vestirem-se ou deixarem o ar de selvagens em fúria....para o Quico comer é algo que impede saltos e brincadeiras (nem que seja por um segundo) e portanto prescinde disso...

 

De vez em quando atrevo-me a mudar o palco de tanta agitação. E assim, em vez de ficar-mos por casa, lá nos aventuramos numa praia, numa piscina, parque ou qualquer outro sítio que tenha espaço para correrem e sobretudo água para se banharem! aliás, na água conseguem parecer «quase normais» não fosse o entra e sai constante - tipo: mergulho, areia, toalha, areia, mergulho ininterruptamente por mais de 4 horas....e os desatinos com que brindam quem está com eles ou quem fica de mirone....

 

o linguajar anda do melhor! os meus filhos decididamente estão-se a «marimbar» para códigos e acordos ortográficos. Entre eles e deles para nós (e para outros) prevalece o mais puro e duro calão. Mas do norte, claro! que nisso eles são menifestamente defensores da «língua materna». O Quico usa todos os palavrões sem demonstrar réstia de pudor...o Rafa nem pestaneja. Eu antes corava....agora - tapo os ouvidos (o que não ouço não me atinge!)

 

 

e pronto - querido mês de agosto, vê lá se chegas rápido ao fim, sim?



07.Ago.12

viajar no tempo

 

 

por Terras de Santa Maria

 

Uma viagem de Verão que pode ser fabulosa, basta que se goste da época medieval, se feche os olhos e se deixe embrenhar no espírito que reina naquelas paragens!

 

por estes dias, santa maria da feira recebe a Feira Medieval (clique no link) e para nós que somos fãs do formato, este é um programa que vamos repetindo a cada ano - sempre com novas descobertas.

 

Os miúdos adoram estes encontros com uma época cheia de interesse histórico mas onde a azáfama é o que mais fascina, talvez porque para os meus rapazes sera bem mais simples viverem sem as «etiquetas» modernas lol!

 

Apreciamos os teatros que surgem de repente, com figurantes metediços e que nos fazem «viver» na pele de personagens medievais. Adoramos as recriações históricas, as tomadas do castelo, a bravura dos combates, a possibilidade de fazer-mos parte dos torneios!

 

 

 

Assista ao ‘Verão Total’ da RTP  imagem tirada do site oficial

 

 

 

E para quem gosta da comida de espeto, não deixem de provar as sandes de porco, acompanhadas das mais variadas sangrias (acho que nunca bebi tão boas) e adocem a boca com os crepes gulosos, de sabores únicos. 

 

Para a criançada existem motivos mais do que suficientes para usufruirem de uma bela jornada em que podem ser pagens, rainhas, bobos ou o que a imaginação ditar (e os fatos existentes para aluguer permitam!)

 

Uma escapada de verão a não perder!



 

03.Ago.12

Livros que refrescam

 

a imaginação!



Para muitos adultos as férias são o pretexto para se «agarrarem» ao livro que querem mesmo ler...para as crianças é quase sempre o contrário - férias são sinónimo de «deixar os livros para trás das costas». Mas é possível fazer do prazer da leitura uma diversão até para as crianças. Mesmo as que sofrem de PHDA lol!

 

O segredo? a história não pode ser longa, tem de ser divertida, despertar a imaginação e levar à ação! E quem diria que um livro de poesia (para crianças) pode condensar todos estes atributos?

 

Eu já conhecia o autor ALMA LUSITANA (clique no link) pseudónimo de um conterrâneo, cuja obra me foi apresentada pela sua maninha (uma das minhas grandes amigas) a Sandra! desta vez ela levou-me a conhecer esta delícia, editada recentemente pela CHIADO EDITORA (clique no link)

 

 

 


através de maravilhosos personagens conta-se uma história com o tamanho/tempo certo, cheia de diversão (a poesia brinca com as palavras) e que puxa pela imaginação! e como o cenário é uma Cozinha Encantada, logo nos leva à ação! O que acontece numa cozinha? Magia é a resposta!

 

Ora lá fomos inspirados para a cozinha e depois da leitura fizemos uma bela sopa fria, receita da minha infância (que é mais uma espécie de sobremesa) com arroz e banana - um outro prazer que nos refresca o verão!

 

Cá vai a receita:

 

250 gr de arroz (preferência carolino)

100 gr de açúcar (ou mel)

4 iogurtes naturais

 

Coloque o arroz a cozer em líquido suficiente na proporção de duas partes de água para uma de leite. O arroz deve ficar bem cozidinho (vá acrescentando líquido se necessário) mas sequinho. Enquanto ferve deve ir mexendo e juntar o açúcar.

Depois de pronto, retire do lume e deixe arrefecer um pouco. Junte então os iogurtes, mexendo bem, divida por taças e coloque no frigorífico, aguarde pelo menos 4 horas antes de servir.

Na hora de levar à mesa, parta umas rodelas de banana e disponha por cima enfeitando cada tacinha.

 

É uma receita que as crianças podem preparar e que para além de nutritiva é fresca pelo que pode srvir de refeição ligeira após um dia de brincadeiras!

 

 BOAS LEITURAS E BOM PROVEITO!

 

 

 

 

 

02.Ago.12

das medidas

 

 

as tais que podem ser mais ou menos drásticas

 

já percebi que isto de educação não é nada linear - e tal como não existe um modo único de educar, também não existe uma forma única de definir um «castigo». Eu aprendi há muito que «castigo» é algo vago e abstrato no entendimento de uma criança portadora de PHDA. E se mesmo para os pais cujos filhos não sofrem deste transtorno, por vezes as regras não são fáceis de implementar, para quem tem miúdos com hiperatividade, a missão pode ser (quase) impossível.

 

Dos comentários que me deixaram ao post da introdução, destaco que algumas mães consideram a «palmada» como drástica - o que é bom, pois significa concerteza que não usam de forma recorrente o método da força (no entanto que me desculpem mas eu não acho nada drástico dar uma palmada - uma apenas, quando sai de cabeça fria e pensada, caso contrário pode virar para o descontrolo, é um corretivo que já se mostrou eficiente em muitos casos!)

Já em relação ao comentário da Pat (mãe de um menino com PHDA) o discurso é bem mais semelhante às situações daqui de casa - aliás duas das descritas já apliquei com o Rafa. Cancelar a festa de aniversário, quando ele esperava ter um grupo de amigos e festejar num recinto desportivo. Foi motivo para gritaria por algumas horas, muita fúria e muita contestação/confronto até...mas durou apenas naquele momento - no dia do aniversário não se lembrou da festa e sempre que eu a mencionava e o motivo porque a tinhamos cancelado ele dizia «e quê? eu nem queria festa...» e continuava na dele...Já o fechar no quarto resultou apenas por duas horas porque para além de ter partido quase tudo o que havia no quarto (digo móveis porque tinhamos tirado o resto, ou seja os brinquedos) teria partido a porta caso o não tivessemos deixado sair entretanto. Acabei por considerar que o gasto com os estragos e o sufoco que passamos naquelas duas horas de terror, seriam bem maiores do que a lição que ele iria retirar....

Para além dessas duas, houve uma vez que tal como a C. também a cena se passou no carro, a diferença é que estava apenas com o Rafa e que depois de ele me ter partido com os pés o tabelier, parei, puxei-o para fora, entrei no carro e arranquei. Sim...ficou na berma, berrando desvairado...sim, travei uns metros à frente, entretanto desperta quando um grupo de mulheres de uma fábrica que viram o sucedido corriam atrás do carro 

 

Ou seja, para mim «drástico» já tem assim uma conotação digamos mais à frente!

Ora se uma coisa eu aprendi é que para o Rafa, não faz sentido retirar algo, ou mesmo usar um «castigo» para mudar um comportaento. Para ele, tal como para outras crianças com PHDA, o reforço positivo e muito mais eficaz. E uso realmente esse sistema muitas vezes para o fazer compreender certas coisas (tal como por exemplo com o método dos pontos) e resulta muitas vezes!

 

Mas em outros momentos sinto que tenho de lhe aplicar uma «sanção» pelo que ele fez. Impulsivamente, se lhe dou uma palmada é óbvio que ele não se fica - nem reconhece a autoridade e a diferença de eu ser a Mãe. Portanto teria de entrar em confronto - ora isso eu tenho de evitar claro! Também nunca se cala a um argumento....já se lhe virar costas, o ignorar e lhe disser que tem de ser ele a tomar as suas decisões básicas) a que horas se deita, trocar a roupa, faer um lanche sozinho....

 

Depois de um alucinante dia em que pareciam dois diabos zaragateando pela casa - a minha cabeça estava qual balão em enchimento. Tinha ameaçado que me iria embora de casa se continuassem noite dentro. Continuavam e não havia maneira de parar - aproveitei e esgueirei-me em silêncio. Quando deram pela minha falta, já estava escondida no atrio. Ouvi os gritos e resisti. Ouvi a aflição de um e de outro, a voz de pânico do Rafa e o choro terrível do mais novo. A tentativa do Rafa de acalmar o Quico foi comovente e acabei por entrar quando o Rafa se dispunha a telefonar aos avós e procurava afoito o seu telemovel por causa do número (já tinha ligada para o meu telemovel mas deixei-o propositadamente no quarto e isso aumentou-lhe a aflição)

Quando entrei o Quico agarrou-me com força e o Rafa transpirava em bica de tanta ansiedade. O meu coração ficou amachucado por ter feito essa «maldade». Avisei-os no entanto que o faria se não conseguisse manter as coisas dentro do limite. O limite são as brincadeiras e o terem de respeitar as regras da mãe quanto a horários, barulho e higiene. A coisa melhorou com eles muito solícitos e até o Rafa pediu desculpa. 

Claro que foi uma medida de curta duração - mas aqueles minutos em que julgaram que os tinha deixado (ai!) valeram uma lição mais eficaz do que se lhes tivesse tirado todos os brinquedos ou os proibisse de irem ao cinema. 

 

Se tiraram a devida consequência? bem, a julgar pelo incremento das atividades «radicais» e parvoeiras associadas, a coisa não funcionou tanto assim, embora se eu olho direto nos olhos deles e lhe «relembro» o que aconteceu, acalmem um pouco...bolas, o que precisarei fazer a seguir? 

 

Depois de analisar descobri um dado importante - a última vez que dei um elogio ao Rafa foi no dia 26 de Junho, dia em que fui levantar as notas escolares. Depois disso só repreensões - tenho de inverter rapidamente a minha conduta! Isso sim faz muita diferença e é uma medida bem «drástica»

 

 

 

 

 

01.Ago.12

do aniversário

 

 

apenas para agradecer os miminhos deixados nos comentários e dizer que fico super feliz por saber que continuam a partilhar os nossos momentos

 

para mostrar um pouco do que foi possível aproveitar de um dia vivido (como era de esperar) a mil, tanto pelo aniversariante como pelo mano mais velho 

 

 

 

aceitando a sugestão dada pelo próprio interessado, acabei por aproveitar o dia de aniversário para lhe oferecer uma ida ao cinema (que serviu também para fazer o Rafa participar) com direito a menu completo. E fomos ver o maravilhoso

 

 

 

 uma loucura! adoramos e recomendamos 

 

Para a família (entenda-se os que estão sempre por cá) ficou reservada a festa da praxe para que o Quico soprasse a velinha. Claro que tentei manter o tema que pediu - dinossauros - e todos colaboraram. Este foi o resultado (faltaram os morangos porque não os consegui encontrar com a qualidade necessária mas tudo o resto estava no bolo - o chocolate em pepitas na massa e as natas batidas a cobrir lol)

 

 

 

 

  

 

até nas prendinhas

 

 

 

 

 

e pronto, acho que conseguimos um dia inesquecível para ele, que afinal era o que mais importava! 

 

 

 

Tu vê lá o que fazes agora até aos 7 rapaz!