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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

27.Ago.11

estamos a chegar

 

a um período tipo

 

«não são férias mas qualquer coisa assim a meio termo...» porquê? porque o Pai chegou para duas semanas em casa....

 

a mãe tem de continuar a trabalhar....

 

os miúdos andam frenéticos como sempre....

 

 

o tempo está incerto como incertos são os planos de que iremos fazer nestes dias.....{#emotions_dlg.sarcastic}

 

 

e pronto, vamos ver como corre!

 

 

 

23.Ago.11

certas coisas

 

 

que reflectem a PHDA (em conjunto com as outras patologias que lhe estão associadas) do Rafa

 

 

é imaturo, imaturo, imaturo - um bebé grande, não tem maturidade emocional de 10 anos, apesar de ter um nível cognitivo até acima da média em algumas áreas

 

  • com o irmão muitas vezes faz birras infantis, tão «parvas» que nos deixam de boca aberta, por exemplo empurra o irmão só para que ele não ganhe uma corrida a dois, pontapeia quando jogam a bola, chama-o de deficiente por ele não responder certo a perguntas de matemática
  • chora copiosamente porque o irmão lhe atira um brinquedo ao qual ele não ligava «peva» mas que de repente passou a ser o preferido
  • não consegue «deixar» o irmão mais novo ganhar seja o que for
mexe-se tanto, mas tanto, em situações inapropriadas que mais parece ter uma corrente eletrica a passar-lhe pelo corpo
  • as mãos, pés e pernas, estão sempre em movimento
  • não consegue ficar simplesmente sentado (nem quando joga consola ou vê TV)
  • quando vai para a cama é uma aflição vê-lo a tentar permanecer quieto (dá tantas voltas, assobia entre dentes, bate com a cabeça na cama, esperneia, faz estalar cada dedo, estica os braços, encolhe os braços e coça-se, muiiiiiiiiiiito, volta a virar-se, dá com os pés, enfim, tudo o que possam imaginar que alguém que esteja a ver acaba por ficar agoniado)
fala pelos cotovelos, fala mesmo quando dorme (sobre qualquer assunto, tem sempre muito que dizer e mesmo que não tenha pode falar sobre qualquer coisa que lhe venha à cabeça)
  • interrompe-nos a cada 5 segundos
  • chama constantemente por mim (ou por quem esteja com ele)
  • fala quando joga consola
  • fala quando está a ver o discovery ou outro canal de eleição
  • fala quando vai para a casa de banho
  • fala quando está a tentar adormecer
  • fala quando dorme
não entende muito bem segundas «intenções», ler nas entrelinhas, compreender significados de sinais usados na linguagem não verbal, projectar o «depois»
  • se lhe piscamos um olho quando ele está prestes a revelar um segredo, nunca percebe que é para se calar
  • se lhe dizemos «agora está o céu encoberto mas depois vai ficar sol» ele nem pondera que poderá ficar um bom dia porque tudo o que apreende é que no «agora» o céu está encoberto
  • para ele um provérbio tem de ter um significado literal - não entende por exemplo algo como «o gato comeu-te a língua»
tem certos objectos dos quais não «desgruda» e rituais que nunca muda
  • qualquer objecto novo dorme com ele por tempo que pode variar de uma noite a várias semanas (dependendo do grau de predilecção) alguns são mesmo muito «queridos» e fazem parte do rol dos repetentes - caso de apara lápis, escovas de dentes, lápis ou um canivete suiço oferecido pelo avô; outros servem apenas enquanto são novidade absoluta - como os bayblades, um jogo novo da consola ou qualquer outro brinquedo
  • fronhas de almofadas nunca devem ser trocadas - continua a querer dormir sempre com a mesma (que tem desde os 4 anos) claro que super usada, sempre mudada de dia para que seja lavada e posta a secar o mais rápido possível (mesmo assim quando calha falhar uma noite já é um drama)
  • come cereais sempre que está para se deitar (quer tenha comido um jantar de três pratos, quer tenha jantado há horas)
  • tem de beber água sempre que já está na cama
  • tem de fechar as portas dos armários antes de dormir
e muitas outras coisas que aos poucos fui «descobrindo» fazerem parte da sua vida e características....
Com um miúdo assim, ninguém consegue ter um minuto de descanso, acreditem!
19.Ago.11

o entusiasmo

 

do Quico por conseguir dar as suas primeiras pedaladas sem a ajuda das rodinhas de apoio na sua bicla!

 

 

mesmo estando eu tão cansada que mais pareço uma zoombie, vê-lo cada vez mais confiante e alegre por se desenrascar sozinho, compensa o esforço que tive de fazer para estar com ele no final do dia de trabalho, treinando afincadamente, no jardim frente a casa.

 

O Rafa, após ter feito uma tarde «negra» aos meus pais (que até foram embora mais cedo do que o habitual dado o estado de nervos à hora em que cheguei do trabalho) mudou o seu humor de um momento para o outro - tal como acontece muitas vezes - e transformou-se num apoiante incansavel! até ajudou o irmão a evitar algumas quedas e manteve o ânimo sempre em cima!!!

 

Por este andar o meu rapazinho mais novo vai dar uma bela surpresa ao papá, quando este chegar no final do mês!

 

...nota mental: porque é que este mês parece durar tanto? 

 

 

17.Ago.11

PHDA E AUTISMO

 

 

Gene que provoca défict de atenção é ligado ao autismo

Novos genes identificados provocam outras alterações neuropsiquiátricas

Genética: o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade pode estar relacionado com outras doenças neuropsiquiátricas

Genética: o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade pode estar relacionado com outras doenças neuropsiquiátricas (Polka Dot/Thinkstock)

Pesquisadores canadenses identificaram novos genes relacionados ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Desenvolvido em parceria pelo  Hospital for Sick Children (SickKids) e Universidade de Toronto, o estudo indica ainda que esses genes têm ligação, também, com o autismo. A pesquisa foi publicada na edição on-line do periódico Science Translational Medicine.

Segundo o levantamento, os genes do TDAH estariam relacionados ainda a outras condições neuropsiquiátricas, como as desordens do espectro autista (DEA) – entre elas, o autismo e a síndrome de Asperger. Durante a pesquisa foram usados microarrays, ou chips de DNA, uma técnica experimental da biologia molecular que se caracteriza por lâminas de vidro nas quais segmentos de fita-única são fixados e imobilizados de forma ordenada e em áreas específicas. Na lâmina, cada célula de sonda contém milhões de cópias de um determinado transcrito, ou um segmento gênico em particular, que pode posteriormente ser identificado.

Os cientistas procuraram, então, por variantes no número de cópias (CNVs), que são inserções ou exclusões que afetam os genes, no DNA de 248 pacientes que não foram relacionados ao TDAH. Em três das 173 crianças das quais o DNA de ambos os pais estava disponível, eles encontraram CNVs espontâneos, que ocorrem quando os pais não são afetados - as mutações são novas apenas para a criança. CNVs raros que foram herdados de pais afetados foram encontrados em 19 dos 248 pacientes.

Dentro do grupo de CNVs herdadas, os pesquisadores descobriram alguns dos genes que haviam sido previamente identificados com outras condições neuropsiquiátricas, incluindo DEA. Para explorar essa sobreposição, testaram um grupo diferente para CNVs. Eles descobriram, então, que nove das 349 crianças no estudo que haviam sido diagnosticadas previamente com DEA, carregavam CNVs relacionados com o TDAH e outras desordens.

Conclusões – A descoberta dos pesquisadores sugere que alguns CNVs que desempenham um papel causal no TDAH, também demonstram genes de suscetibilidade comum no TDAH, no DEA e em outras desordens neuropsiquiátricas. “Como DEA, casos de TDAH são em grande parte únicos”, diz Russell Schacar, um dos coordenadores do estudo. “Pessoas carregando o mesmo CNVs podem ter sintomas diferentes, já que o risco não é sempre o mesmo”, diz.

De acordo com o estudo, a maioria dos indivíduos com TDAH também têm ao menos uma outra condição, como ansiedade, problemas de humor, desordens de conduta ou linguagem. Mais de 75% das pessoas com DEA também têm TDAH. “Muitos desses problemas associados provavelmente surgem do fato de que eles estão compartilhando o risco genético para diferentes condições”, diz Schachar.

De acordo com Stephen Scherer, coautor do estudo, os pesquisadores, em geral, não tendem a olhar através dos distúrbios com muita frequência, vendo neles diferentes sinais. “Esse método, talvez, seja uma das descobertas mais excitantes na genética neuropsiquiátrica e pode começar realmente a redefinir como pensamos sobre essas condições neuropsiquiátricas”, diz.

Para Schachar, esses são provavelmente os fatores genéticos que aumentam o risco para vários tipos de distúrbios neuropsiquiátricos. “É um enorme desafio para nós descobrir o que leva a um caso de TDAH e o que leva a um caso de DEA. Existem muitas possibilidades diferentes para explicar por que riscos comuns podem se manifestar em diferentes tipos de doenças" diz. Os pesquisadores esperam agora que novas investigações sejam realizadas para determinar essa relação de causalidade.

 

ESTE ARTIGO É UMA TRANSCRIÇAO DA EDIÇAO ON-LINE DA REVISTA «VEJA»

 

 

 

13.Ago.11

omelete sem ovos

 

 

será possível entreter os miúdos e ter um belo dum fds (semi) prolongado, com a falta de ideias que me tem atacado?

 

 

se o tempo amanhã o permitir, passeio fora de portas....ou pelo menos fora de casa {#emotions_dlg.lol}

 

talvez um cinema para ver as novidades do grande ecrã na segunda feira...ou quem sabe, uma ida até casa de uns amigos que nos esperam à décadas e que por nunca conseguir-mos conciliar a vinda do papá com esta visita, temos adiado constantemente...ou (ideia que me cruzou a cabecinha de repente) uma ida a Serralves, sempre inspiradora....

 

certo, certo é que o melhor é não planear nada muito elaborado - manter as expectativas simples - afinal, um miúdo com a imprivisibilidade do Rafa pode simplesmente não alinhar em nada....

 

 

Em todo o caso, já diz a bisa há muito «é difícil fazer omeletes sem ovos»....pois que eu cá já me habituei....

 

 

11.Ago.11

olhos d´água

 

 

é como ficam os do Rafa sempre que o Pai volta a partir....

 

 

e se para o Quico é suficiente a explicação da praxe «o pai foi trabalhar, depois volta sim?» para o Rafa nenhuma explicação faz sentido....

 

 

opá, porque tem o miúdo de ser também hiper sensível?

08.Ago.11

de volta

 

 

a um dia com sabor a domingo

 

aproveitamos a vinda do Pai a casa e fomos a passeio, o sol veio espreitar e nós não demos tréguas - saímos logo pela manhã (para não dar tempo a grandes birras...)

 

estivemos por aqui

 

 

         

 

 

e para além de apreciar-mos a paisagem, curtir o momento, esticar as pernas, enfim - fazer circular a energia

 

                       

 

 

ainda conseguimos ir fazer uma visita a estes simpáticos bichos (único motivo pelo qual o Rafa acedeu ir...)

 

 

                      

 

 

 

 e os miúdos gozaram por um momento o facto de «vestirem a pele de um paleontólogo»

 

  até ao Rafa ter começado a atirar com areia por todo o lado....

 

 

e no final ainda houve forças para isto

 

      

 

das birras, amuos, picardias, brigas e outras coisas mais que tivemos de «aturar» na viagem...não me apetece falar agora.....

 

 

05.Ago.11

Só me apetece GRITAR

 

 

PORRA DO TEMPO PORRA DO TEMPO PORRA DO TEMPO PORRA DO TEMPO PORRA DO TEMPO PORRA DO TEMPO PORRA DO TEMPO

 

 

Os meus Pais estão a dar em doidos

Os miúdos passaram-se de vez

Eu já estou sem ideias

STOP

 

 

 

 

SOCORRO!SOCORRO!

 

MÃE EM DESESPERO

 

POST SEM JEITO SÓ PARA DESABAFAR!!!!

 

 

03.Ago.11

em férias - sem medicação?

 

 

Desde que o Rafa está medicado para PHDA que suspendemos a medicação durante um mês nas férias escolares. Este ano não foi excepção e voltamos a retirar o Concerta + Risperdal em Julho. Ainda não reiniciamos, pois entretanto em conversa com o médico, ele achou melhor fazer uma consulta de reavaliação e por isso este mês vamos andar sem medicação até dia 20.

 

Se para mim, como mãe, esta suspensão tem efeitos visiveis? claro que sim. O Rafa não precisa de medicação só para a escola, ele é inquieto e «difícil» em qualquer altura do ano - nas férias, periodo em que deveriamos aproveitar para gozar de algum tempo em família, as características da PHDA tornam cada momento uma tarefa de tensão, causadora de desgaste.

 

 

 

E quando os Pais trabalham, como no meu caso, as férias são aguardadas com expectativa, o que contribui ainda mais para a tal tensão. Não havendo fórmulas mágicas, uma dica é realmente adaptar as expectativas à realidade, não criando grandes ilusões.

 

De resto, considero que a medicação pode contribuir para umas férias bem mais equilibradas....que tem miúdos com hiperactividade o que pensa? costumam suspender?

 

Já agora aqui fica um texto retirado da net, partilhando este tema

 

 

Como lidar com as crianças hiperativas e com déficit de atenção durante as férias escolares?

Publicada em 04/01/2008 às 21h38m

Hilda Badenes - O Globo Online

RIO - Elas são inquietas por natureza, desatentas e impulsivas. E, durante as férias escolares, não é diferente. Porém, muitos pais de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) costumam relacionar o problema exclusivamente à sala de aula e optam por suspender o tratamento durante as férias. Especialistas alertam, no entanto, que o procedimento é, na maioria dos casos, um equívoco.

- Ninguém tem TDAH "apenas para estudar". Assim, mesmo em férias, é possível observar os sintomas: não para quieto, não brinca calmamente ou em silêncio, interrompe os outros, não espera sua vez, não presta atenção quando falam com ele, perde as coisas ou não sabe onde colocou, parece que está "ligado na tomada". E até mesmo para jogar bola, praticar surfe, jogar baralho é necessário atenção, controle de impulsos - explica o neurologista Paulo Mattos, vice-presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA).

- Se os pais acreditam que estes sintomas causam poucos problemas durante as férias ou se eles podem ser contornados ou tolerados, então é possível não fazer uso do medicamento - completa.

De acordo com o neurologista, o TDAH é um transtorno neurobiológico com forte influência genética que se inicia na infância e pode persistir na vida adulta em cerca da metade dos casos. Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Enquanto algumas são mais desatentas, outras são mais inquietas.

Quando a criança é mais endiabrada, os pais são os primeiros a pedir para dar continuidade ao tratamento. E, em alguns casos, a iniciativa parte da própria criança.

- Se a criança tem prejuízo social e familiar importante, os próprios pais são os primeiros a pedir para não parar o tratamento. Mas quando a criança é mais desatenta, só vai mal na escola, os pais acham que devem parar e fantasiam que dará alívio - diz o psiquiatra Enio Andrade, que coordena o Ambulatório de TDAH Infantil do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

- Tem algumas crianças que pedem para manter a medicação. Aquela criança que não pára quieta um minuto, que fica com o motorzinho ligado, merece - acrescenta o neuropediatra Milton Genes.

Medicamento pode se associar à diminuição do apetite e insônia

Alguns especialistas acreditam que o período de férias é propício para se fazer um teste e avaliar a reação da criança sem o uso do medicamento. Mas, segundo o neurologista Paulo Mattos, interromper o tratamento apenas durante este período não basta.

- A interrupção deve ser tentada após alguns anos de tratamento (nunca após poucos meses) e pode ser feita em qualquer época do ano. Retirar exclusivamente nas férias não permitirá avaliar o impacto da falta do medicamento no contexto acadêmico - ressalva.

Paulo Mattos lembra que a suspensão do medicamento pode ter algumas vantagens:

- Em alguns casos, o medicamento pode se associar à diminuição do apetite e alguma insônia (mais comum apenas no início do tratamento) e a sua interrupção faz com que eles desapareçam imediatamente. Como existe o receio de uma pequena diminuição do crescimento (é discreta, não ocorre em todos os casos e pode ser importante apenas para quem já é baixo ou tem pais baixos, de pequena estatura), a interrupção também teria a vantagem de deixar o paciente sem o medicamento por um tempo - explica.

 

 

 

 

02.Ago.11

pergunta «sacramental»

 

 

da «bisa» nestes dias

 

 

 

«então agora não tens onde os deixar?...» isto com ar de pânico, antes das 8 da matina....

 

e perante o meu silêncio

 

«pois é...agora têm de ficar com os teus pais...pois, tem de ser...»

 

e perante o meu silêncio

 

«com os dois é difícil, claro...mas tem de ser...então e tu não tens férias?...»

 

 

 

 

 

 

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