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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

27.Dez.10

os dois lados

 

 

de um Natal caseiro...

 

existem sempre dois lados ou dois pontos de vista sobre o mesmo tema , certo?

 

ora cá por casa o nosso Natal pode ser visto deste lado

 

 

um desastre total....

  • andamos sempre a correr
  • não conseguimos evitar birras, gritos e lutas
  • tivemos de aplicar castigos
  • não comemos juntos à mesa
  • quase não chegamos a ver as prendas
  • tudo demorou menos de 15 minutos na fase mais bonita da noite
  • em vez de risos e alegria das crianças, tivemos amuos e lágrimas

ou por este lado

 

um Natal nada convencional mas bem enérgico e em alguns momentos hilariante

 

  • todas as calorias que ingerimos a mais foram rapidamente gastas
  • sempre que os dois pestinhas se pegavam, transformavamos as lutas em episódios de treino
  • os castigos tiveram desta vez, muito mais efeito
  • fazer a tradicional consoada por etapas funcionou melhor do que tentar pôr todos na mesa ao mesmo tempo (pelo menos conseguimos comer com mais calma porque nos revezamos à mesa)
  • ninguém estava propriamente a reparar nas ofertas/prendas, dando muito mais valor ao momento em si
  • apesar das lágrimas da noite de 24 e dos amuos porque a desejada prenda foi guardada até a manhã de 25, sentimos que o mais importante foi ter a família decidida a manter o espírito de amor

e pronto! aguentar o Rafa não foi fácil, tivemos momentos em que instintos primários nos vinham à cabeça, principalmente porque o viamos completamente desatinado, tão ansioso pelas prendas que nada mais lhe interessava...foram quatro dias de pressão constante e de muita capacidade de resistência, talvez um dos nossos maiores testes....

 

depois e porque há coisas que temos mesmo de fazer para que mais tarde ele venha a entender (mesmo que nos custe vê-lo em sofrimento no momento), aguentar «aquela» prenda tão pedida e não lha dar na noite de 24, acabou por trazer uma noite complicada, completamente em branco - mesmo tomando a medicação, ele estava tão frenético que não conseguia adormecer, depois fechou os olhos por um par de horas...mas a partir das 4h foi uma verdadeira tortura! Acabamos por ceder por volta das 6h mais por cansaço do que por razoabilidade...

 

no entanto, tivemos momentos em que não havia alternativa senão rir da situação, como por exemplo quando o Quico decidiu abrir as prendas do avô e ao tirar uma camisola do embrulho, gritou «é um soutien» ou quando tentava animar o irmão dizendo «vai mano, vai prá cama e dorme muuuuuito depressa, assim ó....» e fechava os olhos com toda a força para os abrir logo de seguida, continuando «depois acordas oh o pai natal veio!»

e uma das cenas mais giras da noite foi vê-lo sorrateiramente ir beber o leite que supostamente seria para o pai natal beber quando por cá parasse!

 

Mas como para nós, tudo tem uma energia diferente, fizemos o que nos parece ser a via mais saudável - ignoramos o menos bom e aproveitamos o que pudemos...afinal, Natal assim não se encontra em qualquer casa.... e sim, rimos à gargalhado quando o pai, após ter ligado o cronómetro do relógio, mal os papeis dos embrulhos das prendas dos avós e da velhinha (os únicos que se colocaram debaixo da árvore à hora do jantar) começaram a voar, deixou escapar entre suspiros: «bem, nada mal, durou cerca de 5 minutos o nosso natal!»

 


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