Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

10.Jul.12

Retrato de Verão

 

 

ou o retrato possível do verão possível...

 

podia falar de muita coisa. Tanto que tem acontecido nesta sucessão de dias em que tenho andado menos assídua por cá. Podia descrever muitas cenas desde as mais doidas às mais originais. Retratos de uma vida tocada pela PHDA. Qualquer que seja o cenário, a perturbação do Rafa continua a ser a principal tela onde se misturam as mais variadas cores, os mais diferentes tons, os traços mais vincados.

 

Mencionei por alto no post anterior que o pai está por cá estes dias. Um acidente (não grave do ponto de vista físico) acabou por «obrigar» a férias antecipadas - só as esperávamos a quatro lá para finais de julho. Aliás esperava colocar o Rafa num campo de férias (tanto para o ocupar como para me desocupar a mim por um par de horas por dia) e esperava fazer o Quico participar nas idas à praia com o CAF da pré. Mas as voltas da vida trocaram-me os planos (como se isso já não fosse algo habitual puff...). Portanto mais cedo que o previsto vi-me com os três homens da minha vida ao mesmo tempo no mesmo espaço. Sem actividades planeadas e sobretudo sem a minha preparação mental. Garanto que isso faz toda a diferença para o retrato final.

 

Deixei-me guiar ao sabor dos dias (e guio-me como os antigos, olhando pela janela de manhãzinha - se o sol espreita ou se está envergonhado, para assim decidir se saímos ou ficamos dentro de portas) que tanto podem começar com uma birra monumental como com um vendaval de vozes, correrias e gritos por entre espadas, escudos e pistolas de brincar. Quase sempre seguimos o ritmo alucinante dos miúdos e acabamos por fazer mais num único dia, que muita gente fará em todo o verão - exemplo? podemos fazer os 2800 km de parque biológico de Gaia, ver todas as criaturinhas que por lá circulam em semi liberdade, visitar as exposições patentes, fazer o percurso das quintas, olhar pelos binóculos até o mais pequeno insecto

 

 

e mesmo assim, chegar a casa, fazer o jantar enquanto eles montam um cenário de índios, dar banhos como se estivéssemos a assistir a competições olímpicas de mergulho (com apetrechos apropriados e tudo) e ainda dar uma volta pela cidade em bicicleta, terminando a noite com o verdadeiro espírito guerreiro em alta - sendo que eles nos declaram guerra sem tréguas porque simplesmente não querem ir para a cama...

 

E o que dizer do retrato de um típico dia em casa - depois de decidir-mos por entre muita discussão entre irmãos qual o filme que vamos ver, as pipocas divididas até ao último grão de milho, as bebidas religiosamente verificadas (não vá um copo estar mais cheio de chá gelado que o outro), os lugares ganhos quase em batalha campal - o melhor é sempre o lugar que pertence ao outro (mesmo que o sofá enorme possa levar com mais três pessoas) lá começa o fadário de ver e rever as cenas, na guerra por quem tem o comando, quem decide o volume do som, quem orienta a imagem (agora em versão LCD mini, pois que ainda não se prevê nova aquisição que reponha a que destruíram). Fatalmente o filme será interrompido mil vezes antes do fim, recomeçando sempre tudo de novo, enquanto o Quico assobia, grita estridentemente, salta por cima do sofá ou se posiciona em frente à TV e o Rafa grita histericamente, belisca o irmão, pontapeia tudo, manda calar aos berros, solta uns palavrões...Findo o período de histeria colectiva, pais e filhos olham uns para os outros, decidem que o filme já não interessa nada, calma relativa enquanto o mais velho muda o rumo do assunto arrastando o pai para o pc e o mais novo insiste em jogar às lutas ou brincar aos cães...

 

e lá vamos compondo este retrato que apesar de todas as nuances, tentaremos que tenha sempre bem delineadas as figuras principais!

 

 

 

 

 

1 comentário

Comentar post