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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Dez.12

O mundo não para

 

 

e não se compadece com atribuladas viagens de Vida

 

porque este não foi um ano fácil, por cá tivemos dias bem agitados e super endiabrados. Nem as festas fazem dois enérgicos rapazes ficarem exaustos, aliás fazem estes enérgicos diabretes ficarem ainda mais eléctricos! Cada segundo que passamos por casa foi mais um momento de desgaste. E com momentos assim, não há «elasticidade» nem paciência que dure....

 

Foi um ano de mudanças...um ano de perdas, algumas aprendizagens - não necessariamente felizes. Logo em janeiro passei à condição de desempregada. Sem trabalho perdemos algum desafogo que se começava a vislumbrar após anos de luta e muita precariedade. Também o pai se viu a braços com a perda de estabilidade depois de cinco anos de trabalho em espanha e decidiu rumar para outras paragens, perdendo cada vez mais a já frágil ligação que mantinha com as crianças e comigo. Perdemos portanto enquanto família, o pilar da proximidade. E não, ninguém venha dizer que com as novas tecnologias do longe se faz perto, porque não há tecnologia que substitua o abraço paternal, o beijo na hora do dormir, o ombro para se encostar.

Mudei entretanto para a condição de «desempregada com ocupação a tempo inteiro», uma genial invenção do estado para conseguir manter o mísero subsídio a que tenho direito. Perdi autonomia, perdi confiança nas minhas capacidades, perdi motivação. 

Os meus pais perderam este ano muito da sua saúde. Sempre em permanente desassossego, desgastados pela luta de vigiarem dois miúdos com PHDA e com tarefas que já exigem demais para as suas idades e competências. Perdeu a minha mãe, cujo acidente em abril a atirou para meses de recuperação dolorosa e perdeu o meu pai, cuja saúde nos pregou um susto grande demais para ser ignorado.

 

Este foi o ano de entrada no ensino básico para o Quico. Entrada difícil a prever muitas horas de luta. Já perdi muitas horas de sono à conta desta nova etapa e irei perder muitas mais (farei post sobre este assunto pois há muito para partilhar aqui)

O Rafa está desde a metade deste ano a «viver» uma nova obsessão e muito perde à sua volta pois não mostra qualquer interesse para além daquele - quem com ele tem de (con)viver, quase perde o juízo, aprendendo ainda como lidar com esta nova fase!

 

2012 não me deixa saudades. O novo ano que se aproxima não vem risonho. Estou a ser muito dramática? talvez, sempre fui de grandes convicções - até na tristeza!

 

Se porventura tenho alguma esperança que isto vá melhorar? Não. Não no sentido que todos gostaríamos, não como país, como povo, como nação. Não vamos ter mais emprego em 2013, não vamos ter melhores condições de vida, não vamos ter melhores escolas, melhores hospitais. Não vamos deixar de ouvir falar em austeridade e não vamos deixar de viver com as moedas contadas, para que o governo as venha buscar em impostos...

Mas uma coisa vos digo - tenho dois filhos  que vão viver mais um ano das suas vidas na mais absoluta das certezas - esta mãe vai manter tudo no lugar. Vai sempre dar-lhes o melhor de si própria, vai continuar a ensinar-lhes que podemos ter o que queremos, se nunca deixar-mos de acreditar. 

 

em 2013 o mundo não pode parar - a nossa Vida também não!

 

 

P.S - não podia terminar sem a minha pontinha de ironia - pois não é que perdi a chave de casa? até isso me aconteceu....xô 2012, xô!

 

 

 

23.Dez.12

Gerir um Natal assim

 

 

numa casa onde dois miúdos com PHDA são o motor do que acontece, não é nada fácil

 

Ponto 1 - o Natal deste ano vai ser muito diferente, a tradição não se repete e o Pai não vai estar presente. O que isso provoca? um turbilhão de sentimentos nos meus meninos, desde choros descontrolados até um assimilar da notícia com um encolher de ombros e uma «indiferença» nada verdadeira - porra de país e de política que me altera a Vida sem ponta de remorso

 

Ponto 2 - o caos instalou-se desde o dia em que os miúdos ficaram sem aulas e os meus pais começaram as tentativas para tomarem as rédeas...dia de folga para mim, só as que o governo permitiu, portanto a casa parece um monte de destroços e os preparativos ficam soterrados por uma montanha de afazeres domésticos acumulados, aos quais tentarei sem dúvida dar algum jeito

 

Ponto 3 - não ando com espírito festivo mas confesso que por causa do impacto na vida das crianças, faço das tripas coração e esforço-me por manter uma rotina o mais saudável possível. Agradeço cada momento de sanidade mental que me resta e se sobreviver a este Natal, terei mais uma  série de peripécias para contar!

 

Se não voltar por cá antes tenham todos um Santo Natal!



17.Dez.12

nos «entas»

 

 

assim como se nem tivesse dado conta....entro agora na «provecta» idade dos quarenta...

 

e bem sei  que dizem que os quarenta são fabulosos, que estamos no esplendor da vida, que aos quarenta as mulheres ganham em estilo, em glamour e tal....mas isso é coisa que se «inventa» para disfarçar que já não temos o fulgor dos 30!

 

 

 

 

 

 

 

e pronto, sem grandes alaridos, deixem-me ir curtir esta nostalgia que teima em instalar-se em mim

(hoje apeteceu-me ser dramática)

 

 

 

 

13.Dez.12

agendas preenchidas

 

 

e recados escolares com fartura!

 

eis as razões da minha pouca assiduidade pelo mundo dos blogues...

 

Não está a ser fácil conciliar o meu Contrato de Emprego Inserção com a minha vida familiar. Por mais que corra (e acreditem que o faço literalmente) sempre que chego a casa tenho uma série de tarefas domésticas acumuladas a juntar às imprescindíveis «lutas» diárias para manter esta família a funcionar. Talvez se não tivesse dois miúdos com PHDA em casa, as coisas não estivessem sempre perto da ruptura...mas com garotos que em dois segundos são capazes de colocar todo o conteúdo de um guarda fatos espalhado pelo quarto, empurram móveis para sítios diferentes, esvaziam gavetas onde se guardam objetos pequenos que depois se perdem pelos cantos antes de os conseguir-mos reunir novamente, miúdos que por mais ordens que recebam nunca fazem sozinhos (ou pelo menos não sem empurrões) tarefas que lhes competem a eles, miúdos aos quais para que nos ouçam temos de fixar os olhos e definir claramente o que pretendemos, miúdos que nunca se cansam por mais corridas que façam - sim, é impossível conseguir tempo para outra coisa qualquer! Talvez se houvesse um par de mãos/vozes/olhos/ouvidos extra (um par que viesse dividir-partilhar esta aventura) as coisas fossem diferentes. 

 

A verdade é que não dá para mais. Principalmente porque ainda temos de juntar no rol, vidas escolares agitadas. Sempre com recados de um e de outro. Muitos do Rafa que já vai com o limite de faltas de TPC a 3 disciplinas, muitas chamadas de atenção ao comportamento e muitos avisos para que estude e não se esqueça das datas dos testes...e muitos, muitos do Quico, com bolinhas vermelhas que já perderam a função de «aviso» dado que não surtem qualquer efeito no petiz. Muitas fichas em atraso porque não as faz na sala de aula e muitos TPC que não chega a realizar porque me recuso a  «massacrar» um miúdo que tem muitas potencialidades mas está ainda muito imaturo para as conseguir explorar.

 

E depois há também a minha fragilidade emocional que está em alta! muito de mim  está em jogo, se calhar porque me vejo perante um monte de incertezas em que o tempo não ajuda a descortinar soluções. E quando temos as mãos atadas, os olhos por vezes não vislumbram para lá do óbvio. Estou desempregada, tenho de continuar a procurar trabalho e a considerar hipóteses, no entanto passo o tempo a realizar tarefas que me absorvem e não me deixam alternativa. Estou todo o dia a lidar com novas situações, tenho que me adaptar a tarefas que estão muito longe da minha área de trabalho/académica, no entanto sinto que estou a «perder» o meu tempo pois sei que a partir do fim do subsídio, não tenho perspectivas de utilizar as minhas competências. 

 

Quanto às agendas, amanhã o Quico vai com a escola ao Coliseu do Porto ver o Circo de Natal - está hiper entusiasmado. O Rafa tem de preparar em conjunto com os colegas uma «Mesa de Natal» que vai ser apresentada na sexta (dia de festa na escola) e a mamã fo apanhada para voluntariamente fazer um bolo que se enquadre no tema da dita mesa...

 

 

mais palavras para quê? volto quando puder!



11.Dez.12

É oficial

 

 

Registo que depois de cinco tentativas, quatro bolas partidas, dois bonecos esfarrapados, muitos saltos, pinotes no sofá, amuos, birras e afins.....

 

conseguimos montar o nosso pinheiro de Natal deste ano! se vai durar isso já é outra história...veremos daqui a uns dias {#emotions_dlg.sarcastic}

 

 

 

 

Quanto aos outros assuntos dignos de registo (muitos há que dizer...) veremos se o tempo permite um alinhamento mais completo talvez para amanhã ou depois - até porque os miúdos estão na reta final do período escolar, logo muita coisa a tratar e a mãe tem umas olheiras até ao chão!! 

 

Só para «abrir» o apetite - o Quico fez aletria! sozinho! usou esparguete, muita farinha, oleo de culinária e uns lindos diospiros maduros...amassou tudo enquanto o diabo (eu) esfregava um olho. Colocou numa taça e polvilhou com canela - pelo menos cheirava bem, embora ninguém se tenha atrevido a provar tal receita nada tradicional.

Se o rapaz se lembra de preparar sozinho todo o cardápio, vou ter uma refeição do mais alternativo para a consoada! {#emotions_dlg.brrrpt}

 

 

06.Dez.12

Divulgar uma boa ideia

 

É sempre um incentivo para regressar ao blog (embora haja muito que dizer, o tempo não chega para tudo...)

 

Depois de um desafio lançado pela querida Eduarda  (clique no link) atrevi-me não só a participar como a divulgar pelo meu blog e pelo face esta boa ideia - porque os gestos solidários nunca são demais (apesar de palavras como as de Isabel Jonet  não serem muito inspiradoras) e podem fazer uma grande diferença!

 

 Cá vai o desafio


«Gente Boa de Braga e arredores Decidi participar no projeto de "Pais criativos, Filhos Felizes"( http://paiscriativos.blogspot.pt/2012_10_01_archive.html), que tem como objectivo criar um boneco, utilizando meias ou luvas, para oferecer às crianças do IPO de Lisboa e Porto. Por ser tão inspirador, "atrevi-me" a alarga-lo às crianças do Hospital da minha cidade Hospital de Braga. Lancei este desafio ao colégio do meu filho, está agendado com o Hospital de Braga a entrega dos bonecos às crianças, porém os bonecos que recebi até hoje não são suficientes. PRECISO DE "REUNIR" MAIS BONECOS PARA AS CRIANÇAS DO HOSPITAL DE BRAGA, POSSO CONTAR COM A VOSSA AJUDA ?»

 

 

    Os interessados podem enviar email: dadinha.c22@gmail       

 

 

 

 

 

 

 

 

e façam o favor de participar e divulgar! obrigada {#emotions_dlg.blink}