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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

17.Jul.09

lai lai Para Todos

 

Sabem porque é que esta música, indicada desde a gravidez aos 3 anos de idade, é ouvida por milhões de bebés em todo o mundo e está à venda em mais de 50 países?
- Porque estimula a aprendizagem da leitura
- Potencia as capacidades cognitivas e comportamentais
- Promove o raciocínio espácio-temporal ajudando a um eficaz desenvolvimento das capacidades matemáticas
- Estimula a criatividade e a apetência pela música
- Desenvolve as capacidades e respostas

motoras
- Fortalece as ligações pai/mãe-bebé

- Alivia o stress de toda a família

 

Não é só para os hiperactivos é mesmo para todos! Os meus são muito receptivos e sei por experiência que a música os acalma e ajuda a vários níveis! Não qualquer tipo, claro, mas reconhecidamente a música tem enormes benifícios terapêuticos!

Acho importantíssimo dar-mos oportunidade de (tal como com os livros) desde muito cedo conviverem com ela e aprenderem a mantê-la na sua vida!

Adoro este compositor alemão e descobri que podemos fazer downloads gratutitos no blog do sapo no tema bebé e família!

 

consultem também  http://atxilipu.com

 

 

 

16.Jul.09

nos pés

dos meus filhos nada resiste muito tempo....para os calçar estou sempre na dúvida - vou ao mais económico e compro mais pares mas com muuuuuita frequência, pois nada aguenta, ou  invisto mais em qualidade, sabendo que nada aguenta.....

 

 

é que me passo...pois se lhes comprei isto no mês passado, porque é que já está nestas condições???

 

 

 

 

aproveitando os saldos lá me decidi por isto, aliás as GEOX são as únicas que aguentam mais de um mês (entre os dois e os três....)

 

 

 

como o Quico anda na fase de praia, tem calçado assim,

 

 

 ao menos são baratas e se as estragar  tem direito a outras

 

com o final das férias e a entrada no novo ano escolar, lá terei eu de desembolsar mais umas patacas para os pézinhos dos dois destruidores! mais vale amealhar já porque senão terão de ir de meias!!

 

16.Jul.09

MUITO BOM

 

mas mesmo muito bom é ver pessoas tão interessadas e motivadas como as que tive o prazer de conhecer ontem, no cuso de formação em «comportamentos disfuncionais na criança»

 

Correu bem, a minha participaçao foi integrada na parte em que se falou de hiperactividade e o convite permitiu que mais uma vez, eu pudesse dar o meu testemunho e responder a algumas questões, tudo no meio de uma verdadeira conversa informal.

 

Parabéns à Drª Vanessa e às suas formandas!

 

Adenda: o curso foi à noite e embora os miúdos estejam habituados a ficarem com o Avô, nem todo o carinho e esforço deste fizeram com que dormissem...quando cheguei, lá estavam eles (por volta das 23h) de olho arregalado para ver a mãe e manter o ritual - cantorias, histórias, leitinho e cereais, lol - estes meus filhos são o máximo....

 

 

14.Jul.09

Para explicar

 

um pouco mais o post anterior, dado que alguns comentários eram muito semelhantes:

 

não é fácil (nem correcto em termos médicos) conseguir diagnosticar um transtorno de hiperactividade com ou sem déficit de atenção, antes dos cinco anos de idade.

O Quico vai fazer três anitos no final deste mês, embora já tenha sido visto pela mesma equipa que acompanha o Rafa, e as opiniões sejam de que também será uma criança com hiperactividade, todos me avisaram que este ainda não é um diagnóstico «correcto», dado que muitas das características comportamentais ainda não podem ser avaliadas. Claro que se baseiam nas vastas experiências profissionais e nos dados concretos sobre a família, mesmo assim clinicamente é cedo para conclusões!

 

As maiores dúvidas consistem em verificar se certas características apresentadas nesta idade irão persistir no tempo (ou seja, se o comportamento «atípico» se vai tornar no comportamento  padrão da criança), uma vez que a evolução nestas idades é muita rápida e que o cérebro ainda está em desenvolvimento, poderão acontecer mudanças acentuadas por volta dos 4 ou 5 anos. Nessa altura, irão começar a definir-se as características inerentes à personalidade, distintas das tais características próprias que podem ser identificadas no diagnóstico do transtorno.

 

No caso de uma hiperactividade genética, as características estão presentes e notórias desde os primeiros tempos de vida (no entanto impossíveis de diagnosticar nessa altura). No entanto, no caso de hiperactividade  por factores externos, estes comportamentos podem surgir mais tarde. Traços comuns são a ponte para o diagnóstico mas como sempre, respeitando critérios aceites pelas equipas multidisciplinares, normalmente usando métodos de despistagem.

Como nem a causa, nem o tipo, nem o grau de hiperactividade são únicos,  as diferenças entre estas crianças, são muitas. Algumas apresentam-se menos impulsivas mas muito desatentas, outras são capazes de reter melhor a informação e a aprendizagem mas dificilmente controlam a impulsividade física, alguns têm associadas várias patologias como o distúrbio de comportamento de oposição e desafio e são muito mais agressivas, outras podem ser meigas e mais facilmente se controlam, etc.

 

Entre o Quico e o Rafa há traços comuns que podem indicar uma raiz genética - ambos têm dificuldade em adormecer, dormem pouco e acordam muito abruptamente (como que ligados à corrente); ambos têm muita dificuldade em conhecer os limites e os perigos; ambos lidam mal com a frustração; são difíceis para comer, vestir, etc

No entanto existem muitas diferenças (que eu, como mãe reconheço mas que, dado a experiência que tenho com o Rafa, não querem dizer que o Quico não seja hiperactivo, apenas pode significar que essa hiperactividade pode ter causas diferentes, grau diferente ou mesmo ser de um tipo diferente) O brincar é uma diferença importante, pois mostra uma etapa do desenvolvimento dentro de um padrão «normal» O Quico não é agressivo (apenas quando provocado reage com mais violência), aceita melhor as nossas regras e é mais sociável. Também consegue ficar mais tempo sozinho, consegue entender quando me ausento, sem sentir o desamparo que o Rafa sente....

 

só o tempo e o crescimento do Quico trarão as respostas certas, por enquanto tento preservar a sua individualidade, o seu espaço (coisa difícil quando há um irmão hiperactivo) e manter rotinas, regras e limites definidos!

 

 

um beijinho especial para todas as que me deixaram comentários no post anterior e obrigada por me ajudarem, com a vossa visão de fora, a tomar consciência da minha própria visão!

 

13.Jul.09

Faz de conta

 

O Quico adora brincar ao faz de conta, o Rafa nem sabe o que isso é....

 

Esta é uma daquelas diferenças entre eles que eu mais procuro confirmar.  Cada etapa do desenvolvimento de uma criança revela a sua capacidade para «brincar» - é algo natural e que pode dar a conhecer muito sobre o modo como esta se relaciona com o mundo! Através do brincar, a criança aprende, explora, testa, reage. Demonstra sentimentos, conhecimentos, dúvidas e medos!

 

Não é por acaso que nas consultas para a despistagem do transtorno de hiperactividade, os profissionais observam as crianças a brincar. Muitas das características que apresentam afectam o modo como brincam....

 

Pais de crianças hiperactivas cedo compreendem que os seus filhos não brincam como os outros...nada parece prender a atenção deles por muito tempo, poucos conseguem ter a destreza e paciência para certos jogos ou actividades como legos, puzzels ou montagens.  Bonecos e carrinhos não fazem muito o seu gênero e não se entusiasmam o suficiente com as novidades para levar alguma coisa até ao fim...

O Rafa nunca soube brincar, não conseguia por exemplo, ficar sozinho e brincar com algum boneco, estava constantemente a chamar por mim...quase sempre se esquecia do que estava a fazer, com o que é que estava a brincar, por isso eu tnha de o lembrar daquele carrinho muito giro, daquela pista que ele tanto tinha pedido e por aí fora....

 

Em cada fase do seu crescimento, as brincadeiras nunca eram as «normais»! Em pequenino, quando as crianças de um ano começavam a estar mais atentas aos objectos, a conseguir equilibrar as torres ou a encaixar formas várias, o Rafa subia os escorregas a grande velocidade, queria andar de trotinete e patins (andava de bicicleta sem rodas de apoio aos dois anos...)

E esta foi uma cena típica por cá por muuuuuuito tempo:

«mãe a N. pode vir cá a casa? pode? pode? pode mãe? para brincar comigo...» a N. vinha para ter um companheiro de brincadeiras e isto passava-se assim:

«olha, vamos brincar com isto?» a N. dizia «siiiim» o Rafa saltando dizia «mas isto é mais fixe, brincamos antes com isto...» a N. «tá bem...» ele saltando «olha, olha isto, isto é fixe...» ela «tá mas brinca então....» o Rafa saltando «queres brincar com este?» ela já chateada «ou brincas ou vou embora...» ele continuava a saltar e nunca se decidia, ao fim de uma hora ela estava cansada, ele continuava indeciso, ela queria ir embora, ele tentava impedir, ela forçava a saída, ele fazia uma cena monumental, eu com cara de «tacho» lá ia levar a miúda a casa, pedir desculpa à mãe e aguentar a birra dele....

A única coisa que o Rafa consegue fazer é, claro, usar o físico - correr, saltar, jogar à bola, tudo o que implica esforço físico e não ficar parado...

é assim que brinca, a saltar em cima de uma cama, a fazer pinos, a andar de brincadeira em brincadeira e....com jogos de play station! Tem uma maneira própria de jogar, sempre aos saltos, ou de pernas para cima  e cabeça para baixo, querendo ter sempre ao lado alguém (até a bisa serve...) e mudando de jogo assim que o nível obriga a maior concentração...

 

O Quico brinca, sabe fingir conversas com amiguinhos, com bonecos, com os seus adorados animais! Gosta do faz de conta de ser vôvô e de me ter como Quico, o filho ou o sr. polícia! Inventa histórias com princípio, meio e fim e chama-nos para entrar nas brincadeiras!

 

por isso disfruto desta etapa com emoção, até porque não tive o prazer de a viver com o mais velho! não deixo de ficar triste quando vejo que o Rafa não consegue ainda integrar-se numa brincadeira com o irmão (ou entre todos, quando o tentamos fazer) mas sei que com ajuda e compreensão ele também será capaz de aproveitar a sua infância!

 

 

12.Jul.09

Das Lágrimas

e do riso do fim de semana, aqui registo

 

Sexta feira - dia primeiro do Quico na piscina do ginásio. Até aos quatro anos, as crianças vão com acompanhante para a água. Como a mamã só sai às 19h00, o avô foi transformado em ajudante aquático do novo nadador cá do sítio.

Podia dizer que correu tudo bem - mas como não podia deixar de ser houve lugar a aventuras várias, ou não fosse o Quico um menino muito «pestinha»! depois de uma ligeira birrinha de principiante por não querer usar a touca (parece a formiguinha atómica...) a monitora lá o convenceu a ir para dentro de água. Logo a birra deu lugar a autêntica euforia por se encontrar num meio que adora - a alegria dele era tão evidente que até a monitora achou graça, acabando por dizer ao avô que o Quico era uma criança muito desenvolvida e com imenso à-vontade.

Tão à-vontade, que foi preciso muita mas mesmo muita paciência para o fazer voltar a «terra firme». Queria tanto ficar na água que já depois de todos os outros terem ido embora, ele continuava a dar saltos para os braços do avô...o pior é que tanto acertava nos braços, como fora deles e o avô começou a achar que alguma coisa podia correr mal...e correu...mas não para o Quico!

O avô, na tentativa de lhe chegar calculou mal a borda das escadas e deu uma valente pancada com a canela das pernas, o que o fez escorregar e falhar o degrau, dando em cheio com o dedo do pé no metal das escadas...

Assim, quando chegaram a casa, avô e neto vinham com disposição diferente - um muito lesionado, o outro totalmente encantado!!!

 

Sábado - como sempre muito matinais, os dois pimpolhos acordaram com as pilhas bem carregadas...logo as habituais traquinices, muita algazarra e pelas 10h00 com a dificuldade crescente de os entreter resolvo sair e apanhar ar! Mais fácil dizer do que fazer...uma vez que os dois quiseram vir também....

Eles e cães é algo que não combina - ora, sábados de manhã, já se sabe, vê-se muitos donos com os respectivos cãezinhos! É que nem sei quem fica mais histérico, se eles, se o dono ou se o cão...por mim, falo sempre como se estivesse tudo sob controlo, a ver se não acabo com algum dono a morder um dos meus filhos....às vezes resulta mas na maior parte delas, temos mesmo de seguir uns para cada lado, cada um puxando as respectivas «crias»

Outra coisa que o Sábado implica são os senhores ciclistas de fds, aqueles que andam sempre de carro e que durante o dia de descanso tentam «desenferrujar» as pernas...ora o que acontece com esses ciclistas é que andam muito devagar....pelo menos para a velocidade dos meus filhos - vai daí quase sempre vejo alguém a «lutar» com um fedelho pela posse da bicla! eles não fazem por mal mas atravessam-se na frente das bicicletas, tentam chegar às campainhas e mesmo dar aos pedais....

Depois do almoço houve muita lágrima, quer dizer muitos nervos, seguidos do choro, da gritaria e de tudo o que vem junto....o Rafa não se conseguia vestir para descer (tive de lhe trocar a roupa, pois sentia muito calor) e foi preciso muita ginástica mental para o aguentar! apesar de ver o esforço que fazia para aceitar uma peça de roupa não tão habitual, tive de fazer o meu papel e tentar controlar a situação, caso contrário teria ficado em casa a braços com uma crise de histerismo. Levei mais de hora e meia, com uma saída pelo meio apenas com o Quico mas lá acabei por o convencer a usar a dita vestimenta e acabamos a tarde de sábado a correr que nem loucos atrás de uma bola!

 

Domingo - dia de loucura total com muita energia logo pela manhã! tanta que mais pareciam dois ursinhos a lutar por um pedaço de comida! rolaram pelo chão, saltaram pela cama, pularam dos móveis, manifestaram-se de tantas formas que acabei por desistir de os acompanhar e limitei-me a minimizar os estragos (por vezes  é mesmo a única coisa possível)

Sei que não exagerei na avaliação porque desde os transeuntes da rua, que ficavam pasmados e comentavam, até à senhora que nos serviu numa padaria onde costumo ir sozinha (perto do local de trabalho) sem conhecer os miúdos, me chamou a atenção por nunca ter visto crianças tão eléctricas....o Rafa, por exemplo, nem se conseguia sentar para comer, acabou por andar pela padaria enquanto comia o pãozinho...

Deixei por isso que o dia fosse muito virado para o físico e não me preocupei com roupas, penteados ou calçado limpo! Preparei comida saudável mas fácil de comer, sem necessidade de garfo e faca e optei por andar o máximo de tempo lá fora, vindo a casa apenas para os lanches e águas (eles bebem muito)

Apesar de terem andado todo o dia a puxar pelo corpo, só lhe dei banho depois das 21h00 e reforçando a alimentação com leitinho, cereias integrais e fruta, lá os deixei na cama por volta das 22h30. O melhor é que não demoraram muito a adormeçer!

 

 

09.Jul.09

Voluntários

oferecem-se para todas as actividades que metam água, aparelhos, ferramentas e escadotes

 

são os primeiros a avançar para a linha da frente quando a campainha toca, óptimos a despachar comerciais de telemóveis e serviços TV cabo....

 

adoram dar as «leituras» da água, luz e gás, em presença de funcionários zelosos que se esforçam imenso para permanecerem sérios

 

gostam de cozinhar e ajudam com experiências culinárias alucinantes que acabam com repastos quase intragáveis mas que estão sempre «muita bons»

 

 

não deixam passar uma oportunidade de mexer em computadores, impressoras e máquinas fotográficas para ajudarem a manter o bom funcionamento dos aparelhos

 

Muitas vezes o voluntariado termina nisto

«Meninos não ajudem por favooooor!»

 

Hoje depois das actividades fora e dentro de casa, ainda ajudaram a

  • dar banho à avó (sem ela querer claro e com roupa e tudo)
  • arrumar a desarrumação do armário das roupas interiores da mãe, com o Quico a ajudar na selecção dos soutiens, para o que os experimentou em diversas partes do corpo (dele!)
  • empilhar os pratos para colocar na máquina, conseguindo a proeza de não partirem nenhum, embora os jogassem pelo ar a quatro mãos
  • besuntar a mãe com o creme de noite, assim a modos que para ela «regenerar» durante o sono

 

08.Jul.09

Em Imagens Reais

 

 

 

 

 

 

 

 

Momentos como este acontecem todos os dias, mesmo agora - , com a ida para o campo de férias e com as milhentas actividades que por lá pratica! Quando chega a casa, tem sempre de gastar mais e mais energia e como não temos ginásio privativo, ele improvisa! Aqui o vemos a trepar uma parede à entrada do meu quarto

Além disso, tem sempre de ter assistência e fala constantemente, ao ponto de por vezes já nem o conseguir «ouvir» pois acabo por me perder!

 

O mais pequeno faz a festa na hora do banho, ou seja a partir daí até ao deitar, ele anda a mil...para o vestir, mesmo com ajuda, temos muita luta....

 

Hoje depois das actividades diárias - o Rafa fez canoagem de manhã e durante a tarde ensaiou as primeiras coreografias do espectáculo final, o Quico fez praia, ainda tivemos direito a

 

muitas corridas, escalada aos móveis, saltos na cama e raquetes, modalidade da qual o mais novo é fã!!!

Dois enérgicos banhos remataram o dia dos pequenos, a mamã ainda tem pela frente algumas horas, também para preparar a intervenção da próxima semana, num curso de formação na área «comportamentos disfuncionais em crianças», para a qual fui convidada

 

 

 

 

07.Jul.09

Leituras

 

 

 

 Não tenho muito tempo para elas (infelizmente) mas como adoro e sempre que posso, lá vou espreitar as novidades, vou deixar-vos uma sugestão para quem tem filhos (com ou sem o mesmo problema do Rafa) porque às vezes custa reconhecer os sinais:

 

Chama-se

Como lidar com a criança ansiosa ou deprimida imagem

 

«como lidar com a Criança Ansiosa ou Deprimida» escrito especficamente a pensar nos pais

 

Muito bom a preço muito acessível - cerca de €16,00 Plátano Editora

 

 

 Boas leituras!

 

 

O seu filho sente-se frequentemente miserável ou preocupado? Não gosta de ser o centro das atenções, ou se calhar não consegue adormecer como deve ser? Poderá sofrer de uma fobia ou ter dificuldades de concentração? Se algum destes sintomas lhe parecer familiar, então é possível que o seu filho seja um dos muitos milhões do mundo a sofrer de ansiedade ou depressão.

Escrito especificamente para pais, o livro Como lidar com a criança ansiosa ou deprimida usa a mais recente investigação clínica da Terapia Congnitivo-Comportamental para proporcionar métodos claros, eficazes para lidar com a ansiedade e a depressão infantis.

Um recurso inestimável para a família ou para os profissionais, o livro Como lidar com a criança ansiosa ou deprimida inclui as ferramentas necessárias disponíveis para reclamar de volta do seu filho da depressão e da ansiedade.

 

05.Jul.09

FÁCIL

muito fácil julgar, tecer juízos de valor, sentenciar, se

 

não vivemos a realidade do outro, se apenas conhecemos o assunto pelo lado de fora!

 

É fácil chegar a um blog público e apontar o dedo «os seus filhos são uns mal educados e a senhora é conivente com essa má educação» até porque o pode fazer anonimamente....

 

essa pessoa anónima que tem de cuidar das netas que «não são hiperactivas (obviamente, caso contrário a postura e compreensão em relação ao assunto seriam outras) nem mal educadas (o que irá depender do número de horas que passar com elas)», pode ter a sua opinião, não tendo no entanto legitimidade para JULGAR!

 

Essa pessoa anónima dá-se porém ao luxo de julgar! mas quando sai do blog, depois de cá deixar as suas sentenças, essa pessoa anónima vai viver uma realidade que nada tem a ver com a que acabou de julgar...e sobre a qual NADA entende.

 

Não é essa pessoa anónima que começa os seus dias por volta das seis e trinta da manhã, com duas crianças que se levantam tão eléctricas que parecem nem ter dormido...

Não é essa pessoa anónima que tem de arranjar mil e uma estratégias para conseguir preparar essas crianças para saírem de casa, para que as tarefas básicas e rotineiras não se transformem num caos, pois entre a impulsividade física, a baixa autonomia, a desconcentração e a dificuldade em terminar uma tarefa, existem contratos escritos, listas de tarefas, muitas horas a treinar rotinas, muitos acertos de métodos, todos os dias desde há seis anos para cá...

Não é essa pessoa anónima que enfrenta mais de meia hora de luta para a toma da medicação e que tem de controlar os difíceis momentos de náuseas e vómitos, enquanto esta não faz efeito e se aproxima a hora da saída

Não é essa pessoa anónima que vai trabalhar as oito horas diárias, onde o nível de competência é avaliado a cada instante, tendo já passado por horas de stress e sabendo que os dias serão SEMPRE assim

Não é essa pessoa anónima que tem de concertar métodos de trabalho escolar com a professora, de modo a garantir que para além da permanência na escola, ele obtenha bons resultados escolares

Não é essa pessoa anónima que chega a casa e abdica do jantar, para que os avós (estes que cuidam de netos hiperactivos) possam ir para casa e cuidar deles próprios por umas horas

Não é essa pessoa anónima que realiza as tarefas domésticas depois das 23h00, com cuidado para não pertubar ninguém, porque só a essa hora as duas crianças estão calmas o suficiente para adormeçer

Não é essa pessoa anónima que  segura na mão de um menino de oito anos e o conforta até às quatro da manhã, sempre que no dia seguinte haja por exemplo uma ida à praia, à piscina, um teste na escola ou apenas a visita de alguém, porque o sono fica longe e a ansiedade dispara

Não é essa pessoa anónima que tem de estudar e perceber (com a ajuda dos médicos) as diferentes patologias associadas à hiperactividade - as comorbilidades, para entender o porquê do histerismo quando ele entra num espaço fechado (como carros ou elevadores); o porquê dos gritos sem sentido quando vê um pássaro, ou o porquê de não usar roupa interior e rejeitar vários dos tecidos normais...

Não é essa pessoa anónima que deixa de frequentar certos sítios públicos, ir a esplanadas, gozar férias fora de casa, fazer viagens, não por recear incomodar os anónimos mas porque  a quebra de rotina provoca desiquilibrios e  tudo tem de ser bem pensado e orientado

Não é essa pessoa anónima que tem de refazer valores morais, familiares e educacionais porque afinal as certezas não existem e a «normalidade» assume muitos rostos!

 

No entanto EU que não sou anónima, que dou o nome e a cara por uma batalha tão simples quanto a de ver os meus filhos respeitados tal como são e sobretudo felizes com eles próprios, sou muito mas muito GRATA por não ser como essa pessoa anónima

 

Porque ao contrário dessa pessoa anónima, eu levanto-me com um sorriso e deito-me com gratidão por saber que fiz o melhor nesse dia

Tenho o privilégio de conhecer pessoas não anónimas que me dão apoio, esperança, amor e me fazem ver outras realidades (seja no blog, seja pessoalmente - o Dr. Luís, as Doutoras Isabel, Vanessa, Patrícia, a prof. Fernanda, a Linda, a Carla, a Paula, o Vítor, todos acompanham, entendem, orientam, ajudam-me)

Tenho uma família que, longe de ser perfeita, é um suporte de estabilidade nos bons e nos maus momentos

Vejo com emoção cada vitória alcançada, seja um trabalho de escola com nota elevada, seja porque se lembrou de lavar os dentes ou porque vestiu sozinho o pijama

Saboreio cada beijo, cada abraço, cada carinho!

Amo e sou amada, aprendi a não julgar, a não ser amarga a Viver com alegria e por isso essa pessoa anónima não encontra neste blog queixumes, mesquenhices, relatos deprimentes...

É a minha maneira de ser, brinco com as contrariedades, adapto-me com vivacidade, nunca baixo os braços, vejo as coisas pelo lado positivo e esforço-me por evoluir com cada lição que a Vida me dá! E essa pessoa anónima, não me vai fazer mudar

 

Para terminar um recadinho para essa pessoa anónima

 

Psst, psst!

 

Sim, é mesmo para si caro anónimo (que já deve andar a cuscar)

Este é um blog público mas tem DONA! Vir até cá e discordar é uma coisa, trazer opiniões diferentes sobre a hiperactividade (desde que fundamentadas) até pode ser útil...mas JULGAR, não lhe reconheço esse direito!

Ofender outros leitores e comentar com má educação, não lhe permito! O blog é meu, a gestão só a mim me compete e para que não hajam dúvidas AVISO que qualquer comentário seu, no mesmo tom e conteúdo dos anteriores irá enfeitar o balde da reciclagem que por enquanto está vazio!

Não o elimino por mim, pois por certo acabarei por ler uma das suas «bacoradas» mas por respeito aos outros frequentadores deste espaço.

 

A  todos os que tiveram a paciência (e alguns tiveram mesmo muita!) de comentar o post anterior, o meu OBRIGADA pela coêrencia, pelo altruísmo e pela atitude!

 

PONTO FINAL