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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

09.Mar.11

do Carnaval e da Mulher

 

 

há dias assim...em que de uma assentada só, se festejam duas datas...

 

talvez por isso e por nada terem que ver uma com a outra, os miúdos andaram um tanto ou quanto baralhados{#emotions_dlg.confused}

 

fatos de carnaval, encostados a um canto - por cá nem samba nem serpentina...apenas uma luta caseira em que as fitinhas ora iam parando no chão, ora eram dispostas em cima da cabeça da bisa

 

 

por ser dia da Mulher, o Pai que entretanto estava a ser lietralmente sufocado pelos dois pestinhas, quis oferecer um miminho à mulher da casa e lembrou-se de uma coisa que realmente gosto - um fio da Natura e uma pulseirita a condizer {#emotions_dlg.inlove}

 

os filhotes, acharam bem que a Mulher fosse tema de conversa - dizem que a Mulher é boa porque é a Mamã e que sem mulheres o mundo não exista (essa foi do Rafa) porque se não houverem bebés o mundo não cresce - se bem que, chegou ele à conclusão, também existem os bebés feitos na máquina {#emotions_dlg.sarcastic}

 

ainda deu para levar as crianças ao cinema ver o peludo Zé Colmeia em 3D, primeira experiência com óculos do Quico e primeira vez que ficou até final de um filme...o pior foi o antes da entrada na sala, com eles a fazerem tanta diabrura que acabaram por atraír a atenção dos seguranças

 

 

 

07.Mar.11

quente, morno e frio...

 

 

assim foi o nosso fim de semana que antecede o Carnaval

 

tal como tinha imaginado, o rescaldo da festa da escola aqueceu o espírito carnavalesco cá por casa - os dois foliões trouxeram o ritmo, a animação e um sabor a música pra «rebolar» como diz o Quico! como sempre que fica entusiasmado, o Rafa quis reviver os momentos mais divertidos da tarde o que provocou um despique entre os dois para nos mostrarem o que tinham feito na escola. Ora com algum sotaque brasileiro, ora com corridas, ora com balões no ar, a festa prolongou-se e o ambiente de sexta à noite acabou quente, com os dois a pegarem-se após as usuais brincadeiras que sempre terminam em confusão...

 

entretanto e apesar de não ter trabalhado no sabado, o Quico foi dormir a casa dos avós e por isso, depois de tomar a medicação, o Rafa acabou por se acalmar e até tivemos um serão bem relaxado, nós dois. 

 

embora estejamos bem perto de um dos Carnavais mais famosos do Norte (e do resto do país) - o de Ovar, aqui tudo é bem morno no que diz respeito a festejos. O sábado passou por entre a expectativa de saber quando chegava o papá e o tempo de disputa dos dois pelo pc, psp, wii, bolas e por mim....claro! e morno continuou, com os miúdos a deixarem de lado as máscaras e fatiotas, bem como alguns apetrechos aos quais acham piada apenas na hora de comprar...

 

não chegamos a ter uma visão do Entrudo e acho que nos esqueceríamos da época não fosse o fato de o Rafa relembrar a cada instante que estava de férias de carnaval e que o pai estava para chegar...

 

até que recebemos um frio balde de água - afinal o pai não vinha passar o domingo, já que a carga aprazada tem de ser descarregada por ele, portanto só na segunda feira ao fim do dia estará por casa - ou seja, resta aguardar que consiga passar connosco a terça feira e talvez um pouco da quarta

 

a desilusão dos miúdos foi imediata, o Rafa então teve logo uma daquelas reacções hiper sensíveis e difíceis de lidar. Mas apesar do frio, tanto no coração como no estado do tempo, acabamos por ter um domingo «vigoroso» feito de caminhadas ao ar livre para apanhar paus e pedras e construir uma gruta para os novos Gormiti, muitos passes de bola aos quais o avô deu uma ajuda, até que a chuva repentina nos fez entrar em casa e nos brindou alguns minutos mais tarde, com um belo arco íris - como que a lembrar que não há frio que sempre dure!

 

 

Tenham um bom Carnaval {#emotions_dlg.rainbow}

 

 

 

 

03.Mar.11

DA ESCOLA

 

 

vieram recados...

 

uns menos bons

 

o Quico passou de castigo a tarde de quarta feira...parece que não se portou lá muito bem....a julgar pela forma como vinha no final do dia, acho que não lhe serviu como «emenda»...terei de falar com a educadora, dado que recados destes são habituais...

 

outros mais alegres

 

 

na sexta vão ter, tanto um como outro, festa nas respectivas escolas. Uma antecipação do carnaval, para que possam usufruir das suas máscaras e brincar com os colegas

 

do Rafa foi pedido que levasse um bolo (terei de o fazer à noite)

 

do Quico, um lanche mais reforçado com salgadinhos, paezinhos e o que mais apetecer levar!

 

 

e pronto, depois disto sobra para mim, uma quinta feira atarefada, com preparativos extra, compritas e uma reunião de pais (a formação parental) para encaixar por entre o horário laboral...

 

 

 

 

02.Mar.11

entre vizinhos

 

 

nem sempre a convivência é fácil! e nem sempre a política da boa vizinhança é cumprida na perfeição....

 

 

é ponto assente que viver num prédio obriga a certas «regras» de sociedade para que haja um ponto de equilibrio entre a independência de cada morador e a natural vida comum de quem partilha a mesma entrada.

Viver num prédio com crianças hiperativas não pode ser «camuflado». Nunca omiti ou deliberadamente escondi de qualquer pessoa a hiperatividade do Rafa. E quando mudamos de apartamento uma das condições que me exigi a mim própria foi a de colocar desde logo os vizinhos mais proximos a par da situação. Não quer isso dizer que tenha dado longas explicações ou feito uma apresentação formal - apenas me limitei, numa reunião de condomínio a informar os presentes de que a minha vida familiar é tocada por uma patologia que afeta o meu filho mais velho e que isso implica ter alguns períodos menos bons que condicionam certas regras de «boa vizinhança».

Se o meu filho tem um acesso de típica impulsividade e dominado pela eletrizante energia que o caracteriza, dispara a correr pela escadaria, saltando degraus e batendo com os pés na parede, eu não quero ser «acusada» de má educadora...Também não quero que se ponham a fazer cara feia se o vêem chegar da escola aos saltos e a falar tão alto que se consegue ouvir desde a entrada até ao sexto andar! 

Na dita reunião todos se mostraram equilibrados e compreensivos, garantindo que entendiam a situação...mas claro, alguns «entendem» mais do que outros...

E já vivi de tudo entre vizinhos - desde meterem papelinhos «anónimos» com recadinhos (que terminaram depois do «anónimo» ter sido confrontado comigo frontalmente) a tecerem comentários de que eu era demasido permissiva e por isso os miúdos se portavam assim, até conselhos de palmadas e castigos e muitas histórias de alguém que «era igualzinho» ao Rafa e que depois de uma certa idade, mudou para uma criança super «bem comportada»!

 

Quase sempre limito-me a ouvir e não ficar a pensar muito no que dizem, desde que respeitem o meu espaço e não se intrometam em demasia. E embora por vezes se note as grandes «diferenças» de comportamento do Rafa em relação a outras crianças, consigo minimizar estragos eventuais com uma dose de bom senso, muita prudência e regras definidas - afinal cá em casa a rotina é bem mais rigorosa do que na casa dos vizinhos, isso posso garantir!

 

e isto vem a propósito do quê? pois...

 

isto é porque de vez em quando há coisas que só mesmo a nós podem acontecer...Como por exemplo, ter a «pontaria» certeira de conseguir fazer papel de «parva» sempre com determinado vizinho...{#emotions_dlg.clown}

 

Imaginem um professor solteirão na casa dos entas...muito senhor de si, com certos tiques efeminados e sem qualquer pachorra para miúdos (ossos do ofício provavelmente!) e os meus dois putos, dentro do mesmo elevador. Imaginem um Rafa afoito com mochila às costas a querer mostrar os cadernos todos naquele instante para me mostrar um recado da escola que anotara num deles. Imaginem um Quico a pendurar-se na barra de apoio que tem dentro do elevador...imaginem eu toda coradinha {#emotions_dlg.blushed} a fingir que não se passa nada...nunca o terceiro andar me pareceu tão alto....o tal vizinho encolhia-se todo e eu só via a mochila do Rafa a bater-lhe em todo o lado, especialmente no peito e cara...

 

Imaginem uns dias depois apanhar com o mesmo vizinho...e enquanto o Rafa se senta no elevador e tenta desapertar-lhe (sim, ao homem) os atacadores dos sapatos, o Quico gritava algo como «hei tu senhor, queres ver o meu rabinho? não? não...». {#emotions_dlg.barf} Eu não sabia se devia travar o elevador de modo a sair antes ou se fingia um total alheamento...optei por tentar tapar a boca do Quico enquanto puxava pelo Rafa...lindo!

 

e o último encontro nosso com este vizinho?! calhou o homem estar a entrar no prédio, quando nós estavamos a chegar no carro. Mal parei, o Quico saiu disparado e quando se apercebeu de que a porta da entrada estava prestes a ser fechada gritou um estridente NÃO ao mesmo tempo que se lançava em estilo ninja para cima do homem...{#emotions_dlg.ninja}  pensei que desta é que o vizinho se «passava» e até receei pelo Quico mas nem tive tempo para me aproximar antes de novo incidente...é que entretanto muito mais rápido do que eu, já o Rafa se precipitava também para a entrada, segurando euforicamente  a sua mascara de carnaval, quase o deitando ao chão na sua passagem...se vissem a cara de horror com que nos olhava...acreditem que nem o meu mais doce sorriso terá para aquele homem qualquer significado - somos os abomináveis vizinhos dele...{#emotions_dlg.tongue}

 

 

 

 

01.Mar.11

regra dos 3 simples

 

 

todos os dias vamos ter regras dos 3 simples (eu, Quico e Rafa) cá em casa

 

as regras vão ser aplicadas por mim que sou simplesmente mãe e eles devem cumpri-las porque simplesmente não podem ignorá-las. A primeira regra é que não se pode colocar uma toalha de rosto (ou qualquer outra) dentro da sanita...

 

segunda regra implica um conjunto delas e tem a ver com o facto de os nossos pertences de higiene (escovas de dentes, pentes, rimel, desodorantes e afins) não serem bons para lavar azulejos, vidros ou ecrãs de televisão, ou seja, a regra básica da limpeza deve ser cumprida com os produtos adequados

 

terceira regra - quem ressonar mais alto do que uma locomotiva tem de oferecer aos outros um par de tampões ou um bilhete no sud express

 

simples não? {#emotions_dlg.ninja}

 

caso as regras não sejam adotadas por todos, aplica-se a única possivel...a regra da sobrevivência!

 

 


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