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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Ago.10

a rede

da hiperactividade estende-se por toda a família e muitas vezes tem uma malha tão fina que é difícil não ser arrastado por ela

 

 

 

Este final de semana, foi totalmente «agarrado» á rede envolvente do Rafa...

 

No sábado, os avós foram a um casamento de uma familiar e por isso, estivemos mais sós que o habitual. Adoro ficar com os meus pais, claro, mas sem dúvida que aprecio muito ficar apenas com os miúdos. Por norma as coisas até ficam mais controladas porque mantenho com mais firmeza rotinas essenciais e consigo organizar o meu tempo sem contar com a interferência que isso possa causar aos outros.

 

Não tinha pensado em nada muito longe de casa, apenas entreter o Rafa o tempo suficiente para que o Quico (acordado desde as 6h) pudesse descansar e depois partir com eles até ao parque, bola e bicla como companhias. Talvez um lanche fora de portas.

A partir da hora do almoço no entanto, o Rafa iniciou um «festim» de asneirolas. O que era para ser uma brincadeira com o mano, descambou para uma briga feia em que tive de intervir, depois de quase partirem mais umas quantas peças e vários brinquedos, lá os fiz separar mas fiquei com aquela «borboleta» de nervoso miudinho...

Entretanto com a rapidez que lhe é habitual, ele não mais pensou no assunto e descobriu outro motivo de interesse! lembrou-se de que tinhamos lá em casa daqueles catálogos com as novidades do material escolar para o reínicio do ano lectivo. Ora se os viu, logo se pôs a escolher...o problema é que decidiu que tinha de ir comprar o material nesse mesmo instante - não para o início da semana, não no dia seguinte, nem mesmo na hora a seguir - ele tinha de ir «naquela hora»...pois que me vi e desejei para o refrear, dado que não tinha mesmo hipotese de lhe fazer a vontade (nem o faria nunca, dadas as circunstâncias...)

Enfim, acabei por ter de falar noutro assunto, a fim de o distrair, mudando-lhe o rumo dos interesses antes que desse cabo de nós e da casa (portas, objectos e assim, são por norma os mais atingidos...). Com o intuito de lhe mudar o tarifário do telemóvel, sugeri que fossemos a uma loja da operadora, coisa que lhe despertou logo o entusiasmo, pois era novidade e dizia-lhe respeito...claro que só deu para o desviar por uns instantes mas pronto...

 

Ainda fomos ao parque onde se sujaram tanto que mais pareciam ter andado a escavar a terra! os meus pais entretanto trouxeram umas visitas - uns tios meus que estão em Lisboa e que há muito queriam conhecer os miúdos. Embora soubessem do distúrbio do Rafa, acho que eles se sentiram à nora com os dois putos aos saltos, gritos e muita maluqueira, enquanto nós tentavamos conversar um pouco...talvez por isso o meu tio tenha dito «a J. vai ser mãe em breve, só espero que não lhe saia um assim...teriamos muito que aprender!»

 

Depois veio o dia de Domingo...o que dizer? foi um suplício do princípio ao fim! o Rafa continuou dominado pela vontade de adquirir o tal material, agravado pelo facto de a loja ter um horário reduzido aos domingos o que não me dava tempo para compras...aguentar as suas birras e tonterias foi um martírio e uma prova de resistência! O pior é que envolveu mesmo toda a gente na sua rede - com a agressividade ao máximo (a medicação já não lhe faz qualquer efeito e a consulta é só dia 11 de setembro) tudo era pretexto para bater, gritar, provocar...

 

Todo o dia estivemos em luta (duma das vezes com consequências graves no irmão e na psp que foi jogada pelo ar o que lhe provocou uma daquelas reacções descontroladas...) Tanto que o fim de dia se tornou penoso, senti-me totalmente desgastada (até os meus pais e o Quico pareciam aterrar a qualquer momento!)

 

mas enfim, isto é mesmo o meu/nosso dia a dia! e não pensem que por causa disso me deixo abater. Afinal consegui impor a minha ordem (possível), não deixei que nos intimidasse sem resposta e acabei por fazer-lhe ver que nada lhe valia aquele comportamento, pois não conseguiu levar a sua avante (sempre lhe disse que não o levava à loja pelo facto de se estar a comportar daquela forma e que só iria quando alterasse o seu comportamento para connosco!). Embora sabendo que é impossível escapar da rede por enquanto, tudo faço para manter a normalidade.

  Hoje estive super ocupada da parte da manhã e passei a bola ao meu pai...depois conto tudo....

 

 

 

 

26.Ago.10

digerir as emoções

 

dos últimos dias não tem sido fácil

 

primeiro foi a casa desfeita no início da semana {#emotions_dlg.annoyed}

 

seguindo a ordem das coisas, choveu e fez frio subitamente na segunda feira...ficamos em casa, com a ideia de nós adultos podermos organizar alguns assuntos antes do marido voltar ao trabalho e com a esperança de que os miúdos aproveitassem para descansar...

Sem um plano antecipado, improvisei uns crepes de chocolate para a terde, fazendo figas para que o Rafa não viesse ajudar...mas ele claro, quis dar uma maozinha - dali a pouco tinha massa de crepes por todo o lado pois ele insiste fazer como nos filmes, virando-os no ar, algo que nunca faz bem à primeira, nem à segunda, nem à terceira...depois o Quico percebeu e veio também e logo tinham creme de chocolate em todos os orifícios da cozinha, depois quiseram montar os crepes e lá se besuntaram a eles e ao resto, com o belo do chantilly...A seguir o pai, enervado com tanta confusão veio com a esfregona na mão decidido a por tudo em «pratos» limpos...dali a pouco a gritaria era insuportável, ele e os filhos, esfregona no meio, tudo a molho e cozinha alagada...e nesse momento entra a avó, pois que não houve tempo para avisos, esfregona no ar, avó com esfregona na cara, bisa em socorro, leva pequeno móvel de apoio à frente, tudo no chão, Quico histérico corre para a sala e apanha uns livros da biblioteca que logo manda pela janela fora, fazendo-os aterrar junto ao cães dos vizinhos... e mãe que só tinha ido à casa de banho, quando chega à entrada da cozinha e vê o estado das coisas, sai sem dizer nada conseguindo 45 minutos de sossego no centro comercial até levar com a primeira chamada no telemóvel {#emotions_dlg.lol}

 

Terça foi o descalabro do costume quando os tentamos meter no carro para fazer uma visita a um parque que ainda não conheciamos. E se tivesse filmado as cenas que fizeram em Avioso na maia, num parque que conjuga actividades para os mais pequenos com espaço aberto para merendas e passeios, teriam por certo pensado que estavamos em Marte! {#emotions_dlg.sarcastic} Uma das melhores foi quando o Rafa descobriu que podia «alugar» bicicletas para passear no parque e quase matava de susto a pobre da funcionária - ele saltava tanto, falava tão depressa, punha-se em pé em cima da bicla que mais pareceia ter saído do campeonato do mundo de malabarismos...

 

Quarta, último dia a sério para poder aproveitar o tempo com o pai - a opção foi mais uma ida à praia, dado que a última não tinha corrido bem mas o Quico ficou sempre com a ideia que lá voltaríamos. Foi quando tivemos de começar a preparar o Rafa para o regresso do pai ao trabalho. Até nem correu mal no início mas assim que chegamos à praia e viram uns carroceis, pronto! tivemos festa, ou melhor romaria, passamos o tempo a saltar da areia para os ditos carroceis e mal punhamos pé na praia lá vinham os gritos e maluqueiras....

 

Quinta feira foi o adeus ao papá o que provoca sempre uma grande confusão no Rafa, muito mais compreensivo o Quico lá ia dizendo «o pai vai ao tabalho mano, tem de ser!». Passei a tarde a tentar distrair o Rafa mas as vezes que me perguntou «porque é que o pai tem de ir trabalhar mãe?» foram tantas que lhes perdi mesmo a conta...de resto o costume, muitas zaragatas, muito barulho e muitos nervos

 

Hoje entramos no fds, sem grandes alterações a não ser que para sábado temos programa a três, pois os avós vão para fora. Esta noite devo ir jantar com alguns ex-colegas de trabalho (faz um ano que a empresa fechou) e os avós mais uma vez são o meu pronto socorro, espero apenas que não tenham muita dificuldade em entreter os dois miúdos por um par de horas, já tenho plano que envolve passeio do Quico com o avô e filme com pipocas para a avó e Rafa...

 

 

24.Ago.10

Lições Básicas

 

 

de sobrevivência para quem tem hiperactivos em casa {#emotions_dlg.sarcastic}

 

Lição nº 1

 

Num dia de chuva, nunca fique com um miúdo hiperactivo em casa sem ter um plano seguro de entretenimento

 

 

Lição nº 2

 

Que esse plano NUNCA meta crepes, chocolate e chantilly ou arrisca-se a passar mais de duas horas a limpar o resultado

 

Lição nº 3

 

Se o Pai também estiver em casa, não deixe que seja ele a ficar no controlo

 

Lição nº 4

 

Nunca deixe o hiperactivo com irmãos, avós ou outros sem que voçê possa ver, ouvir e tocar rapidamente no que se estiver a passar...

 

Lição nº 5

 

Nunca deixe livros requesitados em bibliotecas ao alcance dos miúdos descontrolados (especialmente se existirem cães nas redondezas)

 

Lição nº 6

 

Se nenhuma destas lições for eficaz, saia de fininho e deixe que o destino se encarregue de os fazer sobreviver

 

 

 

23.Ago.10

Uma Tribo!

 

nem mais! eu, o pai, os miúdos e os avós...

 

uma verdadeira tribo! digamos que entre o natural e o mais radical, uma tribo permanece unida, mesmo que tenha de lidar com alguns «azares» {#emotions_dlg.sarcastic}

 

e até começaram bem cedo - os tais «azares»...na verdade, assim que nos fizemos à estrada, percebemos que não tínhamos tarefa fácil! com miúdos que odeiam apertos, em especial um deles com autêntico pavor a cintos e locais delimitados, fazê-los chegar ao destino, por curvas e contracurvas, com paisagem monótona, embora sem dúvida, airosa e verdejante, foi uma prova de resistência - nossa (pais) e dos outros (avós) pois se um dos carros se distanciasse um pouco que fosse, já era o «cabo» dos trabalhos - quase que tínhamos de levar um radar ligado para permitir comunicação permanente e evitar ansiedades desnecessárias (o Rafa até queria que o pai andasse de GPS ligado, não fosse o avô carregar mais no acelerador e deixássemos de ver o nosso «guia»)

 

Com o sol maravilhoso, as águas do rio Vouga em perspectiva e muita adrenalina no ar, lá «aterramos» para uma aventura adquirida com uma samrtbox

 

 

 

Canoagem / Arvorismo

 

em Sever do Vouga, com sessão de canoagem e arvorismo! uma aventura que ficou documentada num CD de fotos incluídas no pacote e da qual tentarei seleccionar algumas.

 

No entanto o mais interessante a relatar, foi a autêntica maluqueira dos dois quando se viram no meio do arvoredo e perceberam que estavam prestes a iniciar algo novo...

 

O Rafa, claro boicotou tudo o que tinha a ver com regras de segurança - desde os coletes de protecção (muitos cintos...) aos capacetes, o calçado, enfim, a ponto de termos um monitor a entrar em pânico e um pai mais vermelho que um tomate (e não era por causa do sol, pois até tínhamos sombra da boa...)

 

O Quico ranhoso dos últimos dias um pouco ventosos, passados na piscina, insistia em limpar o nariz à roupa dos outros participantes, além disso, só queria ir com o avô, o que não era de todo aconselhável (nem para o próprio, nem para a avó, que já se benzia e iniciava uma oração!)

 

Depois foi aguenta-los dentro das canoas o tempo da viagem (na opinião do Rafa - muuuuito tempo, uma seca, dado que não havia como nos filmes aqueles emocionantes rápidos e quedas d'água!). O Quico queria saltar borda fora atrás dos peixinhos e como íamos em canoas diferentes (eu e Quico numa, pai e Rafa noutra) ambos queriam ser os primeiros a chegar!

 

O pior foi depois, quando cismaram em trazer uma canoa com eles!

 

A seguir era suposto fazer um piquenique com os avós na praia fluvial da Quinta do Barco. Primeira desilusão - aquilo de praia só tem mesmo o nome...um pedacinho minúsculo de areia suja, onde as beatas de cigarro eram mais do que os grãos de areia e uma entrada pouco inspiradora para um rio, neste ponto, muito parado e bastante sujo...

 

Ora os miúdos não ficaram propriamente desejosos de lá ficarem e nós, para dizer verdade, também não! Uma tribo que se preze fica junta nas decisões e portanto, lá decidimos procurar melhor poiso!

 

Mas a coisa revelou-se bastante dificultada pela pouca escolha viável - umas praias do género, ficavam já muito longe, outras, pese o nome, revelavam-se ainda piores do que a primeira. Ora andando nisto, às tantas estávamos a morrer de fome, dentro dos carros, com o calor a apertar, os miúdos cada vez mais impacientes e muita curva pela frente!

 

tanta curva, que os estômagos deram por ela e começaram a despejar os (ainda bem que poucos...) conteúdos, sendo que o mais incontrolável era mesmo o Rafa que gemia tanto e tantas vezes quis mudar de carro que já estávamos todos tontos....

 

...e embora com roteiros electrónicos, portátil e net....demoramos mesmo muuuuuito até encontrar o «tal» sítio ideal! é que para os miúdos só mesmo a água seduzia, por isso e pese o verde ser bastante inspirador, subimos e descemos as serranias, quase à descoberta, palpando terreno, buscando um local aprazível que se adequasse!

 

Finalmente quando estávamos prestes a desistir e já pensávamos em tirar dos cestos o farnel, comendo mesmo na berma do caminho, resolvemos investigar o que numa pesquisa do google dizia ser uma praia fluvial com bons acessos, zona de merenda, estruturas de apoio (como wc) e água limpa!

 

pois foi assim que a tribo se viu diante da praia fluvial de Pontemieiro, local que estava completamente deserto, com a vantagem de não termos portanto disputas territoriais, ou mesmo, dificuldades em conseguir um bom lugar na água! e, mesmo não sendo tal e qual o que nos informava a tal página na net, era sem dúvida um lugar agradável, pelos vistos outrora com intenções de ser explorado (daí existirem de facto as tais estruturas de apoio - wc, mesas de merendas e até fogareiros) mas que talvez por falta de verbas, de interesses ou de turistas, acabou por ficar semi-abandonado (digo semi porque durante a tarde ainda apareceram uns visitantes, penso que locais conhecedores do espaço, que se refrescavam nas águas e não permaneciam muito tempo!)

 

Acabamos por isso o dia, comendo, bebendo e molhando-nos sempre que nos apetecia, os miúdos brincando como gostam e nós sempre estávamos em maior número, por isso não nos custava tanto dar-mos atenção a tudo!

 

Ora vejam lá se esta água não era mesmo apetitosa

 

 

 

 

 

e assim a tribo se divertiu no sábado, apesar das usuais peripécias!

 

No domingo optamos por descansar uns dos outros (lol) por isso no fim do almoço e antes dos momentos críticos do costume, pai e filho mais velho foram a uma sessão de cinema para verem este:

 

O Último Airbender  o último Airbander, o que para o Rafa vale pelo 3D....

 

e a mãe com o mais novo ficaram-se pelo parque geriátrico perto de casa, local predilecto do Quico que adora fazer ginástica nas «máquinas dos senhores velhinhos» {#emotions_dlg.lol}

 

ao final da tarde e na companhia dos avós fomos repartir uma pizza (os miúdos optaram por brincar no escorrega da pizzaria e pouco comeram) e o regresso a casa deixou a Tribo de sorriso na cara e vontade de novas aventuras!

 

Entramos agora na recta final das férias do pai...sem planos, vamos ver o que nos reservam estes dias....

 

 

 

 

 

21.Ago.10

seguir em frente

 

apesar das birras e confusões do Rafa, acompanhadas da agitação constante do Quico

 

vamos tentando mobilizar as nossas energias e fazer deste período um momento para recordar....

 

sem direito à «normalidade», hoje andaremos por Sever do Vouga, numa de desportos radicais...tal como uma família igual a muitas outras!

 

 

bem, pelo menos assim espero - mas não se admirem se aquilo estiver mais parecido com uma selva hoje {#emotions_dlg.sarcastic}

 

20.Ago.10

tipo roleta...

 

é o que nos acontece quando temos um miúdo como o Rafa em casa...

 

 

 

às vezes apostamos tudo no vermelho e ele atira-nos com o preto!

 

Depois de um dia muito bem passado, veio uma tempestade imprevisível daquelas que nos obrigam a lembrar que afinal - hiperactividade é tudo menos pacífico!

 

Dexar-nos quase em pânico porque até pedras nos mandou (pedras a sério!) e tristes até mais não porque tivemos de o castigar no que mais doi - na atenção que lhe dispensamos, nos cuidado e no« aparente» afecto que lhe temos...claro que só no aparente, porque o verdadeiro nunca está em causa mas ouvi-lo pedir um beijo e não lho dar nem à noite, foi muito duro para nós pais!

 

 

 

19.Ago.10

sorte, sorte, é....

 

 

sair de casa com um céu encoberto e tristonho para constatar, ao chegar ao destino que o dia estava «no ponto certo» para apreciar a nova descoberta

 

constatar que anos de treino já nos fazem acertar na escolha e que nada melhor para miúdos com energia a mais do que ar livre, caminhadas, muita aventura e alguma adrenalina

 

todos termos adorado o Parque Biológico de Gaia, desde a entrada até às instalações,restaurante, bar e serviços de apoio! maravilhoso a preços fantásticos

 

ouvirmos muitas vezes, durante e depois, os miúdos repetirem «podemos voltar cá?», ou «este dia foi o máximo!» e na versão do Quico «Uauuuuu!!!!»

 

termos a psp do Rafa para tirar fotos (156) e fazer vídeos {#emotions_dlg.sarcastic} claro que com o Rafa sempre no comando das operações!

 

 

 

 

Cá fica o registo do que mais entusiasmou

 

 

 O Rafa em luta

claro que houve «macacada»

 

Nunca nos perdemos - o Quico sabe ler mapas lol

 

 

Estes bichos impressionam!

 

 

 Também podemos ver objectos lindíssimos como este!

 

E no final, depois de uma merecida «merenda» ainda houve forças (deles) para exercitar os músculos e brincar em escorregas e afins, numa zona dedicada às brincadeiras «ginasticadas»!

 

 

Tudo espectacular! Um dia de pura magia, com os miúdos sempre bem dispostos! Ora cá está a prova de que vale a pena ser optimista!

 

Para os hiperactivos, desde que tudo esteja planeado (saber para onde vai e o que lá pode fazer), seja interessante e novo a cada passo, tenha espaço e ar livre, tirar proveito é possível! apesar da pedalada, o Rafa estava feliz e viveu o dia à sua maneira, excitadíssimo (curioso - logo que entramos, na recepção, a senhora que nos atendeu olhou o Rafa e disse logo que o achava tão vivo e cheio de energia que não pude deixar de sorrir)

 

 

Obrigada a todas que nos desejaram sorte! parece que resultou hein?  {#emotions_dlg.sarcastic} outra forcinha para amanhã?

 

 

 

 

 

18.Ago.10

azar, azar, é....

....irmos ver as construções na areia do Panda e constatar duas horas depois que afinal o Panda (boneco) não vai dar um ar da sua graça....para grande consternação do Quico principalmente (sabiamos nós que tinha de ter uma patinha à frente do nome da praia para garantir presença do bicho?!!)

 

estar confinado às prais frias do Norte - opá é que já não há sol sem nortada e é friiiiiia (ontem nem sol havia buáááá) para grande consternação da mãe!

 

comprar uma câmara digital e o papá sentar-se em cima dela, partindo o ecrã, para grande consternação de todos!

 

pronto, não foi um dia muito feliz  {#emotions_dlg.sarcastic} mas nada melhor do que a teimosia natural dos «ocupantes» deste blog...

 

hoje andaremos por Gaia, se nada o impedir claro!

 

 

 

16.Ago.10

atitudes

nem sempre compreensíveis para quem está do lado de fora, tomadas consciente ou mesmo inconscientemente

 

servem muitas vezes para que nos julguem desta ou daquela forma...

 

Isto para dizer que estamos constantemente sob avaliação dos outros, nos nossos diversos papéis. No papel de pais/mães, por exemplo, isso é diário...e todas as atitudes que tomamos são escrutinadas pelos outros como se de um «concurso» se tratasse... somos «melhores» ou «piores» pais do que os vizinhos do lado? ou dos pais que vemos no jardim? ou dos que vão buscar os miúdos à escola? e como fazemos essa avaliação - nossa e dos outros?

 

avaliamos as atitudes

 

há uns tempos atrás li um post de um blogue que nem é meu costume visitar mas que me surgiu numa pesquisa que fiz. Dizia a autora do post que não eram as atitudes que mostravam (pelo menos de forma clara) se estávamos perante um caso de hiperactividade ou não, pois se assim fosse julgaríamos apenas pela «aparência» - relatava nesse post uma cena passada num consultório em que uma criança provocava distúrbios graves para todos os presentes perante a atitude passiva da mãe. E que mesmo tendo sido a mãe chamada a atenção por quem lá estava, a mesma não interferiu para acabar com a atitude incomodativa do filho, antes foi agredida verbalmente por ele quando o tentou «intimidar» pela via usual do «queres levar?» sem no entanto ter alterado a sua atitude de completa passividade/desinteresse...

 

nos vários comentários que se seguiram a esse post, muitas pessoas afirmaram que era de facto impossível saber se a criança era ou não hiperactiva, se seria apenas mal educada - as suas atitudes não eram certamente adequadas mas o porquê desse comportamento não era fácil de avaliar. No entanto todos estavam de acordo em que a atitude da mãe era reprovável - era até, na opinião de muitos, essa atitude que teria levado o miúdo a ser um autêntico «selvagem», mal educado, chamando nomes à mãe sem que ela respondesse à letra (ou pelo menos tomasse outra atitude...)

 

E agora vem a parte em que eu mãe de um miúdo hiperactivo a quem já se dá medicação e mesmo assim, já se verificou que não existem milagres, me sinto...digamos - tocada por este post...

 

Porquê? porque me revi naquela mãe (não sei se o filho será hiperactivo ou não e até desconfio que não o seja...explico depois) Mas revi-me num papel que por vezes tenho de desempenhar, em que se confunde passividade com «estratégia» - nem sempre uma atitude de confronto durante um momento de «crise» resulta em algo positivo. Muitas vezes, perante um Rafa desatinado e a fazer o maior disparate do mundo, eu apenas aguardo...e aguardo o quê? o momento certo para a atitude certa - que por vezes até nem é um sermão, uma bofetada ou um «espectáculo» em público!

 

passa por ter uma estratégia - saber lidar com a situação é por vezes saber esperar. Como neste domingo, numa pastelaria onde até não somos clientes habituais e onde por um daqueles acasos, acabamos por parar...e onde o Rafa se portou tão desajustadamente, chamando nomes aos pais que fariam corar o mais empedernido «calão» e onde quase virou uma mesa...mas onde tivemos de esperar (para alguns de forma culposamente passiva) que a crise fosse passando e que depois da possível acalmia, lhe pegamos num braço, o olhamos de frente (ignorando mais uma vez a avaliação da nossa atitude) e o obrigamos a verbalizar, a explicar porque agiu assim, a dizer porque se sentiu incapaz de se conter e só depois (algo que o obrigou a reflectir que afinal nem queria a tal guloseima tanto assim...) o fizemos pedir desculpa ao dono do local, a nós pais e por fim a tomar consciência de que pela sua atitude incorrecta teríamos de sair dali. Embora eu saiba perfeitamente que vai haver mais uma vez igual e mais uma e mais uma e mais uma (porque ao contrário de quem consegue pensar antes, um hiperactivo quando pensa já agiu...) sei que a minha atitude foi mais correcta do que ter simplesmente dado um tabefe ao primeiro palavrão - o que o faria ripostar em força, ou puxá-lo dali - teria feito finca pé e acabaria por provocar mais desacatos (e só sei isso porque também houve uma altura em que essas eram as minhas atitudes - quando achava que pela maior disciplina/força, acabaria por o dominar)

 

Se para os outros pais fui passiva? acredito que tenham achado isso (pouco levantei a voz, falei sempre de modo sereno com o meu filho e não me viram esbracejar, pelo que provavelmente nem se aperceberam do meu papel) Se a minha atitude lhes pareceu incorrecta (porque não o esbofetiei mostrando-lhe quem manda?) - tenho a certeza de que o pensaram... Mas tal como a tal autora do post com que introduzi este relato, também eu acho difícil avaliar as atitudes....

 

Resta dizer que foi um fds alucinante em que o Rafa protagonizou vários episódios dignos de relato, quase sempre envolvendo as brigas com o mano...mas sinto-me cansada, pelo que farei um outro post mais tarde, sobre o que pode acontecer a um irmão de um hiperactivo....ainda por cima mais novo!

 

 

 

este texto não respeita o novo acordo ortográfico, por opção da autora

 

 

 

15.Ago.10

O velho «cliché»

 

«Os miúdos são todos iguais»

 

depressa se desmorona quando quem usou essa comum (in)verdade para descrever os meus miúdos, constata que

 

alguns miúdos correm desalmadamente para a areia com a intenção de iniciarem uma brincadeira e após o normal reboliço assentam arraiais e por ali ficam, entretidos com as suas coisas....

 

os meus correm desalmadamente para a areia, remexem em tudo o que levam, colocam tudo de pernas para o ar, depois correm desalmadamente para a água, gritam, esperneiam, correm desalmadamente pela areia, passam como furacões por nós, não se conseguem concentrar numa brincadeira, inventam mil solicitações (águas, casa de banho, gelados, raquetes, águas, toalhas...) fogem a tudo o que seja sossego, evitam todas as ordens, desrespeitam todos os pedidos, mantêm-se em actividade mesmo quando comem, molham-se, sujam-se e aborrecem-se sucessivamente e durante todo o tempo de permanência no local...muito mais do que qualquer outro miúdo! {#emotions_dlg.sarcastic}

 

outros miúdos chegam a um parque infantil, olham para os escorregas e balouços, escolhem as suas brincadeiras e lá vão saltitantes para as suas actividades de crianças...

 

os meus, chegam a um parque infantil, lançam-se sem olhar para qualquer tipo de brincadeira, penduram-se, balouçam e escorregam em grande alarido e a alta velocidade. Fazem piruetas nas barras, sobem os escorregas pelo lado errado, exigem permantente vigilância, roubam todas as atenções, invetam mil solicitações, criam situações de perigo a cada instante (ou porque sobem mais alto, ou porque escorregam mais rápido, ou porque se penduram onde não devem...)

 

Os miúdos são todos iguais? bem como me dizem depois algumas pessoas que chegam à fala connosco {#emotions_dlg.lol} «alguns são mais iguais do que outros!»

 

 

 

 

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