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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

31.Jan.11

El Rei D. Sebastião

 

 

Visto por eles....

 

O Rafa tem dado a História de Portugal na escola e no sábado esteve a mostrar ao Quico um vídeo na net sobre D. Sebastião, rei que o Rafa disse ter sido muito diferente dos outros porque....desapareceu no nevoeiro

 

 

D. Sebastião, rei de Portugal

 

 

 

 

Rafa «Vês Quico? Ele desapareceu no nevoeiro!!»

 

Quico «E agora mano? onde está agora?»

 

Rafa «Não está em lado nenhum, nunca mais apareceu...»

 

Quico «então é um fantasma mano?»

 

Rafa «humm, pode ser...é um fantasma cavaleiro...se calhar nem tem cabeça...é um fantasma sem cabeça!»

 

Quico «uau...quero ver...vamos brincar ao sanbastião mano, sim? eu sou o sanbastião....»

 

depois disso só me lembro de os ver a correr um atrás do outro com as suas mocas e arcos da feira medieval gritando «sem cabeça, lá vai o fantasma sem cabeça»

 

 

 

28.Jan.11

tal a montanha...

 

de acontecimentos desta semana, que nem deu tempo para os registar por escrito...

 

{#emotions_dlg.blushed} acabei por deixar o blog meio ao abandono! tenho por isso que começar este post agradecendo de {#emotions_dlg.heart} a todas as seguidoras que aqui deixaram os parabéns ao meu rapazinho mais velho, com tanto carinho e que me deixaram de lágrimas nos olhos, eu, que sou muito mais emoção do que razão neste tipo de coisas...

 

e agora em jeito de apanhado/resumo, posso dizer que foi um aniversário em estilo «nosso»! tão cheio de aventuras como seria de esperar!

 

manhã cedo o Rafa que passou a noite saltitando de cama em cama, estava tão nervoso que mais parecia um noivo em dia de casamento do que um aniversariante de 10 anos. Com os nervos vieram os vómitos e o calor excessivo que o põe em ponto de ebulição. Conseguir levá-lo à escola foi uma tortura pois ele queria «eliminar» a parte da manhã, dado que o bolo só seria levado no fim de almoço. Bolo que encomendei de propósito e que estava de acordo com os gostos do aniversariante. Ora como o Rafa vinha almoçar a casa e o meu pai o levaria depois à escola, ficou combinado que nessa altura levariam então o bolinho para ser comido ao lanche da tarde...Foi com espanto que na hora em que vim a casa (já depois deles saírem) reparei num bolo «esfrangalhado» em cima da mesa da cozinha, o qual ainda ostentava o respectivo tabuleiro e algumas das velas decorativas....muito a custo lá reconheci o bolo de aniversário...{#emotions_dlg.confused}

 

confesso que pensei o pior! pois se o Rafa tem feito coisas «mirabolantes» quando fica agitado....pensei coisas como «pronto, não gostou do bolo, entrou em confronto com o avó, o bolo foi parar ao chão»...pergunto à bisa «então o bolo está aqui? o que aconteceu?» resposta ainda mais preocupante «bem, o teu pai entrou....e depois o teu pai saiu...e...» de registar que isto foi dito em tom de choro e voz trémula, muito gaguejar pelo meio e que a mim me suou totalmente incoerente...{#emotions_dlg.barf}

 

Ora cada vez mais confusa e não conseguindo arrancar mais nada da bisa que só dizia não saber o que se passara pelo meio do entrar e sair, liguei para o tlm do meu pai. Mais preocupante ainda, estava desligado. A gaguejar a bisa lá ia dizendo que o Rafa nada comera ao almoço, que se deitara no sofá queixando-se de dores de barriga e que apesar do avô insistir nem comera a sopa, nem fruta, nada....Ora eu, cada vez mais frenética só me lembrava de ligar para a escola. Só que ainda não devia ser hora de terem todas as funcionárias porque ninguém me atendia o telefone. Quando já estava a desesperar, o meu pai volta a casa - afinal o bolo caíra sim mas na entrada da escola, isto porque de tão nervoso, o meu filho não quis almoçar e quis ir mais cedo, com as pressas, ao chegarem à escola, o avô queria segurar na porta para depois pegar no tabuleiro mas o Rafa não lhe deu tempo de chegar e precipitou-se carro fora com o tabuleiro do bolo pousado nas pernas...e pronto, catrapum, estava feito o «serviço». Mas o meu pai, sempre super, já tinha feito nova encomenda que estaria pronta a tempo do lanche e que acabou por ser uma escolha apreciada por todos, isto a avaliar pelas reacções dos amiguinhos com quem falei mais tarde.

 

Fim do dia e novas aventuras em casa, com as normais e esperadas «maluqueiras» de dois miúdos histéricos. Muito barulho, muita confusão, muita ansiedade, o Rafa sempre a aguardar o momento do abrir mais uma prenda! lá tentamos seguir o ritual mas por cá os rituais têm ritmo próprio e cantar parabéns pode ser enquanto se come uns frios e abrem-se as prendas antes mesmo do partir do bolo....

Estávamos no auge da festa quando o principal protagonista dá um grito e corre para a casa de banho, não tardando em chamar por mim, com muita impaciência, choro e irritação misturados...então não é que no dia exacto em que festeja uma década de vida, lhe sai um dente? {#emotions_dlg.bunny}

 

Bem, o que ele berrou, esperneou e quase nos fazia crer que se ia afogar em sangue. O Rafa fica totalmente descontrolado...o Quico só lhe dizia para ele não se esquecer de pôr o dente debaixo da almofada...mas também não ajudava muito, sempre a dizer «cá nojo mano, nhecc...»

Serenar os ânimos não foi fácil e tive de me conter para não desatar a gritar (coisa que normalmente resulta em cada vez mais gritaria). Mas aos poucos retomamos os festejos e acabamos a noite a falar com o papá pela net, algo que o Rafa adorou!

 

Enfim, na escola o Rafa está castigado três semana por não ter respeitado as regras do recreio e ter andado a fazer o tal «parkour». Assim por três longas semanas não pode usufruir dos seus dias de jogar à bola, coisa que obviamente tem proporcionado momentos de recusa em ir...não encontrando mais nenhum motivo de interesse...

O Quico tem alternado dias em que faz birras tremendas, com dias em que faz apenas birras...

As noites tem sido cansativas por demais porque a medicação do Rafa já não está de todo ajustada, uma vez que ele acorda diversas vezes, o que o faz andar de cama em cama (vem ter à minha, eu levo-o à dele, volta à minha e andamos assim noite fora...) Temos dormido umas duas a três horas por noite...estou a tentar marcar consulta urgente

Eu tenho andado a mil, com projectos maravilhosos e que em breve desvendarei!

 

Assim se passou esta semana - mais uma que nos pôs à prova, mais uma em que medimos forças, mais uma em que nos sentimos no limite. Assim entramos para mais um fim de semana, mais um sem o pai, mais um em que vou trabalhar sábado de manhã, mais um em que palpites de como entreter os miúdos são esperados e aceitam-se!!!

 

 

23.Jan.11

amar-te assim....

 

 

....perdidamente!

 

reforçando cada vez mais os elos dessa corrente invisível que nos une há já 10 anos. Dez anos que parecem não ter passado, tão nítida está na minha memória a imagem daquele primeiro colo, do primeiro beijo, do primeiro cheiro!

 

Mãe de primeira «viagem», pouco sabedora das lições de vida que um filho nos pode dar, as ilusões nasceram contigo naquele dia 24 de Janeiro, chuvoso e frio do ano de 2001. Momentos de dolorosa recordação por ser longo e difícil o parto, por ser um misto de incertezas e angústias que demoraram a desvanecer. Por noites mal dormidas desde logo, por nada ser como «devia», ideias caídas por terra logo que surgiram as primeiras dúvidas «ele chora tanto, o que faço agora?»

Tu não sabias, claro, mas aquele teu choro, o teu gesticular constante, as tuas poucas horas de sono, faziam a mãe parecer uma morta-viva! meses de aflição em que às perguntas que iam ficando sem resposta, se somavam recriminações cada vez maiores de «porque não consigo ser uma boa mãe?». Tensão que se acentuava em cada «fase» tua, sem que nada fosse desvendado, sem haver verdadeiramente uma lógica que atenuasse a minha perturbação.

 

Muita coisa mudou desde então, muita coisa passamos juntos...muitas desculpas tenho de te pedir...Horas de loucura talvez mal interpretadas que não vou conseguir apagar. Como quando te fechei duas horas no quarto e te ouvi gritar sem parar, pensando que poderia ser para teu bem...ou como quando te deixei na berma da estrada, arrancando em seguida com o carro, alheia a tudo, não conseguindo aguentar por mais tempo o teu gritar...ou daquela outra vez em que te disse que te deixava pois não queria mais ser tua mãe, saindo porta fora e ignorando o teu choro de angústia encostado à porta.

Não tem sido fácil a nossa caminhada, não é? dez anos dá para aprender alguma coisa mas é pouco para te conhecer!

Quando me foi dito que existia uma razão para seres como és, que afinal «ser uma boa mãe» nada tem que ver com o teu comportamento, senti uma obrigação imediata de te aceitar como nunca tinha conseguido antes. Afinal, aceitar obriga a mudar muitos conceitos.

Nunca serás daquelas crianças que fazem as delícias das mães, asseado, capaz de sentar direito à mesa, comer de talher, falar com calma e respeitosamente, dizer obrigado e por favor....não consegues pensar antes de agir, fazes demasiadas «asneiras», cometes demasiados disparates....

Mas serás o que de mais genuíno existe, contigo não há  cinzento - tudo se resume ao branco ou preto - gostas muito, ou odeias, consegues esbater tudo o resto!

Não me importa que nunca venhas a ler o que aqui escrevo, sinto que o faço por mim, também por outros que o sentem como eu (o pai, os avós). Sei que te vou ralhar muitas e muitas vezes (ainda ontem me dizias que nunca te deixo fazer o que queres lol), que vou ter muitos recados da escola, que nos vamos chatear por milhentas coisas...Teremos os nossos habituais «braços-de-ferro», ficaremos muitas vezes a remoer as nossas aventuras. Que vais crescer....

Mas por mais anos que passem, nada poderá quebrar a corrente, será sempre como no primeiro momento, um amor incondicional em que nada me deves e eu nada te poderei ficar a dever....

 

Parabéns filhote!

 

 

 

 

 

 

 

 

dos teus pais, do mano, dos avós e da bisa recebe um grande beijo (e desta vez, não limpes a carinha, tá?)

 

 


 

21.Jan.11

ansiedades

 

 

 

quando se mistura o aproximar do dia de aniversário, com a possibilidade de o pai chegar, com a aventura de um concurso escolar, mais o entusiasmo inerente a um fim de semana....

 

 

difícil seria mantê-lo sossegado!!

 

temos tido noites sem dormir, perguntas constantes de «mas o pai vem? mas vou ter festa em casa? vou levar bolo para a escola? posso ter mais que uma prenda? portei-me bem? portei-me bem? portei-me bem?...»

 

ansiedade muuuuuuuita, aos potes e contagiante...

 

Bom fim de semana a todos

 

 

 

 

20.Jan.11

vestimentas

que os meus rapazes não entendem que «devem» mesmo vestir...

 

 

desde muito pequeno que o Rafa se mostra totalmente adverso a certos tecidos...e não falo de «birras» para não vestir isto ou aquilo (dessas todos os pais se queixam umas vezes por outras, pois como em tudo, também na roupa os miúdos gostam de testar...). o Rafa tem mesmo uma fobia a certos tipos de tecido, como flanelas, roupas de ganga ou tecidos de fazendas...Já em bebé o notamos e à medida que crescia e se sabia explicar, a sua resistência tornou-se absoluta. Podem pensar «ah e tal, esta agora até diz que o filho tem fobia das roupas, eu dizia-lhe a fobia...» - mas a verdade é que o contacto com determinadas roupas é-lhe tão penoso que se tornam evidentes para qualquer um - muito mais para mim....

Além disso, o simples contacto do corpo com roupa mais justa (como roupa interior - leia-se camisolas interiores, meias e cuecas) pode provocar-lhe ataques descontrolados de histerismo. E já vivi muitos para os saber identificar! Portanto, nada de roupas interiores....

 

Por isso, para o Rafa, as roupas têm de ser simples, de preferência em fibras naturais como algodão e largas o suficiente para não lhe provocarem a tal sensação de sufoco. Fatos de treino e sweat's de algodão são as preferidas. As meias não podem ter costuras e não podem ser muito justas ao pé...mas também não podem ficar com algumas dobras ou corremos o risco do calça e descalça se prolongar por umas duas horas....

 

Nem pensar também em usar blusões, kispos ou casacos de inverno....e um gorro ou luvas estão absolutamente fora de hipótese. Ou seja - no Inverno, o miúdo parece não ter noção do frio ou da chuva, dando a ideia de ter uma mãe totalmente desnaturada, que deixa o rapaz ir sem agasalhos (de notar que o Rafa, raramente se constipa...)

 

O Quico gosta de adornos - ok! ao contrário do irmão acha piada aos gorros, luvas e cachecois...adora andar de galochas e ter guarda chuvas. Tirando isso e dado que é muito mais fácil correr sem casacos grossos, o facto das recusas do mano serem constantes, servem de «desculpa» para as roupas leves que quer vestir nesta altura do ano. E depois há o grande e poderoso Hulk,certo? Logo o seu heroi preferido tinha de andar em cueca o tempo todo???

 

Ora posto isto, para uma mamã que adora roupinhas e tal, que gostava de os ver andar catitas e que até tem algum gosto nas combinações que faz, não é de desesperar? ou de se habituar - poisssss....

 

 

 

 

 

18.Jan.11

querem experimentar?

Reiki para Crianças

 

 

 

A palavra Reiki é japonesa e significa “Energia Vital do Universo”. A palavra vital também significa vida. Tal como o planeta Terra protege e alimenta as plantas e todos os seres vivos, os animais, o Universo protege e sustenta com amor, a vida de todos os Seres! Em japonês “REI” significa Energia Universal e “KI” significa Energia Vital. “KI” é a energia da vida, que o corpo de qualquer ser vivo produz e vêm de diversas fontes: a terra, o ar, a água, os alimentos, o sol… ou o Universo!

A nossa saúde depende do maior ou menor grau de harmonia e fluidez da energia “KI” no nosso corpo. O Reiki é amor incondicional do Universo! Simplesmente existe e está disponível para todos tal como o sol e pode curar-nos, como o amor e o carinho da nossa mãe. O Reiki pode ajudar a cicatrizar um arranhão, ou uma picada de insecto, pode tirar-nos uma dor de barriga, aliviar uma dor de cabeça, atenuar uma nódoa negra, ou diminuir o mal-estar de uma doença qualquer! Basta colocares as tuas mãos no corpo e deixar o Reiki fluir…A energia é conduzida para onde é mais necessária.

Para poderes fazer REIKI é necessário que um “Mestre” ou melhor, um Professor de Reiki, estabeleça a tua primeira ligação com esta energia de amor universal. A partir daí, tornas-te um canal de Reiki para sempre! É como se o professor de Reiki estivesse a ensinar-te a captares uma nova estação de rádio! No momento da tua iniciação, o teu corpo aprende qual é a frequência emissora e podes voltar a usá-la sempre que quiseres, quando quiseres e onde quiseres… Não é fantástico?

Tudo pode acontecer! E é tudo natural! Reiki é a arte de convidar a felicidade!

(tirado da net)

 

 

Nós cá em casa há muito que experimentamos. Comecei com o Rafa por volta dos 5 anos e agora estou a tentar introduzir alguns exercícios simples para o Quico. Claro que eles não ficam muito tempo, meia hora é uma «eternidade». Mas aos poucos, vão-se habituando e nem contam os minutos, tão entretidos ficam. São momentos a três (ou a quatro quando o pai está) que pretendo instaurar como rotina, pois independentemente da sua validade, o facto de o fazermos em conjunto e aproveitando a boa energia já compensa o suficiente.

Além disso, depois de um dia agitado, esta é uma excelente forma de descontrair. Eu uso também uma música com sons naturais (o barulho mar por exemplo), pouca luz e acendo incenso para criar uma atmosfera diferente.

Eis alguns dos exercícios que uso: respiração - como um balão. A criança deve inspirar lentamente o ar, fazendo com que entre nos seus pulmões de forma direta e com que a criança sinta os seus pulmões crescendo, tal e como os balões. Depois ela deve expulsar o ar lentamente, deixando que escape como no caso dos balões.

Outro que o Quico adora - alongamento/relaxamento - a tartaruga: A criança terá que imitar as tartarugas quando elas começam a se esconder na carapaça, encolhendo os braços, as pernas e a cabeça no chão, ficando com as costas em arco, tal como a carapaça da tartaruga. Depois a criança terá que começar a “sair da carapaça”, esticando suas pernas, seus braços e o pescoço.

 

Também uso a técnica da meditação na parte final: meditar traz ao consciente muitas das acções do dia! os miúdos gostam de usar a imaginação e por norma deixam-se conduzir pela imagens que eu vou incentivando a procurarem na mente.

 

O Rafa está também a ler comigo este livro que o pai nos ofereceu há já 3 anos (lemos apenas duas páginas por noite pois cada uma traz um ensinamento diferente) depois falamos um pouco sobre ele (quase sempre o faço depois do Quico estar já a dormir, quando o risperdal faz efeito e o Rafa fica bem mais calmo)

 

 

 

Reiki para Crianças

 

 

 

e pronto! quis partilhar isto convosco porque às vezes perguntam-me «como consegues?» a propósito da minha calma perante certas atitudes mais impulsivas do Rafa (e mesmo do Quico) e talvez tenha um pouco que ver com isto e com o modo como conduzo a minha vida...

 

 

17.Jan.11

olhos nos olhos

 

 

mão na mão e muitos avisos à «navegação»

 

(que é como quem diz - com rédea curta e muita cautela à mistura) lá arrisquei uma saída de casa para almoçar no shopping, aproveitar os saldos e desanuviar um pouco, pois quando o pai não vem a casa durante uns tempos, os fins de semana podem (mesmo com travessura ao dobro) ficar bem monótonos...

 

No sábado a tarde passou-se por entre amigos do Rafa e com alguns amuos do Quico que claro, tentou por várias vezes interferir nas brincadeiras dos mais crescidos...apesar de ser um pouco difícil manter as coisas controladas, acabei por ter algumas ideias que me valeram umas horas de relativa calma, já que optei por preparar um lanche diversificado, levando o mais novo comigo para a cozinha e depois apresentando as iguarias como se de um chef se tratasse de avental e tudo, papel que ele levou muito a sério! na ementa:

  • pão brioche com pepitas de chocolate
  • sanduíches quentes de salsicha de perú
  • bolo mármore de laranja e chocolate

 

Entretanto, no Domingo e como já estava decidida, resolvi sair de casa - apesar de viver perto de um centro comercial e de fazer compras em saldos ser sempre tentador, quase nunca o faço, dado que sair com os dois se revela, na maior parte das vezes, super cansativo....e cansada já ando eu! mas, enfim, também ficar em casa, com as rotinas de sempre, faz do domingo um dia vulgar e sabe bem variar ao fim de uma semana (no verão é bem mais fácil pois eles adoram andar fora de casa, extravasando a energia com bolas e biclas)

 

Ora para que as coisas corram o mais perto possível da «normalidade» há que fazer algumas preparações - entre as quais manter a medicação do Rafa e de resto acho que nem me saí mal...

 

assim - munida do plano A: nunca sair sem plano! e com o plano B por perto: nunca sair sozinha (neste caso com os avós por perto....) lá os preparei para o que os esperava

 

A experiência dos últimos tempos tem-me dito que se torna mais simples levá-los (em especial ao Rafa) se antes lhes disser o que os espera e o que podem fazer - por norma faço uma espécie de mapa com o percurso, dando-lhes a conhecer o local onde vamos e o que podem ou não fazer por lá!

por sinal na quinta feira durante a tal acção de treino parental que já mencionei, falamos precisamente da necessidade destas crianças saberem o que as espera, seja numa saída, seja numa qualquer tarefa. Portanto e tal como o abordado «modelo» antecedente - comportamento - consequência, desde logo, e olhos nos olhos lhes expliquei claramente onde íamos - Shopping, qual o comportamento esperado - podiam almoçar o que escolhemos em conjunto antes de sair de casa, comprar um jogo à escolha no valor de 5€ e levarem a psp para jogarem enquanto nós adultos acabavamos de comer. Além disso, só podiam circular, mão na minha mão! Se esse comportamento não fosse respeitado, de imediato viríamos embora, sendo que eu não olhava sequer para trás e seria a primeira a abandonar o local. Isto resulta porque sabem que quando assim falo é mesmo verdade.

 

E para que tudo fosse respeitado, avisei os meus pais que só deviam ir lá ter quando já estivesse mesmo na mesa com eles e não antes da escolha do jogo, pois sei que se tiverem mais alguém a quem pedir, surgem logo pedidos extra. Assim, respeitaram a minha decisão, comendo sem sobressaltos a massinha com legumes, a gelatina de sobremesa e mantendo-se entretidos com os tais jogos enquanto eu fazia talvez a minha primeira refeição sentada (com eles) desde há mais de um mês...

 

Não posso dizer que tudo foram «rosas» mas correu muito bem para o costume - até na parte mais chata, ou seja, quando depois da refeição ainda quis espreitar umas lojitas...não deu para muito mas consegui comprar mais um par de sapatilhas para o Rafa e uns fatos de treino para o Quico...

 

E embora o final de dia, já em casa, tenha sido bem mais turbulento, posso afiançar que este foi um domingo do mais calmo que me lembre!

 

 

14.Jan.11

se não os vences....

 

obriga-os a juntarem-se a ti...

 

Depois da cena dos vernizes, o Quico foi castigado, permanecendo sob castigo até final da semana - ora um dos castigos aplicados foi a proibição de comer chocolates (vício difícil de resistir, pois sai aqui à mãe...). Isso arrelia-o claro e sempre que pode tenta obter dos outros o que a mãe lhe nega peremptoriamente - já pediu à bisa, já pediu ao irmão e aos avós...ninguém se dispôs a ajudá-lo

 

logo, se ele não pode comer, os outros também não devem poder....portanto vai de incentivar a bisa e o mano

 

«então, andem, ponham beniz no chão, vá, pega no frasco mano...»

 

pelo menos assim o castigo não seria só dele, certo? {#emotions_dlg.lol}

 

e entramos em novo fds...com sábado livre e sem papá, com alguma vontade de dar uma volta ou «pegar um cineminha...» a ver vamos...seja de que maneira for, quem puder que descanse e aproveite!

 

 


12.Jan.11

deve ser defeito...

 

 

esta minha mania de não conseguir permanecer em estado de fúria por muito tempo.....mas sou assim

 

a lembrar que não há milagre que sempre dure, o dia de terça feira foi um tormento

 

 

Logo de manhã fiquei ciente de que teria de aplicar as minhas doses «industriais» de paciência para lidar com os dois ou teria uma brutal dor de cabeça e possivelmente um atraso considerável no emprego, caso permitisse que os nervos saíssem vencedores. Assim, tentei dominá-los (aos nervos, claro, porque aos putos não há quem...) e estabelecendo prioridades, lá ignorei as terríveis birras e queixas de ambos, mostrando-me irredutível quanto ao facto de terem de ir à escola.

O Rafa, embora gemendo e contorcendo-se com a habitual parafernália de dores que se apoderam dele naquela hora de sair de casa lá se deixou empurrar até ao carro, ao que o meu pai se encarregou de o levar. O que não correu tão bem foi a saída do Quico, como de repente me vi com os minutos esgotados a opção de o deixar em casa até o avô chegar de levar o irmão foi, como até previ, catastrófica....diz o meu pai que desatina por completo e que já não tem idade para aquele «braço de ferro» mental, acabando portanto por desistir, coisa que ao avô eu tenho de admitir - já ele faz mais do que pode e a mais não é obrigado!!!

 

Na minha hora de almoço fui a casa e deparei-me com as milhentas asneiras que entretanto tinham sido consumadas....Sei que o avô fez o melhor que conseguiu mas também sei que tenho um pequeno homem relâmpago em casa, capaz de fazer e desfazer qualquer coisa em menos de um minuto...pois que numa distracção, o Quico alcançou a minha maleta de pinturas e afins, onde os afins são sobretudo vernizes de unhas, digamos que tenho uma bela colecção pois gosto de mudar de cores e tons...

a intenção (soube-o mais tarde) era apenas ver os frasquinhos coloridos da mamã...e talvez pintar uma unha ou outra...pronto, vá curiosidade típica...o resultado, sem nenhum adulto por perto para impedir...foi:

 

verniz e mais verniz e mais verniz....muito verniz de várias cores, espalhado pelo chão de madeira do quarto ....disse-me o culpado que ainda tentou limpar (dai o esborratado em alguns sítios...) mas a tinta não saiu...

 

 

Agora digam-me - quem não teria um ataque de fúria? eu tive...e bati-lhe e gritei, puxei o meu próprio cabelo e nem almocei...de tão furiosa! ficou a chorar com a mão vermelha, muito compenetrado no raspanete que lhe dei....

 

e lá fui trabalhar com o coração mais apertado, ainda entre a fúria e algo que talvez fosse uma espécie de remorso...não por lhe ter batido...o remorso de não ter sido mais intransigente de manhã, delegando  no meu pai a tarefa de o levar à escola...Isso pelo menos teve o efeito de me mentalizar para aconteça o que acontecer....nunca mais o avô fica encarregue - tarefa minha, nem que me tenha de levantar ás 06h

 

Mas, ao longo da tarde a fúria acabou por se desvanecer...apagou-se lentamente...até extinguir por completo. Meto a chave na porta de casa, depois do trabalho e já nem penso no verniz...(talvez o consiga remover...) mas sim no que farei até às 23h. Posso escolher entre ficar de cara amarrada e de modos frios para continuar o tormento, ou seguir a estratégia de tirar o melhor proveito daquilo que tenho, dos filhos que tenho...

 

defeito meu, opto invariavelmente pela segunda

 

e depois das mil peripécias habituais para seguir a rotina diária com a possível normalidade, lá acabamos a noite com 40 minutos de pura risota, contagiados os quatro pelo entusiasmo do momento, divertindo-nos à brava com a Wii que veio no natal...

 

e garanto-vos que ver a bisa a jogar basquete virtual, ou a lançar de arco e flecha, ou a tentar manter-se em cima de uma prancha de surf, é não só uma surpresa, como nos tira qualquer possibilidade de permanecer em estado de fúria...

 

 

10.Jan.11

milagres de ano novo

 

ou aqueles pequenos nadas que fazem logo diferença!!!

 

 

o Quico levanta-se na sexta feira com uma daquelas «telhas» que me tiram do sério. Não queria que me aproximasse mas se eu me afastava, gritava ainda mais...não queria o leite mas se lho tirava da frente, berrava a plenos pulmões, não se deixava vestir mas se eu virasse costas, esperneava e contorcia-se todo...e por aí fora, ao ponto de o agarrar por um braço e o vestir de pernas para o ar, segurado pelo meu pai que entretanto chegara. Ora quando depois de uma alucinante «viagem» de elevador em que o tive de prender para o impedir de pontapear e dar murros nos botões, chegamos à porta do carro, eu já magicava várias estratégias para aguentar com a birra até à escola...e de repente: milagre! ele abriu sozinho a porta, sentou-se na sua cadeira, não resistiu ao cinto, atirou-me um beijinho, já sem ponta de birra ou amuo e lá foi «sogadito» e contente, como qualquer menino atinado {#emotions_dlg.angel}

 

 

O Rafa tem repentismos únicos que nos sobressaltam e nos tiram a respiração, como quando sem aviso prévio desatou a berrar e a atirar com tudo para o chão porque viu o irmão com um chocolate que achou que lhe pertencia....ninguém se tinha apercebido do drama e muito menos o Quico que nem sequer se preparava para comer o dito chocolate, antes o tentava guardar na mochila para levar para casa dos avós...ora quando o Rafa se sente «atingido» não há nada que o faça demover de destruir o que quer que seja...nem os nossos argumentos, nem a nossa força persuasiva....nada! e quando eu já me metia entre o irmão e ele para impedir uma das suas investidas, ele pára, vai com a mão ao bolso, tira um papel e grita triunfante «é verdade, tens de comprar umas rifas da escola mãe, é para a viagem de finalistas!» e o entusiasmo a que isso levou foi desconcertante mas um autêntico milagre{#emotions_dlg.sarcastic}


 

e se no sábado em que tenho finalmente planeado fazer uma limpezita mais a fundo, aproveitando o facto de não ir trabalhar, até porque se impunha o desmancho das decorações natalícias, uma mãe de um amiguinho da escola do mais velho, manda um sms a dizer que se o Rafa pudesse ir passar a tarde lá em casa, teria todo o gosto, contribuindo dessa forma para um bom par de horas de maior sossego, logo mais disponibilidade para a tal limpeza, então o que chamar a isso senão um verdadeiro milagre?! {#emotions_dlg.lol}


 

e no domingo? quem não se atreve a dizer que ter um belo dia sem chuva (pelo menos por cá) depois dos últimos que mais pareciam diluvianos, não foi um autêntico milagre?!  {#emotions_dlg.sol} nós aproveitamos para dar uma caminhadas, uns chutos na bola e posso dizer que nos soube muito bem....mesmo tendo em conta que só por milagre sobrevivi a este dia agitado, sempre a «speedar» por causa deles, com montes de tarefas domésticas e muita firmeza de ordens para a casa não «vir a baixo»!

 

 


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