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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

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A Hiperactividade vista à lupa

05.Nov.10

doces afazeres

 

e o que mais se tem passado por cá

 

os miúdos estão sempre a inventar e agora a moda passa por quererem enfeitar a casa tal como na escola enfeitaram as bancadas das feirinhas de outono...

 

Vai daí, depois de vir para casa, tive de andar a colher folhas e paus outonais, tarefa que já tinhamos iniciado no feriado de segunda feira, mas que depois das 18h30 tem outro encanto...menos luz, é certo, mas também vistos no escuro não há tanta birra para esolherem o melhor pauzinho, dado que todos se parecem!

Agora, orgulhosos das suas ideias decorativas andam entusiasmados a tentarem montar um centro de mesa que inclui várias folhas, paus, bolotas e ouriços...claro que com diferentes opiniões sobre o que devem colocar e onde e como, com a avó a dar em doida, cá para mim só terei centro de mesa outonal...em pleno inverno!

 

Para mais, tive que fazer um bolo para o Quico levar para a pré uma vez que também na escola dele fizeram as feirinhas, com a venda de produtos caseiros feitos pelos pais ou avós...Ora fazer um bolo, depois do jantar, com os miúdos sempre a quererem «ajudar», com o Quico sempre a lamber a colher da massa e o Rafa a «espatifar» os ovos, é tarefa doce mas que pôe qualquer um perto de um ataque de nervos!

 

Também tivemos um ataque de ansiedade do Rafa que anda com fichas de avaliação e como em qualquer alteração à rotina, tem dificuldade em dormir, fala pelos cotovelos, não pára quieto e está sempre a repetir as mesmas coisas.

 

E conseguimos lavar o aquário do peixinho, desta vez sem qualquer acidente (não contei mas esta já é a terceira casa do pobre peixe!) e montar uma parte da pista de carros que ofereceram ao Rafa nos seus 5 anos mas que ele (como aconteceu em outros brinquedos) pouco uso lhe deu, coisa que agora dá muito jeito para entreter o mais novo!

 

Tudo antes de os deitar o que me fez pensar em como gosto destes doces afazeres, principalmente quando vejo os meus dois rapazinhos deitados e sorridentes, satisfeitos por tanta actividade, finalmente adormecerem e deixarem-me também descansar!

 

e hoje é sexta feira - já???? socorro!!!! (se bem que me safo no sábado de manhã porque estou de serviço na clínica lol!)

 

 

 

 

 

03.Nov.10

como pode?

 

serei eu, pronto! na volta, eu é que estou a pensar errado....

 

nem deveria talvez comentar este assunto por cá...mas, cá vai, afinal, o blog também serve para isto...

 

Como pode haver gente (leia-se pais) capazes de fazerem duma festa de aniversário de uma criança, uma «montra» de vaidades? uma «prova» do que se tem, ou se julga ter, ou seja, do que se aparenta ser? sim, porque cada vez mais estou convencida de que actualmente as aparências são o mais importante e que os valores estão definitivamente em segundo plano! quem tem sucesso é quem aparenta ser uma pessoa de sucesso! mesmo que nunca o seja...

 

Ora, transportando isso para o assunto do título/tema, veja-se o exemplo das festinhas das crianças. Na minha infância, uma festa de aniversário era um motivo de grande alegria, os meus pais sempre tiveram o (feliz) hábito de celebrarem as datas de aniversário. Claro que o que mais importava era mesmo o convite à família mais próxima, o viver em conjunto de um dia de boa memória, com o cheirinho maravilhoso do bolinho caseiro e dos demais petiscos feitos em casa, com uma prendinha muitas vezes simbólica mas à qual davamos sempre um valor inestimável!

Sei que os tempos mudaram, as mães e pais de hoje labutam muito e tal, nem sempre com muito tempo em casa e além disso as famílias já não são o que eram...mas será que é necessário recorrer a «caterings» ou pagar uma exorbitância para festejar num local cheio de actividades (tantas que os miúdos convidados até se baralham) no meio de funcionários que os aniversariantes nem conhecem (nalguns sítios os pais nem podem acompanhar de perto a festa!) e sempre com horas contadas?  e atenção que tem de ser original e de preferência onde nunca tenha sido a festa de outro colega

Será que não podem esses pais, conseguir tirar um tempinho que seja, para fazer um bolinho simples mas de sabor intenso, feito com o amor que só os pais podem ter? um lanchinho é assim tão difícil de organizar? o espaço de casa não será suficiente e acolhedor? e os pais não terão ideias originais? (parabéns C. porque sabes do que falo!)

 

Opá e será que os miúdos que vivem dessa forma, vão mais tarde dar valor ao que realmente importa, saberão aproveitar as coisas mais simples e tirarão prazer da vida (que para muitos não será certamente um mar de rosas?)

 

E isto vem a propósito do convite que o Rafa recebeu para uma festa de uma coleguinha de escola a realizar no sábado - num centro comercial fora da nossa localidade, para onde os meninos vão jogar «bwolling». E claro que o convite deixou todos os miúdos de cabeça à roda...e claro que todos estão entusiasmados pois muitos nunca tiveram sequer essa oportunidade antes...e para muito é uma angústia! sim porque também existem na sala do Rafa, meninos que não têm possibilidade de «acompanhar» os outros...meninos de pais com menos posses que não têm dinheiro para fazer uma viagem até ao porto num sábado à tarde!

será que os pais da aniversariante sabem que na passada sexta feira uma mãe daquela sala me veio a casa já tarde da noite a pedir 5€ para comprar «brufene» para a miúda? e que outra mãe foi este mês pedir a uma instituição social, mercearia para conseguir dar de comer aos filhos? e que outros perderam a casa e tiveram de se mudar para um bairro social?

 

Será o exemplo da festa muito «forte» para passar aqui no blog? talvez, nem costumo ter este tipo de comentários...mas entristece-me cada vez mais, ouvir tanta gente falar de crise mas ver certas coisas. Porque achava muito mais sensato aproveitar este tempo de vacas «menos gordas» para mostrar aos miúdos que a vida não é fácil e muitos não têm o essencial!

Nós vamos pensar no assunto da festa - não digo que não o deixe ir, mas já lhe expliquei se alguns meninos da sala não puderem ir por falta de dinheiro, porque podem até ter vergonha de não conseguirem dar uma prendinha, isso é injusto e quem pode fazer dessas festas, deve ser o primeiro a certificar-se de que é festa para todos!

 

 

 

01.Nov.10

«bempiros»

 

aranhas, bruxas, abóboras e até esqueletos assustadores

 

o Quico adorou a noite de halloween, onde os «bempiros» foram reis, apesar de em vez de sangue beberem litradas de ice-t

 

Foi uma tarde super agitada, tal como seria de esperar, depois de os dois andarem em «pulgas» para festejarem a noite das bruxas...o máximo que conseguimos foi aguentá-los até à tarde, dado que nem a chuva nos deixava sair, nem a programação televisiva entusiasmava o suficiente. Por isso e depois de umas velinhas acesas, bolinhos na mesa, gomas com fartura e claro uns petiscos do agrado dos mais graúdos enfeitarem também o espaço de comer, lá os deixei fazer a festa!

 

bem, na verdade já a «festa» tinha começado há muito. Tanto o Rafa como o mais novo, andaram toda a manhã às turras com todos e pegaram-se tanto e com tanta fúria que por várias vezes tive de intervir de modo mais firme. Não se consegue ter uma casa direita quando se tem um miúdo hiperactivo, para além de mexerem em tudo, conseguem arrastar com eles todos os utensílios, movéis e roupas que apanham pela frente. A minha casa mais parece um campo de batalha, especialmente quando se passa nela um fds com prolongamento....

 

uma das fases mais complicadas do Rafa foi por volta dos 2 anos e meio até aos 5. Ora o Quico está precisamente no ponto fulcral dessa faixa etária e o que me deixa apreensiva é que noto nele muitas das características do irmão...embora reconheça que existem coisas que distinguem um miúdo agitado de um realmente hiperactivo e de haverem claro, diferenças resultantes da personalidade de cada um, o meu filhote mais novo está tão parecido com o Rafa no provocar o máximo de caos no mínimo de tempo que quem sofreu os maiores sustos ontem, fomos mesmo nós adultos. Já nem falo por mim, sempre em estado de alerta habituei-me a viver em permanente vigilância, no entanto para os meus pais, cuja idade requeria já outro tempo e mais sossego, estes netos deixam-nos de rastos....

 

barulho também houve e muito e em alguns momentos parecia estar a desenrolar-se algum concerto de mortos vivos ou uma concentração de lobisomens, tal eram os «uivos» dos miúdos nas brincadeiras mais assustadoras que conseguiram inventar. As corridas pela casa eram as preferidas mas também os saltos no sofá, as acrobacias em cima das camas e os encontrões aos avós fizeram da tarde e início da noite, um autêntico festival de maluqueira!

 

O feriado vai ser passado com menos gente à volta, os meus pais e avó vão à terra para o dia dos «Fiéis» e preparo-mo para ultrapassar este dia com algumas quezílias, algumas doideiras e muito brinquedo espalhado...enfim, o tradicional cá por casa!

 

 

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