cegos, surdos, paralíticos
e hiperativos....
Este e-mail foi-me enviado pela Pat, mãe do N. um menino hiperativo. A Pat visita este blog e comenta muitas vezes os meus posts, partilhando com todos os leitores a sua convivência com esta realidade. Por ter gostado deste e-mail em particular e após lhe ter pedido autorização aqui o transcrevo
«Apos uma reunião com a DT do meu filho…e das queixas obvias vim a pensar…
Será que chamam
um pai de um filho cego para se queixarem que ele não vê para o quadro?
Um pai de um filho surdo para se queixarem que ele não ouvui a campainha do recreio, ou o ditado de inglês?
Um pai de um filho paraplégico para se queixarem que ele não conseguiu correr os 100 metros ?
Um pai de um filho com muletas para se queixarem que ele é sempre o último nas corridas?
Então porque é que se chama todas as semanas um pai de um filho hiperactivo com défice de atenção para se queixarem
- que ele não está quieto na carteira
- que ele se distrai com facilidade
- que ele se esquece dos tpcs ?????»
Pois é Pat...para nós é óbvio! para os professores continua a ser muito difícil de entender....
Estamos no final do primeiro período e para muitas crianças com PHDA, este é sem dúvida um momento angustiante....as notas escolares por vezes com resultados negativos, as reprimendas e até castigos...quando todos os outros andam eufóricos com o natal.
Agarrando a ideia desta mãe, conhecendo eu, por experiência como coordenadora da APCH, a realidade das nossas escolas, acreditando que poderemos fazer alguma coisa - cá vai o desafio para o novo ano e para o próximo período letivo:
- vamos promover uma campanha junto dos professores para que se mudem certas atitudes na sal de aula