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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

27.Jun.13

uma greve nunca é geral

 

 

mas geralmente espera-se que afete a vida da maioria das pessoas

 

 

a pergunta «mas uma greve geral resolve os problemas?» é a mais parva que se pode fazer! uma greve é uma forma de contestação única, essencial a quem trabalha e mais ainda para quem está desempregado - é a mais forte pressão social e a que mais obriga a repensar políticas e estratégias. Isso na essência, claro! na pratica sabemos que nem sempre é assim...a não ser quando a greve é bem pensada, quando as pessoas se unem na causa e quando as estruturas sindicais cumprem bem o seu papel (veja-se a greve dos professores). A ideia de que os sindicalistas são um bando de papões a gozar com o erário público vem de quem nunca fez nada pelos outros e não vê para além do seu umbigo. 

 

Sou pela essência! acredito no poder da contestação, na força da greve! e afirmações destas são a prova de que tenho razão:

 

Passos Coelho: “País precisa menos de greves e mais de trabalho” 


só quem se revê nesta política pode concordar. O país precisa é de mudar de governo, precisa de novas políticas e mais emprego. A greve é a capacidade de olhar para a frente e acreditar na mudança. Os portugueses trabalham bem, sentem-se é traídos por quem governa



 


imagem da net




23.Jun.13

noite de folia

 

 

a antecipar um dia dedicado a um dos meus Santos favoritos 

 

 

   

 

embora por cá não haja feriado, a noitada não deixa de ser festejada com as tradicionais marteladas, o cheiro do alho pôrro, cascatas e claro os bonitos balões, largados na noite 

 

 

 

   

 

quem puder não deixe de sair à rua, porque pelo menos hoje podemos dar na cabeça uns dos outros sem dó nem piedade 

 

 

19.Jun.13

ele e os exames

 

 

ter uma criança com PHDA é viver sempre com a incógnita

 

nunca sabemos como vão eles reagir às diferentes situações, mesmo nas situações em que os contextos são conhecidos, as reações podem ser diversas...

 

O Rafa tem em muitas circunstâncias diárias, sobretudo em relação à escola, demonstrado muita ansiedade. Passo horas e horas a tentar mostrar-lhe formas de ele lidar com essa ansiedade, em particular com a frustração que lhe está subjacente. Horas a ensinar-lhe estratégias de relaxamento, muitas horas a criar motivação para ultrapassar as dificuldades, mais horas ainda a insistir na necessidade de ver mais longe e projetar o futuro.

Muitas horas do percurso escolar do Rafa são de preparação para os testes, obrigando-o a criar métodos de estudo mais eficazes, sabendo eu que sem ter um método ele se perde com facilidade, especialmente tentando minimizar os efeitos da resistência afincada do meu filho a tudo o que diga respeito a estudo, rotina, salas de aula e professores. Por norma, sem ter um métdodo muito organizado (por vezes sem sequer saber ao certo as datas dos testes) consegue ser eficiente na hora H e safa-se com notas que nunca vão baixo dos 70%. Mas com o avançar dos anos, torna-se cada vez mais visível que precisa de adquirir essa ferramenta de organização, senão corre o risco de ser ultrapassado pela matéria nova.

 

Este ano há um desafio acrescido. Como está no 6º ano, tem os seus primeiros exames nacionais às disciplinas básicas de português e matemática. Portanto tem sido muito interessante observar como ele lida com esta situação. Claro que tem sido muito difícil fazer com que aproveite as aulas de apoio organizadas pelos professores dessas disciplinas. Entende o meu filho que não há necessidade de ter aulas de apoio para exames....já que tiveram um ano inteiro a falar da mesma matéria {#emotions_dlg.sarcastic} por outro lado, diz ele, um exame é apenas um teste em que em vez de sair um bocado da matéria, sai a matéria toda (mesmo que sejam dois anos). Ora assim sendo, anda o Rafa muito descontraído, mesmo que ouça falar em greves e coisas assim, assunto que aliás não lhe interessa minimamente...

 

Mesmo assim, porque sei que cada caso é um caso, aqui deixo algumas dicas para quem tem miúdos com PHDA e queiram ajudar a reduzir a ansiedade desta fase de exames (que ponho em prática de um modo por vezes meio disfarçado, como se fosse uma brincadeira de final de noite)

 

«Inicialmente a criança deverá estar deitada de barriga para cima, com braços e pernas ligeiramente distanciados do tronco do corpo (poderá deitar-se num colchão ou no chão desde que este seja confortável e com uma temperatura agradável).

  1. Mexe os dedos fingindo que toca piano, depois os pulsos;
  2. Coloca as mãos nos ombros e roda os ombros para a frente e para trás;
  3. Com as mãos no pescoço, eleva os cotovelos e expira;
  4. Com as mãos na cabeça mexe a mesma para a frente e para trás e para a direita e para a esquerda;
  5. Apoiada nos braços estica e encolhe pernas e roda os tornozelos;
  6. Sentada, massaga os dedos dos pés;
  7. Sentada, roda os tornozelos, um de cada vez;
  8. Sentada, dá um “pontapé” no ar, um pé de cada vez;
  9. Sentada, junta as plantas dos pés segurando com as mãos e mexe os joelhos para cima e para baixo;
  10. De gatas, faz posições de gato: arqueia as costas e estica o tronco;
  11. De pé, baixa-se sobre os calcanhares e volta a levantar-se;
  12. De pé, com as mãos nas ancas, move-se para a direita e para a esquerda;
  13. De pé, com os braços levantados, inclina-se de um lado e do outro;
  14. De pé, estica os braços e deixa cair para baixo.»


De resto é um ótimo momento familiar, preparando uma noite tranquila, fundamental para as necessárias horas de sono, antes de um dia de exame!

 

 BOA SORTE A TODOS!

 

18.Jun.13

RAPIDEZ

 

de raciocínio

 

 

discutia-se cá em casa mais uma notícia em que sabemos andar a comer «gato por lebre», o tal «bacalhau com natas» feito com peixe-caracol

 

questionava o meu pai «nem sei que peixe é o tal peixe-caracol?!»

 

e diz o Rafa com a sua habitual fluidez verbal «é um peixe lento» {#emotions_dlg.sarcastic}

 

 

 

 

 

 

 

 

16.Jun.13

Quem está mais ansioso?

 

 

serão os alunos que estão à espera do exame, marcado para uma data incerta....

 

serão os pais que não sabem explicar aos filhos o porquê desta incerteza...

 

serão os professores que andam com a incerteza no horizonte...

 

 

eu diria que a ansiedade está do lado do governo

 

o mais ridículo é que os exames são o menor dos problemas

 

os alunos deveriam estar ansiosos com o pós exame e a incerteza que é o futuro - quer seja para ingresso ou não no ensino superior...

 

os pais andam ansiosos mas é com o dia a dia cada vez mais difícil, com a falta de trabalho transversal a tantas gerações, com políticas cada vez mais patéticas e com a agonia de chegar ao fim do mês sobrevivendo com salários cada vez mais apertados - os professores também são pais! e esta ansiedade faz parte das suas vidas, tal como de todos os portugueses!

 

A ansiedade do governo tem um nome - cobardia! cada vez mais me parece visível que um bando de ministros atarantados quer a todo o custo manter as rédeas do que já não domina...

 

12.Jun.13

serviços mínimos, idiotice máxima

 

mais uma vez Nuno Crato mostra como se investe na DESeducação de um país

 

Apesar do Colégio Arbitral ter contrariado a requisição dos serviços mínimos para o dia 17, o governo insiste na realização do exame nesse dia, não desistindo do braço de ferro com os professores. O ministro, numa clara provocação ao estipulado por Lei, elabora um discurso- aliás em linha com o que vem sendo habitual noutras situações - de vitimização, sendo que o Governo é a vítima e os orgãos que protegem os direitos cívicos (como o direito à greve)  são os maus da fita.

 

Ao martelar sempre na mesma tecla, o governo arrisca-se a virar o feitiço contra o feiticeiro. Ninguém é tão parvo assim que considere que um exame não possa ser marcado para uns dias mais tarde, sem haver prejuízo para qualquer das partes. De resto, estando todos na mesma situação por se tratarem de exames nacionais, o argumento de as notas serem conhecidas mais tarde, vai influenciar o quê? será que os pais estão assim tão preocupados com a marcação de férias como insinuou Crato? com a alteração da rotina familiar, devido à alteração da data de um exame?!

 

Angustiante é ver como este governo passa a mensagem do «quero, posso e mando» não respeitando as decisões dos orgãos de soberania. Basta pensar no que se passa com o desrespeito pelo TC e o não cumprimento dos pagamentos dos subsídios de férias.

 

Sobretudo numa área fulcral como a do ensino, este desrespeito é uma falta para com o país e para com todos os cidadãos. Mas já começa a ser um lugar comum ver o governo falhar em áreas fulcrais, certo?