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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

26.Out.10

coisas minhas

 

 

pessoais mas perfeitamente transmissíveis

 

 

antes de mais, coisas minhas em jeito de agradecimento - a todos os que deixaram votos de parabéns à minha mãe, não só porque dou importância a estas manifestações de carinho mas também porque é uma forma de homenagem, embora simples, verdadeira!

 

 

coisas minhas são também os miminhos que recebi numa cadeia virtual de amizade, da qual me sinto muito feliz por ser incluída, porque se os outros se lembram de mim, é porque os toco de algum modo 

 

 

 

 

 os miminhos foram deixados por luadoceu.blogs.sapo.pt - geriatriaminhavida.blogs.sapo.pt e osmeuspestinhas.blogs.sapo.pt

 

 

 

 

existem regras para a transmissão dos selinhos:

 

devo agradecer e deixar link de quem me enviou os miminhos (feito!)

devo passar a dez blogues amigos

 

 

 

milsorrisos.blogs.sapo.pt

flordemiosotis.blogs.sapo.pt

olharesazuis.blogs.sapo.pt

mamaerafel.blogs.sapo.pt

sentaqui.blogs.sapo.pt

cantinhodamanu.blogs.sapo.pt

cantodabofa.blogs.sapo.pt

terriveis_anjinhos.blogs.sapo.pt

coisinhasdalili.blogs.sapo.pt

abigai.blogs.sapo.pt

 

 

claro que ficam muitos de fora, no entanto a corrente passará por todos certamente, com beijinhos meus

 

 

coisas minhas são também estes desabafos

 

como alguns já sabem, estive bastante tempo afastada do mercado de trabalho - uma espécie de «opção» aceitavel para equilibrar o frágil sentido de autonomia do Rafa e o desgaste provocado pelos anos pré diagnóstico. Depois de medicado e de ter iniciado o ensino básico, refiz as minhas rotinas e consegui inverter a tendência de me tornar dona de casa e mãe a tempo inteiro (não critico quem o faz, acho mesmo que tudo passa por uma questão de prioridades - eu achei que as minhas podiam passar por voltar ao trabalho fora de casa!)

Consegui conciliar os dois meninos com o meu emprego, com ajuda dos meus pais (horário das 10h às 19h obrigou a ajustes de quem ia buscar as crianças e quem cuidava delas na hora difícil de fim de tarde...nunca tive de pedir nada, sempre os meus pais me colocaram á vontade - super!)

Esta terrível epidemia do desemprego veio quebrar essa  rotina, durante mais ou menos um ano, estive de novo apenas voltada para os miúdos e embora fazendo trabalho voluntário para a APCH, fui espreitando e concorrendo a oportunidades. Felizmente acabei por conseguir um lugar numa clínica de radiologia e diagnóstico por imagem, perto de casa e com horário razoavel (9h - 18h) o qe me permite, para além da bem vinda ajuda financeira, sentir-me novamente mais realizada a nível pessoal.

 

Porque é que partilho isto? porque me apeteceu lol! e porque se muitas mães acham difícil conciliar emprego com maternidade e responsabilidade doméstica, eu entendo perfeitamente! agora ando numa azáfama desde as 7h da manhã - preparar lanches, vestir e fazer a higiene de um hiperactivo e de um reguila que nunca pára, arranjar-me (dado que estou sempre com público, embora andando de bata branca, tenho de ter uma imagem cuidada), deixá-los aos dois na escola, estar na clínica antes 5m das 9h - são tarefas que aos poucos ganharam ritmo proprio.

Depois das 18h tudo volta ao corre-corre, mudando apenas as tarefas - banhos, jantar e loucuras de bradar aos céus, lutas constantes para colocar os dois na cama, conseguir fazer o Rafa permanecer na cama dele, ter muitas vezes de fazer faxina nocturna para a casa estar operacional de manhã, dar atenção à bisa que dorme cá em casa, olhar pelas actvidades extra dos putos, conter despesas, pagar contas, fazer compras....tudo temperado com fins de semana alucinantes, momentos únicos que só pais de crianças «diferentes» conseguem entender, lidar com a ausência (física) do marido,

 

Pronto, coisas minhas (e de outras, certo?)

 

 

 

 

6 comentários

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    energia-a-mais 26.10.2010

    Olá Carla, bem vinda! somos quase da mesma idade (tenho 37) o meu filho Rafa tem hiperactividade e tem 9 anos. O Quico é o mais novo com 4. O meu marido é camionista de profissão, está em casa uns 4 dias por mês. Este é um registo de muito do que se passa na nossa vida, tocada pela doença do Rafa. A hiperactividade afecta toda a família e muitos lares acabam por se «partir» por não saberem como lidar com esta situação!
    Fico triste por saber que há desentendimentos com o pai do menino, revolta a falta de informação, mas sobretudo de amor!
    Venha mais vezes, partilhe connosco o seu mundo, quem sabe, não conseguimos ser uma ajuda para tantas outras mães?
    beijinhos e muita força
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    carla santos 27.10.2010

    obrigado pela atenção. tento todos os dias dar uma vida melhor ao luis mas custa muito não ter a compreensão do pai dele. o luis é acompanhado em pedopsiqiatria no hospital d. estefania e tambem faz psicoterapia no instituto dr. quintino aires. infelizmente para o pai do meu filho, eu inventei tudo isto e sou levo o menino as consultas por diversão. a minha vida tem sido um mar de lagrimas, não desejo a ninguém o que tenho passado mas tudo o que faço pelo luis, vale a pena. um beijinho de uma mãe para uma mãe.
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    energia-a-mais 28.10.2010

    Carla, como a entendo! custa muito ter de admitir que luta sozinha, pena que muitos pais não queiram simplesmente saber....
    ainda bem que procura ajudar o seu filho, dar apoio e tratamento adequado é tudo o que podemos fazer por eles! o Rafa anda medicado desde os 6 anos, já tive uma fase em que me sentia muito deprimida e bastante angustiada com o futuro dele, agora acho que consigo lidar com a situação sem me sentir fraca ou culpada mas para isso tive de me orientar e seguir em frente, apesar de muito ter ouvido de familiares e até de quem não conheço...
    Uma coisa que gostava que partilhasse comigo (se não se importar, claro) é se tem vindo a notar resultados com a ajuda terapeutica no instituto do dr. Quintino Aires. O meu filho só está com a psicóloga de dois em dois meses, quando está com o neuropediatra. Ele é muito resistente a qualquer médico/terpeuta e não é fácil segui-lo sem ele colaborar!
    Um beijinho e tudo de bom, para voçês dois, continue a ser forte, pelo Luís!
  • Sem imagem de perfil

    carla santos 29.10.2010

    olá. O Luís, tem psicoterapia todas as terças feiras, a psicóloga vem do instituto Dr. . Quintino Aires à escola porque ele está abrangido pelo Dec.-Lei 3/2008 da educação especial embora eu tenha "lutado" muito para ver reconhecido este direito ao luís porque desde o 1º ano que a escola se nega a deixar que ele tenha apoio por ter excelentes notas e para quem o avalia, um menino hiperactivo é igual a um menino que não aprende nada e tem más notas. Não consigo ainda ver resultados porque ele só tem este apoio desde o inicio do ano lectivo mas tenho muita esperança. O pedopsiquiatra medicou o luís desde os 6 anos também e já tomou risperdal " , rubifen " e agora ritalina ". Além de tudo o meu filho dorme muito pouco e tem o sono muito agitado. Sozinha com ele tenho dias desesperantes em que ele não pára nem se cala 1 minuto, eu sou técnica de contabilidade e já levo a cabeça muito cansada para casa mas no final das contas, tudo se consegue porque ele é a luz da minha vida. Com o pai tem (temos) muitos problemas, além da total falta de apoio também temos a falta de paz que ele teima em nos dar aos 2, o que complica muito a vida do Luís a> . Imagino que com 2 filhos a sua vida ainda seja mais complicada que a minha, já que passa muito tempo sozinha mas temos que ajuda-los a ter uma vida melhor. Peço desculpa pelo enorme discurso. Beijinhos
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    Patricia 29.10.2010

    Carla

    Eu também tenho um filho hiperactivo, que tem 10 anos. Mas infelizmente, o meu filho conjuga a hiperactividade com o defice de atenção e com dislexia. O que tem um grande impacto a nivel do rendimento escolar e consequentemente com a sua auto-estima. Mas não deixa de ser uma criança adoravel, com uma criatividade inagualavel e um coração de ouro.

    Claro que há dias melhores e dias piores...Mas nada como viver um dia de cada vez!

    Patricia
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