22.Fev.12
de máscaras
os miúdos nunca gostaram - este ano nem um pozinho deixaram colocar...não fossem as serpentinas, papelinhos e o terem ficado em casa nestes dias, teria passado o carnaval sem nada de diferente por comparação com os nossos dias típicos
os excessos? as loucuras? bem, esses fazem parte dos nossos dias tipicos!!
Quando passam mais dumas horas seguidas dentro de casa, uma destas coisas acontece:
- trucidam-se antes que eu os consiga parar
- rebentam com tudo o que existe em casa antes de me vir alguma ideia luminosa
- inventam brincadeiras que ultrapassam os limites do razoável
- colocam a minha sanidade mental em jogo
embora tente tirá-los de casa sempre que possivel, por vezes não o consigo fazer rapidamente...às vezes eles simplesmente não querem! sobretudo quando o Rafa decide comandar as «brincadeiras» e o mais novo entra no ritmo desenfreado!
Portanto e já que nem os festejos carnavalescos os fizeram sair para a rua, só tive de me adaptar. Acabo invariavelmente por tentar tirar o melhor partido da situação e o meu principal objectivo é sempre o de ser eu a ficar com as rédeas na mão (ou isso ou fugir de casa a sete pés...)
Assim - ponto 1
mesmo que não queiram é Carnaval e o que se faz no carnaval? solta-se a imaginação! fizemos o nosso baile de máscaras mas sem as máscaras. Foi genial! com a cara a descoberto imitamo-nos uns aos outros - o Quico fez-nos chorar a rir com a imitação de cara de pai e cara de avô! e o Rafa imitou-me na perfeição quando faço (nas palavras dele) cara de betinha...eu?? betinha??? dhaaaa «sim mamã, quando fazes aquela cara de adulta, tás a ver? para falares com outros pais ou nas entevistas...» boa!
Ao som da música e (tentativa) da coreografia de Michel Teló mas na versão do Quico «começa!!! moça ai, ai, assim voçê remata...ai se te pego» muito à frente! um baile super animado com direito ao lançamento dos tais papelinhos mas em zona circunscrita...
ponto 2
outra das loucuras teve mais a ver com a mesa tradicional desta época - o Quico achou o nome de «Domingo Gordo» super fixe! pelo menos até perceber que isso estava relacionado com as carnes do belo cozido à portuguesa (e que bem que o avô o prepara!) e quando viu as travessas cheias e tanto para comer quis logo mudar o nome do domingo assim para um «domingo lasanha», ou «domingo de batata frita». Mas para o Rafa foi um fartote - adorou experimentar a típica couve e os enchidos de sabor acentuado! e quando lhe dei permissão para comer gelado no fim da refeição, ele delirou!
E se ainda a lembrança do cozido estava presente, já a feijoada de Terça de Carnaval fazia as delícias dos dois (e dos outros claro!). Se há coisa que ambos disputam é feijão - mesmo!
Dos doces então - um esmero! as sopas secas e a aletria da avó são super apreciadas. O meu bolo de carnaval nunca poderia faltar. Ou seja, estes três dias serviram para prevaricar - porque afinal como lhes tentei explicar - a vida são dois dias!!! (o Rafa é que não ficou nada convencido da validade desta teoria...)
o bolo feito com a ajuda deles e decorado pelo Rafa
com o rapa tigela Quico a dar a ajuda final
ponto 3
as brincadeiras variaram entre a total desarrumação da sala improvisadamente transformada em tenda gigante de dois espiões das forças especiais...o revirar dos armários do quarto deles em busca de uma máscara da qual subitamente o Rafa se recordou ao ver o título de um filme que passou na TV na tarde de terça e claro, as repentinas e intempestivas idas ao parque frente a casa. Aqui, orgulhosamente sós os miúdos deram um toque carnavalesco à pacata zona onde vivemos, num dia em que os serviços municipais estavam abertos mas sem utentes e as lojas e empresas privadas quase todas optaram por fechar portas - ou seja, nada de relevo ou sequer remotamente semelhante ao carnaval passou por cá...e não fossem os despojos de papel deixados pelo Quico, os senhores da recolha de lixo nem teriam qualquer lembrança da data....
e pronto, com ritmo de samba no pé para terminar em grande os nossos festejos caseiros, passou-se mais uma quadra, para mim com o habitual esforço de manter alguma ordem mas desta vez mais à vontade pois sendo Carnaval ninguém tem que levar a mal!