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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Abr.09

Flatulência

 

eu sei que não é um belo título para um post mas confesso que isto dos gases me anda a enervar....

 

 

muitos meninos com hiperactividade genetica mostram ter pouca ou nenhuma noção de incoveniência/vergonha perante outros...muitas vezes o Rafa entra num café a falar acima dos decibéis «normais», salta por cima de mesas, senta-se em mesas que estão ocupadas, come de boca aberta, arrota e faz outras coisas menos próprias sem qualquer tipo de constrangimento.

Claro que o chamamos a atenção várias vezes mas sempre que está em público descontrola-se tanto que nada adianta...além disso, nem sequer acha que está a fazer algo que não deve, apesar de ter 8 anitos e por isso já ser esperado que entenda as principais regras de sociedade.

 

Agora imaginem o que é quando resolve soltar sonoros «puns» no elevador cá do prédio, mesmo quando sobe junto com o tal vizinho sr-empiriquitado-com-mania-de-rei-do-pedaço e com o maior á vontade, além de os soltar ri-se imenso (até porque com os nervos nota-se mais...) e chama o irmão para fazer também como ele...eu com o ar mais natural do mundo a ver se passa e ele sempre a rir e a dizer «olha Quico, o mano deu um bem alto». E o pior é que quando já não tem gases suficientes, inventa - pôe os braços em posição e com a mão faz o tal barulho característico....

Não é fácil acreditem...por vezes evito chamar a atenção só para ver se desiste, outras não me contenho e faço uma cena e outras vezes até acabo por me rir de tão parva que fico!

 

 

29.Abr.09

Gazeta

 

 

loooool! pois é! fiz gazeta....um dia inteirinho só para o laréu...(mais ou menos, porque de manhã ainda tive de tratar de umas papaledas de matrículas do mais pequeno e tal...)

 

foi o primeiro desde há muito tempo! Não vos visitei, não escrevinhei, não fiz almoço, nem tratei de tretas domésticas (que continuam por fazer....mas isso não interessa nada!) Claro que isso durou apenas até á chegada dos miúdos a casa mas sempre foi uma espécie de trégua!

É que já nem me lembro de ter tido um tempinho só para mim...e faz tão bem ao corpo e á alma!

 

Como os fins de semana são sempre atribulados, nunca dá para o descanso mesmo com o marido por cá...e nos dias de semana quase nem há tempo para respirar...o dia de ontem foi como saborear um belo presente há muito esperado!

 

 

Hoje custa um pouquito entrar na rotina mas...vamos lá a ver como corre!

 

 

25.Abr.09

REVOLUÇÃO

 

aos olhos dos meus revolucionários caseiros...

 http://www.olhao.web.pt/Personalidades/AdrianoBaptista/AdrianoFlores.htm

 

Para o Rafa (8 anos):

 

«eles estavam fartos de que o outro não os deixasse falar, não é? porque era só ele a mandar...então decidiram e os militares sairam dos quartéis e levaram as armas...mas uma senhora veio e pôs flores (acho que são cravos) nas armas e tirou as balas...e pronto, eles não mataram ninguém e fizeram a revolução e agora podemos falar tudo o que quisermos...»

 

 

Para o Quico (2 anos e meio):

 

«há senhôs a fazei pum pum, e felôs e pistolas....ponto!»

 

 

 

Bem vistas as  coisas eles até têm razão...sempre é um princípio para nova revolução!

Porque motivos não faltam para ser 25 de Abril para sempre!

 

 

 

24.Abr.09

e no andamento da coisa...

 

.....os nossos dias lá foram corrrendo dentro do típico corridinho cá de casa

 

O Rafa entrou em mais uma semana de greve ao banho, com quebras á força (que por vezes incluiram soborno - os avós vivem perto da tentação McDonald's...)

 

O Quico aprendeu mais uns quantos palavrões que atira a torto e direito. Também se tornou no fã nº1 do Capitão Gancho e anda pela casa com um gancho de plástico, relíquia dum fato de carnaval....

 

Os meus pais desistiram de ver os netos com ar composto e saem á rua acompanhados por dois putos que tanto podem ir vestidos de vaqueiros, como de índios ou mesmo de banhistas ( o Rafa quase já não aceita roupa nenhuma e por isso mal o sol espreitou esta semana, lá aderiu aos calções. O Quico anda com vários adereços que encontra nas suas explorações pelo cada vez mais desorganizados armários cá de casa...)

O Rafa teve ainda tempo esta semana, para fazer uma das piores cenas dos últimos tempos...com muita luta, muitos nervos, muitos nomes feios, o irmão a ter de ser levado de casa para não assistir á confusão...muita pressão na escola porque não quer participar no sarau desportivo a apresentar em espectáculo aos pais em Maio (os meninos devem usar calça de ganga...) e por isso, perante os meus pedidos par que pelo menos tente...ele entra em parafuso....

O Quico acaba por andar em ebulição pelo ambiente á sua volta e qualquer pretexto é bom para mandar pelo ar, objectos vários que estejam por perto...vai daí o Rafa apanhou com um comando em cheio na cabeça (big galo), a bisa apanhou com um testo de raspão na orelha, o avô apanhou com um pesado avião do homem aranha, a avó ficou sem relógio e eu tenho vários arranhões, nódoas negras e algumas dores de estómago...

 

 

e pronto! lá entramos nós em mais um fim de semana no normal andamento das coisas...

 

21.Abr.09

Nada Fácil

... viver sob pressão constante, tanto para dar resposta ás situações do quotidiano, como em situações que fogem á regra....

 

 

A minha experiência com crianças autistas, resume-se ao contacto que mantenho há mais de dez anos com os meus grandes amigos N. e J., pais do D., um menino com X Frágil, afectado pelo autismo.

Este casal amigo tem travado uma luta bem grande para ver reconhecidos direitos que deveriam ser «absolutos» em casos assim - em que o grau de autonomia é reconhecidamente pequeno.

Ao desgaste normal, de ter uma criança com necessidades específicas de acompanhamento, estes pais lutam ainda (e sofrem com isso) por coisas que para a maioria dos pais são dados certos - escola adequada, actividades extra, lúdicas e educativas...

Mas são pais que não se deixam abater, tentam levar uma vida «normal» e dar aos seus dois pequeninos tudo o que entendem como o melhor - e o melhor passa também por manterem vida social, sair com as crianças e manter o controlo possível da situação.

 

Quando nos juntamos é sempre em casa de uns ou de outros, ou em algum lugar que permita ás crianças uma interacção positiva - os meus filhos são muito agitados e temos de preservar o D. que fica mais descontrolado quando há agitação por perto. Há medida que crescem, tanto o D. como os meus meninos, ficam mais difíceis de controlar - a força física também é maior e nós sentimos mais dificuldade em supervisionar os tres...

Assim, no domingo, pensamos em deixar as minhas pérolas e a princesa M. nos «bichinhos carpinteiros» sítio com brincadeiras para todos e alívio para os pais - mas os meus não ficaram lá nem com promessas e subornos e a M. acabou por desisitir. Logo ficamos com as crianças mais diferentes que se possa imaginar e com um shopping para explorar...

 

correu assim tão mal? perguntam voçês....

 

não foi pelo facto de os meus filhos parecerem índios em época de caça ao bisonte...pelo facto de o Quico se ter jogado pela escada rolante sozinho (com uma mão que o segurou nem se aleijou muito..), pelo facto de os ver subir os balcões da praça da restauração, pelo facto de terem virado do avesso várias montras ou do Quico ter começado a bater em quem passava, sempre por entre muito riso histérico do Rafa...

nem sequer foi pelo facto do D. ter começado naquele baloiçar de corpo típico, ou pelo facto de ter desatado num choro inconsolável...

até nem foi pelo facto de ver pessoas com ar incrédulo a olhar para nós (diga-se que nem uma nos ajudou ou perguntou sequer se queriamos ajuda, apesar dos sacos que iam ficando para trás quando tentavamos apanhar um dos meus filhos...) ou mesmo por termos sido chamados á atenção pelos zelosos seguranças do c.c.!

O que nos doeu no final, foi verificar a nossa total impotência, as nossas dúvidas sobre o futuro e a realidade que cerca as nossas crianças!

O que correu mal no domingo irá certamente correr mal  outras vezes, seja por estes ou por outros motivos...

Sempre teremos de enfrentar sem receios estas situações, sempre viveremos cada vitória como única e cada passo atrás como um motivo para seguir em frente...

Sempre seremos pais destas crianças e teremos orgulho, confiança, dor e confusão (como afinal qualquer pai!)

No entanto teremos sempre, sempre, a ligação da amizade, respeito e partilha que só nós, pais de crianças especiais entendemos!

 

 

20.Abr.09

Mas o que me passou...

 

...pela cabeça, para pensar nisto:

 

Tava com saudades da minha amiga e comadre N. vai daí, como na Páscoa não tivemos possibilidade de estar-mos juntas, veio-me á ideia marcar um encontro....

 

ai e tal...onde poderá ser (ela vive em Gaia, eu em S.J.Madeira), vamos nós ou vem ela?... como o meu marido já não está cá, decido que então podemos marcar no shopping aqui do sítio....

 

mas onde raio tinha eu a cabeça quando pensei nisto? juntar duas crianças hiperactivas, uma autista e uma menina de 5 anos, com três adultos a quererem pôr a conversa em dia (duas delas com vontade de se verem há um século, no mínimo?!) num shopping ao domingo...

 

só mesmo o meu optimismo, para achar que podia correr (minimamente) bem....

 

 

 

 

17.Abr.09

pukê?

 

O Quico entrou definitivamente na idade dos porquês...

 

 

embora não perceba muito bem onde aplicar a palavra, o que faz com que ás vezes saiam coisas como:

Eu - Quico, podes parar de saltar na cama?

Ele - pukê mãe?

Eu - porque podes cair e depois choras...

Ele - pukê mãe?

Eu - porque te magoas e por isso choras...

Ele - mas pukê?

Eu - Quico pára de saltar, vais cair...

Ele - mas pukê?

 

Digo-lhe para comer um iogurte...

 

Ele - pukê mãe?

Eu - porque faz bem

Ele  - pukê?

Eu - porque tens de comer, um iogurte é bom

Ele - pukê?

Eu - porque sim

Ele - pukê mãe?

 

Estou a tentar pô-lo na banheira

 

Ele - pukê?

Eu - tens de tomar banho

Ele - pukê mãe?

Eu - todos os meninos tomam banho para andarem limpinhos

Ele - pukê?

Eu - porque não podem andar sujos...

Ele - pukê?

 

 

 

 

15.Abr.09

Genial

...ou como a mente das crianças pode ser muito inventiva!

 

do Rafa

  • estava eu a tentar manter a casa em silêncio, a ver se dormiam, e perante o persistente «bichanar» do Rafa, acabei por ter que o mandar calar - «mas o que estás tu a segredar a ti próprio?» - ora, tou a rezar «anjo da guarda minha companhia....» - sim mas estás a repetir, não basta uma vez? - tou a rezar uma por cada dia da semana, mãe, assim se me esquecer nos outros dias, não faz mal...
  • hoje dei comigo a verificar que o relogio marcava 21h00, por duas vezes...achei estranho e fui ver o que se passava, afinal o Rafa atrasara o relogio, na tentativa de ficar mais uma hora a pé, lol!
  • quando se quer ser artista mas não há paciência para ver uma obra de arte passar várias fases, até estar terminada, apressa-se a coisa - tipo: colocar no micro-ondas, os ornamentos feitos em casa, numa roda de olaria e depois pintar as peças com um pincel gigante...

do Quico

 

  •  quando gostamos muito de uma coisa, temos de a levar connosco, mesmo que essa coisa seja gelatina e tenhamos de a levar no bolso para ninguém desconfiar
  • se der a vontade de ir á casa de banho mas estiver na hora do Panda, fazemos o mais perto possível da TV
  • quando não queremos que a educadora nos apanhe, corremos pelo infantário e depois de despistarmos quem nos persegue, saimos calmamente pela janelinha da casa de banho...
  • quando arrancamos a cortina da sala e a mãe chega de repente, jogamos a cortina para cima da bisa e dizemos - «oia mãe, a belhinha tiou a cotina! má belhinha má, a mãe fica tiste vês?!»

 

 

13.Abr.09

Resumo

dos dias de Páscoa e afins...

 

sexta (nada) Santa

 

não podia ter começado de modo mais agitado, o dia de sexta feira! O Rafa teve a inspiradora ideia de abrir o seu mealheiro...claro que a ideia de poupar para no final do ano (natal) ter o suficiente para uma prenda especial, ainda tem de ser trabalhada! O meu filhote de vez em quando quer ver o que tem e desata numa fúria consumista difícil de travar...embora já tenha percebido que quando gasta, deixa de o ter, lol!

A birra começou porque em vez de moedas, o meu filho tinha notas..Apesar de conhecer o dinheiro e o seu valor, ele achou que devia ter mais moedas, pelo que gritava desesperado pela casa, exigindo que trocassemos por moedas tudo o que tinha. Vivemos por cima de vários bancos, mas sexta feira nada estava aberto...

o clima foi ficando muito descontrolado e ás tantas achei que devia dar-lhe medicação (era suposto não tomar estes dias)

Da maneira azeda que estava, não aceitava absolutamente nada e claro, recusou tomar...grande filme, grande drama, o pior de tudo ver o Quico cada vez mais aflito, tentando sair de casa para não ouvir a gritaria do irmão!

Hora do almoço sem vontade para nada, ele porque acabou por tomar o comprimido pouco antes da ida para a mesa e por isso estava sem apetite, nós porque o estómago não desembrulhava!

A tarde foi difícil porque o Quico que tinha ficado nervoso, não quis fazer a sesta, o pai não queria sair de casa, eu não tinha pachorra para as comprinhas de última hora e o Rafa, bem mais calmo fisicamente, acabou por entrar num típico impasse de não saber o que fazer, com o que brincar ou com quem conversar....o que nos deixa a todos com um amargo sabor de «e agora?» pois não o reconhecemos tão paradinho...

As horas de sono ficaram trocadas, o Quico porque quanto menos dorme, menos sono tem e o Rafa porque o efeito do comprimido prolongou-se um pouco mais e por isso a descompressão aconteceu na hora de dormir - cada vez mais agitado, ele não controlou a insónia, ás 4 da manhã ainda jogava computador, para nossa aflição (que também não pregamos olho)

 

chegamos por isso ao nascer do dia seguinte com um

sábado - aleluia!

ainda inconformado mas menos histérico, o Rafa lá tomou o pequeno almoço enquanto o mais pequeno se aterefava a «ajudar» a mãe...

como a cozinha desperta neles a vontade de fazerem tudo sozinhos, lá tive quem partisse os ovos (mais para fora do que para dentro da tijela), quem me atirasse com massa para o chão e quem atirasse com a forma para dentro do forno!

Mesmo assim ainda fiquei com dois  bolos apresentáveis e um que não chegou a ficar totalmente pronto, tal a pressa em o comer...acabei por partir para o lanche o meu «ninho de Páscoa», mesmo sem cobertura, lol!

Depois tivemos direito a um duelo entre os dois para ver quem tinha o pontapé mais forte, acabamos por dar a prendinha de Páscoa antecipadamente mais na esperança de conseguir acalmar os ânimos...o Quico teve de prenda um kit de médico com rodinhas e tudo, que adorou e agora o acompanha para todo o lado...o Rafa ficou entretido com uma roda de oleiro com os respectivos acessórios, para poder fazer belos ornamentos cá para casa (e assim compensar os que parte, lol!) 

claro que o entusiasmo levou a alguns excessos, tal como ter bolinhas de barro (argila) coladas ás paredes e tecto da cozinha, o tampo da mesa com resíduos de matéria prima e muitas peças semi-acabadas á espera que sequem...

á noite foi um corropio de cama em cama (ora entra numa ora sai para outra) porque o Rafa com receio de não conseguir adormecer, acabou por espantar o sono de toda a gente!

 

e finalmente:

 

domingo de Páscoa

com muitas amêndoas, coisas doces, ovos de chocolate, bolos, pão-de-ló e tudo a que temos direito. Os avós almoçaram e depois sairam para visitar o mais pequenino da família que teve direito a prendas personalizadas...o Quico fez um desenho para o priminho e o Rafa mandou uma foto com um coelhinho recém-nascido...

Lá mais para a tarde, já a adivinharem que o pai estava de saída para mais uma temporada a «ganhar tostões», os dois reclamaram absoluta dedicação e foram jogar a bola para o parque em frente á casa. Juntou-se um amiguinho que vive na mesma rua e lá estiveram a treinar á baliza com muito afinco, apesar do frio!

com tantos doces pelo meio, não havia muita fome ao jantar, por isso fomos assistir ao filme da Sic (eles adoram o Ratinho cozinheiro) com muito saltos e gritaria (sim porque assistir a um filme não quer dizer que fiquem sentados a olhar para o ecrã!) e alguns precalços - o Rafa que nunca se apercebe da força que tem, acabou por dar com um pé em cheio na cara do irmão e logo o Quico ficou a sangrar imenso do nariz!

Coisa para andarmos em sobressalto, pois ultimamente o Quico sangra muitas vezes sem motivo, o que pode ser complicado quando acontece á noite e nem damos conta logo...já aconteceu só acordar com ele muito ansioso a chamar e com sangue por todo o lado!

Depois de os termos na cama aos dois (eram onze e meia) eu perdi o sono, o pai lá foi para o trabalho e acabei por andar a espreitar o quarto deles de meia em meia hora...

e pronto segunda chegou, com trabalho (mas menos do que o normal) para mim, sem escola e infantário para os miúdos e com (ainda) mais canseira para o avô, que teve de assegurar grande parte do dia sozinho com as minhas pérolas!

 

 

 

08.Abr.09

tratamentos

quando os pais são confrontados com um diagnóstico de hiperactiviade, desde logo se colocam as perguntas óbvias - e tratamentos, existem?

 

Identificado o tipo de hiperactividade, o mais comum é o(s) médico(s) falarem aos pais na possibilidade de usarem fármacos para controlarem os sintomas mais adversos (a impulsividade, o déficit de atenção, a agressividade...)

Muitos pais acabam por ficar com a ideia de que este é o único tratamento viável, até porque os efeitos são mais visiveis e fáceis de gerir

No entanto, o acompanhamento com tratamento terapeutico, é muitas vezes descurado, ou nem sequer equacionado...ora os fármacos por si só, não garantem resultados eficazes. Ao longo de uma toma mais prolongada, notam-se por norma recuos pois a tendência é para se verificar uma certa habituação da criança ao medicamento. Por outro lado, a decisão de deixar de tomar a medicação é difícil e quase sempre desperta no pré-adolescente um período de rebeldia e recusa.

 

É por isso muito importante que o tratamento escolhido, seja uma combinação de fármacos com apoio terapêutico - um apoio transversal á família e aos vários intervenientes do processo educativo

A terapia comportamental é a mais usada. Pode ser adequada a cada criança, atendendo á especificidade do transtorno que o afecta e pode ser ajustada sempre que necessário, em termos de etapas de trabalho e objectivos.

 

O sonho de qualquer pai, é que o seu filho se liberte da medicação...embora a hiperactividade genética não tenha cura, os seus efeitos alteram-se ao longo do tempo (não é comum ver-mos adultos afectados pela hiperactividade, trepando móveis ou saltando pela rua...mas reconhecemos uma instabilidade característica, nos realcionamentos ou nos empregos...)

Será bem mais fácil deixar a medicação, se os mecanismos de auto controlo tiverem sido trabalhados com apoio de terapeutas e técnicos

 

Claro que cabe aos pais (e mais tarde á criança/adolescente) qual o tratamento a seguir, no entanto essa escolha será sempre condicionada pelas alternativas apresentadas pelos médicos/técnicos de saúde. É por isso cada vez mais pertinente obter informação sobre o tema.

 

Em muitos países, técnicas usadas pelas terapias menos convencionais, complementares ou alternativas, têm mostrado bons resultados com estas crianças. Há pouco tempo, no fórum da APDCH, tivemos pais a questionar um método utilizado em Portugal pela clínica L. chamado Mindstation - apresentado como revolucionário e inovador, garante sucesso no tratamento da hiperactividade e aposta na possibilidade de retirar totalmente a medicação a estas crianças...

Tenho muitas dúvidas sobre a validade de um tratamento adequado, usando apenas terapia comportamental, mesmo que essa terapia seja intensiva...

 

Acredito que seja possível atingir um resultado positivo, utilizando um conjunto de métodos, tratamentos e terapias!

 

 

 

 

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