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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Ago.08

A Hipersensibilidade

Já aqui falei muitas vezes sobre as reacções violentas do Rafa, da forma agressiva como nos enfrenta, da linguagem abusiva, etc. Acabo por passar a ideia que o meu filhote é um bruto, insensível e vazio de emoções...Em verdade isto não podia ser mais falso.

O Rafael sempre mostrou, desde bébé uma extrema sensibilidade aos mais variados temas. Sejam de carácter  social, ecológico, ou até menos comuns em crianças como as dúvidas e angústias sobre a Morte. Como muitas crianças hiperactivas o meu filho tem sempre reacções extremas a tudo - ás tristezas e ás alegrias. Emociona-se se o seu clube preferido ganha, manifesta profundo pesar quando perde e fica sempre perturbado com qualquer comentário, qualquer chamada de atenção ou qualquer elogio!

Ser assim tão sensível traz é claro dificuldades em muitas situações. Por vezes nem nós (mais atentos) nos apercebemos da sua tentativa em esconder essa sensibilidade á flôr da pele. Quando há tempos estivemos num programa de televisão, a apresentadora pediu uma salva de palmas por ele se ter aguentado tão bem, pelo esforço que fez em ficar ali sentado, de imediato os olhos encheram-se de lágrimas! E quando á noite, mais calmo eu lhe faço ver o que de mal aconteceu nesse dia, o que ele poderia ter feito para evitar alguma cena sei que aquele olhar de desculpa que lança não é fita...

Só com muita atenção nos vamos apercebendo de muitas características que a hiperactividade revela. Nem sempre é fácil conseguir entender porque reagem de determinada maneira...temos de ler nas entrelinhas., procurar o motivo. Uma criança hiperactiva tem normalmente outras patologias associadas - as chamadas cormobilidades, muitas vezes mais difíceis e complexas do que a hiperactividade em si.

 

Este post é especialmente para  a P. e a C. que ainda hoje tiveram uma discussão no café sobre o porquê de certa reacções do Rafa...não sei se vêm visitar (sei que não comentam) mas mesmo que não venham, deixo o meu raciocínio

29.Ago.08

O Maior Desafio de todos

Antes do post propriamente dito - um MUITO OBRIGADA ás amigas que me visitam e me desejaram as melhoras. Não estou inválida (ainda) mas um susto como este e o ralhete do meu marido, vão obrigar-me a marcar alguns exames, o que tem de ser tem de ser!!

 

Quando vi o post da Filipa e o desafio que me lançou, sorri para mim mesma, eu adoro desafios e este é sem dúvida um bom exercício para qualquer mãe que não dorme á sombra da bananeira (isto é, não deixa que sejam outros a educar os filhotes)

Ora então cá vai, os valores (cinco) que lhes tento a todo o custo passar:

 

  • Gratidão - porque é um valor que nos obriga a ter respeito e reconhecimento, pelo que somos, pelo que temos e pelo que podemos dar
  • Optimismo - porque sempre que uma porta se fecha há que procurar a janela, nunca desistir do sonho, lutar e acima de tudo acreditar, só assim não há impossíveis
  • Sinceridade - com os outros mas sobretudo para nós próprios, ser verdadeiro nas escolhas e nos sentimentos para que estejam sempre de bem com a Vida
  • Humildade - ser humilde não é deixar-se «comer» pelos outros, pelo contrário permite conhecer os nossos pontos fortes e os fracos para que os meus filhos percebam de onde vêem e onde podem chegar
  • Confiança - no sentido de auto-estima, um dos valores que me é muito caro, pois tive de lutar grande parte da minha vida para ganhá-lo. Se os meus filhotes gostarem de si próprios e encontrarem o seu Dom, nada os vai derrubar ao longo desta Viagem

 

 

 

Já agora, sabem que os princípios do Reiki, são cinco? E que entre os mais importantes conceitos de humanidade e compaixão está o «Princípio da Abundância»? Se o seguirmos poderemos encontrar respostas a muitas dúvidas que nos assaltam e descomplicar o nosso dia-a-dia...é fácil - quanto mais dou, mais recebo - simples não é?!!

Agora, só para cair na real...o maior desafio mesmo é conseguir educá-los desta forma, com os tais princípios e valores e encontrar entre a nossa verdade e a deles o  ponto de equlíbrio

27.Ago.08

ai que dor....

é mesmo!!! Uma dor terrível (que já não é a primeira vez que sinto) que me apanha a perna esquerda e me deixa impossibilitada de andar! Começou por volta do último trimestre de gravidez do Francisco, continuou até final e depois disso surge de repente sem aviso prévio em qualquer momento...hoje surgiu cerca das 20:30H, altura em que os meus filhotes estão frenéticos e com toda a casa em desalinho! É mesmo lancinante e preciso com urgência de me deitar (até porque ainda não comi nada desde a hora do lanche e só agora consegui pôr as pestinhas a dormir) por isso as minhas desculpas pois queria deixar um post interessante mas foi isto que consegui. Volto amanhã (penso) e prometo deixar uma mensagem com conteúdo lol!!

26.Ago.08

Acabaram-se as férias (im)possíveis

A partir de ontem passamos novamente a ser três cá em casa. O pai partiu para mais uma temporada fora, sem ter tido tempo de recuperar o folêgo lol!!

Para terem uma ideia destas férias, vou contar como passamos um dos dias (os outros foram iguais com excepção dos 3 dias de praia - outras birras - e da tarde de piscina)

Sexta-feira - 23

07:00H - o Francisco corre pela casa, o pai ensonado prepara o leite e volta para a cama (ele e o Rafa são os últimos a deitarem-se, por isso de manhã o pai só funciona a partir das 08:00H), acabo por lhe dar o biberon na varanda para ele apreciar os pópós e as motas

08:00H - o Rafa também se levanta e chama de imediato o pai para jogar play station, passado 5 minutos já gritam porque não se entendem quanto ao jogo, som, comandos e por aí fora

08:30H - cansado dos pópós o Francisco quer ver o mano e o papá a lutar e por isso leva a vassoura para ajudar á festa!

08:35 H- tenho de intervir...cada um para o seu canto, pai no wc

09:00H - tenho as camas feitas e tento vestir o Quico, o pai tenta ajudar mas leva com um murro e acaba por sangrar do nariz , o pequeno terrorista quer pôr-lhe algodão

09:30H - tentamos pela enésima vez vestir o Rafa para que possamos sair e tomar o pequeno almoço juntos numa das belas esplanadas da praça, todos os argumentos falham porque ele insiste que tem de comer cereais em casa e acabamos nós pais por nem conseguir fazer uma simples torrada!!

10:00H - continuamos a tentar sair de casa, desta vez para passar no mercado e trazer peixe fresco para o almoço mas mais uma vez decidimos que é melhor sair eu com o Quico e manter o Rafael com o pai em casa

10:30H - regresso a casa sem o Francisco que ficou a passear com o Avô, para grande alegria minha pois consigo dar um jeito na casa e começar o almoço sem ser interrompida a cada 2 segundos

11:30H - o Francisco regressa e o Rafa já cansado de saltar no sofá e para cima do pai resolve implicar com o irmão; apesar da confusão dou a sopa ao pequenino e o pai aproveita para pôr a mesa contando com o Avô

12:00H - chamamos o Rafael para a mesa, um ritual que nos pôe sempre á beira de um ataque de nervos, mesmo assim cumprimos religiosamente o mesmo, todos os dias...

12:30H - por entre as dentadas na comida e as corridas á volta da mesa, os miúdos lembram-se de bater com as facas na mesa, depois começam a gritar e jogam comida pelo ar; pode parecer estranho mas nós adultos, tentamos manter a compustura e vamos comendo enquanto conversamos e tentamos ignorar o banzé á nossa volta...acho que é uma espécie de defesa!!

13:30h - tento adormeçer o Francisco que com a algazarra toda acaba por ficar aborrecido e faz beicinho

14:30H - o pai arrumou a cozinha e o Avô já foi embora (regressa mais tarde já com a Avó) por isso vou passar um pouco a ferro para «adiantar serviço»

15:00H - o Quico acorda e depois de comer a fruta quer descer para ir brincar. O irmão faz nova birra porque naquele momento tem de ver uma série (repetida) que é a favorita

16:30H - o pai não aguentou e conseguiu sair com o Francisco enquanto eu tive de ouvir mais meia hora de gritos histéricos porque o Rafa já queria descer mas só se o pai o viesse buscar

17:00H - salva pela campainha pois os Avós tocaram e tive de fingir que não saía á rua para que o Rafa se decidisse a sair  

17:45H - depois de me retemperar com um café, voltei a casa para preparar banhos e jantar com a esperança de poder sair um pouco ao final do dia

18:30H - a habitual guerra para o banho, gritos e a ideia de tomarem banho juntos o que pode ser divertido para eles mas para mim é uma tortura!!!

19:30H - o pai não os consegue tirar da banheira por isso agora são três a gritar

19:45H - agarrei em cada um e fiz o que uma mãe deve fazer - chantagem - ou se calam, vestem e sentam para comer ou não há mãe para mais nada.....

20:00H - o Rafa acaba por comer nú na sala em frente á TV e com o Meo na mão, já não digo nada pois só quero que o maldito dia acabe e deixo que o pai resolva a situação final...depois da cozinha semi-arrumada (a louça empilhada mas não na máquina por falta de pachorra!!!) tentar o tal café a dois, sentido o «dolce far niente» de quem está em férias

21:00H - com grande esforço lá conseguimos pôr o Quico no carrinho, o Rafa equipado com bola, raquetes e bicicleta (nunca sabe o que vai querer fazer) e vamos arejar

22:00H - depois de várias voltas para que o Rafa encontrasse alguém para brincar o Francisco mostra sinais de aborrecimento e temos de parar na gelataria porque os crepes com chocolate são os preferidos dos miúdos

22:30H - nunca vi ninguém comer crepes como o meu filho, além disso o chocolate entranha-se em todo o lado (até nas orelhas!!)

23:00H - entro em casa estafada e com o Quico quase a dormir, o pai dá-lhe as voltas e eu  tento pôr o Rafa apresentável para a cama

24:00H - ouço ao longe a voz de pai e filho que discutem que história vão ler e por quanto tempo e acho que adormeço antes do beijo de boa noite...

Pronto, cá está um resumo das férias. Penso que vou propôr este pacote para férias alternativas, são boas para quem quiser sair da pacatez do dia a dia, para quem tem empregos mais sedentários, que acham?!

Bom, para o ano há mais...

19.Ago.08

sem tempo

sou sincera, estas são de longe as piores férias da minha vida! Não posso dizer que tenha tido férias a sério desde que o Rafa nasceu, mas sempre tem dado para descansar um pouco e sair da rotina. No entanto, este ano, com o Francisco em idade de grande agitação, da descoberta e da imitação de tudo o que o irmão faz, com o problema da medicação do Rafael ainda por resolver, com o meu marido a trocar as voltas da data de descanso, com a péssima opção de ficarmos em casa(!), tudo se conjugou para o descalabro das férias, sendo que nesta altura nem tempo tenho para me sentar e dedicar-me á minha terapia da escrita ou da leitura.

Tudo o que mais me preocupa ganhou uma nova dimensão e é assustadora! O Rafael tem andado verdadeiramente incontrolável, temos cada vez mais receio pelo seu futuro. Para a minha família mais próxima (pais) tem sido um inferno. As tentativas para sairmos e fazermos qualquer tipo de programa em conjunto são uma aventura, uma simlpes ida á praia dá para o argumento de um filme de acção, as crises em público são muito frequentes e cada vez mais intensas. São raros os momentos agradáveis, em família, com almoços calmos e belos fins de tarde (os períodos do dia mais difíceis para a hiperactividade são exactamente aqueles em que a nossa resistência também se vai abaixo). O pior é que me sinto muito, muito cansada...preciso do meu espaço e do meu tempo para recuperar, da minha alimentação equilibrada, da minha terapia Reiki á noite antes de dormir, de entrar na net e ter o meu tempinho para as novidades, e, claro das brincadeiras com os filhotes, do namoro com o marido (que ainda por cima está sempre longe!) e do não fazer nada...

Sem querer ofender, acho que há muito boa gente que se queixa sem razão, ouço ás vezes conversas do género: «ai, que horror nem pude ir jantar fora, nem fomos ao cinema este fim de semana, os miúdos estavam tão difíceis, tive de lhes dar umas palmadas, vê lá queriam andar de bicicleta! Ainda não fizeram fichas nenhumas da escola! Não dá, já disse ao meu marido, amanhã deixamos os putos com a avó, vamos sair» Ora eu penso, tanto alarido porque os miúdos também querem ter tempo para brincar?! Não é suposto eles fazerem isso mesmo? Eu que tanto queria que o meu filho apreciasse cada brincadeira, que não vivesse sempre a pensar na seguinte sem sequer dar tempo para se entusiasmar com alguma coisa. Que andasse mais do que 5 minutos com a bicicleta, que fosse á praia para se divertir e não com a pressa toda de tentar fazer tudo ao mesmo tempo!

Nesta férias que não chegam a ser, eu queria principalmente tempo. Para mim, para eles , para a casa, enfim para a Vida!

Abro um parêntesis para explicar que consegui dar umas tecladas no PC porque hoje há volta - temos a Volta a Portugal em bicicleta a terminar em S. João e por vivermos mesmo em frente á zona da meta e haver novidades, os miúdos deixaram-se convençer a ir até lá fora com o pai. Daqui a pouco vou juntar-me á festa para ver se a casa também tem descanso.

12.Ago.08

Diário de uma mãe desesperada

Para actualizar mais rapidamente os dias  que estive sem escrever, resolvi fazer o resumo da semana em jeito de diário. Espero que entendam o título que dei a este post!

 

Dia 1 - sábado, 2 de agosto

Com os rapazes em casa e sem os habituais serviços de entretenimento, este foi um dia para fugir. Depois de uma manhã atribulada mas normal para o nosso estilo, acabei por me deixar convençer e arrisquei uma ida ao Centro Comercial.

As crianças entraram eufóricas e tiveram de sair arrastadas pois o comportamento altamente eléctrico chocou com os seguranças de serviço. O Rafa está ainda naquela dos palavrões, cada vez com mais apoio por parte do Francisco que, não só se ri imenso como ajuda o irmão, gritando ainda mais alto e repetindo as palavras mais sonantes com muito á vontade!

 

Dia 2 - domingo, 3 de agosto

Depois da experiência do dia anterior achei melhor ficar pelo ar livre. Como era o primeiro domingo do mês, a praça da cidade oferecia um montra engraçada de produtos variados, desde alimentos biológicos a peças de coleção, até verdadeiras bugigangas! É assim  até Setembro, um mercadinho que traz mais visitantes. Já com os meus pais a ajudar, também fomos dar uma voltinha pela área.

Claro que depressa se instalou a confusão. O Rafael levou a bicicleta mas queria circular pelos sítios mais difíceis, depressa se cansou e quis ir á esplanada comer um gelado. O irmão também quis e foi a loucura com os dois a sujarem-se tanto que tive de ir a casa, trazer uma muda de roupa, enfiar o Francisco no WC da pastelaria e lavá-lo o melhor que pude! Entretanto privado da atenção total, o mais velho entrou de rompante dentro da pastelaria e exigiu que lhe colocassem gelo na garrafa de água pois não podia esperar mais, queria levar a água com ele e não podia levar um copo. Como o tempo de reacção das pessoas é por norma mais lento do que o dele, enquanto a senhora tentava processar o pedido, ele arrastou a arca dos gelados, encontrou o saco com gelo e começou a tirar as pedras.

Acabei por ter de o arrastar para fora, com ele aos socos e palavrões porque a água não estava ainda gelada e com meio mundo já a querer meter o bedelho. Depois de lhe desviar a atenção e conseguir pô-lo a jogar a bola com o avó, tive de impedir que o Francisco, sempre muito refilão, se atracasse a um miúdo que queria entrar na brincadeira.

O dia foi longo e muito cansativo, tanto que acabei por adormeçer com o chá junto a mim, em cima da cama ( o que me espantou que não entornasse) á espero que o dia seguinte fosse um pouco melhor...

 

Dia 3 - segunda, 4 de agosto

Tinha uns assuntos para resolver relacionados com a pt e outros, pedi ajuda ao avó e saí. Regressei, passado uma hora e encontro: um avó desesperado a tentar reparar o telemovel que o Francisco jogara pelo ar e os meus filhos, praticamente nús, aos gritos pela casa, roupa espalhada pelo chão, sofá de pernas para o ar, camas desfeitas, comida que serviu de arma de arremesso e outros indícios de que aquilo era uma cena de índios em terra de cowboys!

Passei o resto do dia a remediar os estragos e a tentar manter a ordem entre dois autênticos diabos. O banho foi o único momento de calma, mas como voltei a adormecer (desta vez na banheira), calculo que a hora não seria propícia - 01:30!

 

Dia 4 - terça, 5 de agosto

Fomos á piscina municipal, a única que o Rafa aceita entrar porque «não há profes e ninguém nos chateia» Mostrou orgulhoso que sabe fazer pinos dentro de água, nada na piscina intermédia e não na pequena e quer mergulhar da prancha ( não autorizado!)

O Francisco adorou chapinar na água e passou a ser fã dos calções de banho

Não fosse as birras por causa da entrada no carro, saída do carro, entrada na banheira, saída da banheira, local do jantar, hora de deitar, este teria sido um dia calmo

 

Dia 5 - quarta, 6 de agosto

Fomos á praia! Coisa rara entre nós, pois sempre que tentamos acabamos por  não ir depois de grandes birras e fitas por causa dos calções, das bolas, dos papagaios, enfim! De qualquer modo desta vez nem correu mal de todo, os miúdos divertiram-se á brava e nós corremos que nos fartamos para os apanhar sempre que se escapuliam para o mar. As águas do norte são agitada e frias mas isso não os impede de esse ser o local favorito da praia e nem o lanche é tomado fora de água!

Chegaram cansados mas felizes e por momentos pareciam uns anjinhos....mas só para pedir outro dia de praia

 

Dia 6 - quinta, 7 de agosto

Fizemos-lhe a vontade e lá fomos  fazer mais um dia de praia, embora com um sol meio escondido a obrigar um agasalhito para o final do dia pois á beira mar estava fresco. Único senão - a birra monumental á hora do almoço pois tive a brilhante ideia de parar num centro comercial e a ansiedade do Rafa subiu a níveis desesperadores! Ele entrou em crise depois de eu insistir para que comesse antes da praia e queria ir sem falta lançar o novo papagaio.

Por entre vómitos, dores de barriga, gritos e a normal confusão, acabamos por perder uma parte do dia, até se acalmar de novo e permitir seguir viagem.

 

Dia 7 - sexta, 8 de agosto

Passamos o dia em casa e isso foi uma decisão pouco sensata. Os miúdos entraram em parafuso e resolveram virar a casa do avesso. Fiz a minha cama 5 vezes, tentei manter a sala limpa e os quartos em ordem mas no final do dia mais parecia um campo de batalha. A batalha maior porém deu-se fora de casa! O Rafa tinha o aniversário de uma amiguinha e consegui que me acompanhasse para ir comprar a prenda, claro que quis uma para ele também o que envolveu uma negociação dura a que não faltou a incapacidade dele para se controlar. Ao fim de alguns minutos e já com uma bela assistência, ele foi ficando cada vez mais nervoso e passou a agredir toda a gente que lhe aparecia pela frente. Quanto mais pessoas se metiam, mais difícil se tornava acalmá-lo. Foi grande a dificuldade em fazê-lo ouvir e só depois de muita luta consegui que se sentasse no chão e tentasse parar para ouvir.

Nestes momentos percebo como é inútil falar com ele a meio de uma crise. As pessoas que assistiram comentavam que ele parecia possuído, e de facto é assim que fica, histérico e com uma força brutal. Só muito a custo volta ao seu estado normal e quando isso acontece é como se não se lembrasse do que aconteceu ou pelo menos parece não ter noção da gravidade do que fez!

 

Dia 8 - sábado, 9 de agosto

Com um tempo pouco convidativo e a sentir-me cansada, acabei por ficar por aqui...o que levou a mais uma situação daquelas. Na esplanada e por causa da habitual pressa em ser servido, o Rafa fez perder a cabeça a toda a gente e acabou por agredir o dono da pastelaria. Claro que ele já é conhecido por aqui mas começo a achar que vou ter cada vez menos possibilidades de sair á rua!

Embora á noite se mostrasse muito arrependido (coisa normal nestes miúdos) duvido que da próxima vez pare para pensar!!

11.Ago.08

interrupção (in)voluntária

A todos os que costumam visitar este cantinho e especialmente aos que comentam, as minhas desculpas por esta paragem involuntária, é certo mas desagradavel. A explicação nem é complicada, tive uma brilhante ideia e deixei o meu marido contratar outro operador cá para casa. Passamos da CaboVisão para a PT e aderimos ao Meo. Bom, nem parecia nada de mais, o problema surgiu quando os técnicos que vieram fazer a instalação, descobriram que os cabos da PT tinham sido retirados e que teriam de os subsituir. A partir desse momento só sei que o que devia ter terminado em 3 horas, foi-se prolongando até á noite e que acabei por ter de transferir o resto do serviço para outro dia que para acertar com a disponibilidade minha e dos técnicos, acabou por ser quase uma semana  depois. Só no sábado acabamos por ter novamente acesso a todos os serviços (net incluída) mas ainda tive de esperar até ontem para finalmente conseguir o contacto do técnico e assim introduzir a chave de activação do meu novo sistema sem fios!

Finalmente a boa notícia - as funcionalidades são mais do que muitas e até estou satisfeita (resta ver a factura para saber se compensou) mas receosa de que agora que o meu marido vai estar em casa, tenha de competir com toda esta parafernália de opções, meo boxes, meo comandos e por aí fora!!!