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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Dez.11

Acelerando para o Novo Ano

 

em fase de contagem decrescente para a entrada de 2012, para os miúdos apenas mais uma festa, mais um motivo para a tradicional histeria bem disposta que os carateriza

 

 

 

Querem escolher as coisas velhas para se desfazerem delas, o que por cá se traduz em mais e mais sacos com brinquedos partidos, cacos que se foram juntando e que por falta de tempo e de paciência, ninguém tinha ainda levado para o lixo. Também é altura de algumas limpezas, com o Quico a ajudar a avó com todo o empenho - coitada da avó {#emotions_dlg.sarcastic}- tem de se entrar no novo ano com menos «velharias» para dar lugar às novas...

 

Também estão entusiasmados com a permissão para ficarem acordados, por poderem beber bebidas com «bolhinhas» para imitarem os adultos que brindam com champanhe. O Quico lembrou-se que podemos subir para uma cadeira enquanto se enche a boca com passas...e o Rafa decidiu que este ano vai contar as 12 badaladas com chocolates

 

 

 

 

 

De resto os desejos são os mesmos de todos os anos - muita saúde, mais tempo em família, mais dinheiro, menos canseiras e sobretudo muito amor!

 

Vivam 2012 da melhor maneira e com esperança que apesar da conjuntura menos favorável, se consiga dar a volta por cima 

 


 

 


29.Dez.11

trocas & baldrocas

 

 

ou como na mesma noite posso dormir em três colchões diferentes

 

Cá em casa nada pode ser considerado «estranho» nem mesmo as nossas trocas de cama noturnas

 

Sabem os que me lêem que o Rafa não consegue (mesmo medicado) passar uma noite seguida sem vir ao meu quarto - ele acorda três ou quatro vezes por noite (numa noite «boa») e passa muitas horas a saltar de cama em cama - quase sempre, para que ele entenda que não pode fazer do dormir comigo, um hábito regular, acabo por passar eu quase toda a noite acordada, sentada na beira da cama dele...

 

O Quico é outra preocupação, além de adormecer tarde, tem ainda dificuldade em controlar a bexiga durante o sono, acabando eu por ter de o pôr na sanita ou acabaria com a cama molhada!

 

Por isso, estou tão habituada a andar de quarto em quarto, que quando o Pai está em casa temos maneiras alternativas de nos aconchegar-mos...e até temos um colchão suplente!

 

Uma noite típica começa com os papás lado a lado na sua cama. Os miúdos no quarto deles, cada um na sua cama. Primeira troca - duas da manhã, o Rafa vem ter ao nosso quarto e diz que não consegue dormir. Depois de muita insistência lá o pomos no quarto dele, cinco minutos depois está de volta. Fala de telemóveis, fala do clube pinguim e do concurso de iglos, do avó ter prometido ir com ele ao jardim jogar o tiro ao arco....e como já não o podiamos ouvir falar, resolvi ir para o quarto dele, instalando-me no colchão suplente que por lá tem ficado nas últimas noites. Ele ainda se deitou na cama dele por um bocado mas uma hora depois estava a resfolgar que nem uma locomotiva e baseando-se na sua insónia, acabou por se deitar com o pai....

Depois foi a vez do Quico. E como se apercebeu de imediato que havia movimentação, cismou em ir fazer companhia ao mano e ao pai! Como no entanto, não conseguia adormecer porque «o papá faz muito barulho a dormir...»voltou ao quarto dele e quis passar para a cama do mano....comigo! e lá acabo eu por mudar novamente de colchão....

 

 

28.Dez.11

cenas de um natal diferente

 

tal como em muitas outras coisas do nosso dia a dia, também uma festa como esta não existe sem a natural agitação

 

 

os dias que antecederam o Natal foram vividos de forma intensa. O pai está em casa o que por si só basta para pôr os miúdos em estado de euforia. A juntar a todas as questões relacionadas com os tradicionais festejos, para crianças agitadas e com transtorno de hiperatividade, como são o Rafa e o Quico, tinha de dar em momentos vibrantes e plenos de intensidade.

 

 

 

 

p.f. ignorem a data da foto 

 

Do alto da sua «lógica» o Rafa teimou em provar por mil razões e mais uma, que o Pai Natal não existe. Desde tentar demonstrar que seria tão velho que já teria morrido, a usar livros do reino animal para comprovar que as renas não voam, a fazer cálculos de quanto tempo levaria uma pessoa a sobrevoar todo o mundo para entregar prendas, em todas as oportunidades ele «buzinava» aos ouvidos do irmão mais novo todas as suas incontestáveis teorias - objetivo: seria inútil fazer o Natal apenas a 25 de dezembro, poderiamos antecipar a data pois já que o Pai Natal não é o verdadeiro responsável pela entrega de presentes, não faz sentido aguardar por aquela noite específica (quanto ao facto de nessa noite se celebrar o nascimento de Jesus, a teoria mantem-se, a variante é que não faz sentido celebrar tantos dias de natal - já vamos em 2011...de certeza que já não há «menino» Jesus...)

Perante a minha determinação em manter as datas originais e festejar o natal na noite de 24, as cenas variaram entre uma birra descomunal e infantil, gritos, espernear e cordas vocais em ação; corridas loucas pela casa tentando encontrar os possíveis «esconderijos» dos presentes ou mesmo juntar o irmão às reivindicações! Conclusão - passamos todos os momentos em família, tentando controlar o ímpeto dos meus rapazes, pouco sobrando para nos dedicarmos aos preparos finais.

 

 

 

 

Peripécias houve muitas: desde andar mais de uma hora à procura de um bolo rei de chocolate, cuja caixa desaparecera por completo sem deixar rasto, algo que me intrigava profundamente e me fez pensar seriamente que estava a ficar senil, pois jurava que a tinha deixado na cozinha (quando me lembrei de perguntar ao Quico se a tinha visto, deu-me uma resposta que desfez o mistério «a caixa mamã? tá ali, olha, anda ver...» e levou-me até à varanda dos brinquedos, apontando para um caixote onde guarda as suas «relíquias»); o Rafa andou toda a manhã a pedinchar que lhe dessem «só uma, umazinha, a mais pequenina» prenda que estivesse guardada em casa; o Quico fez uma birra sem nexo por causa de uma meia que ele queria colar com fita cola para tarnsformar numa bola; tivemos de refazer toda a árvore de Natal, entretanto destruída por brigas e almofadas «voadoras»; tive de fazer os últimos embrulhos apenas dois minutos antes de os colocar sob o pinheiro para que se mantivessem fora do alcance dos pestinhas....mesmo assim, com 5 adultos por perto e sempre em vigilância, acabamos por permitir que logo após o jantar se desse início ao rital de abertura dos presentes (da famíia) para não corrermos o risco de não existirem presentes intactos por mais tempo....e foi um tal rasgar de papel e laços pelo ar, sem deixar tempo sequer para que cada um pudesse aproveitar para contemplar as lembranças ofertadas com tanto carinho (o que vale é que os meus pais já estão tão habituados a este ritmo alucinante que nem pestanejam quando os netos abrem o que lhes pertence, na ânsia de serem os primeiros a ver e tocar...). Tal como no ano passado tiveram direito a abrir as prendas escolhidas por nós, pais...

 

 

                

 

e tiveram de esperar pelas que só aparecem na manhã de 25

De manhã acordaram cedíssimo (6h20) para correrem a verificar a passagem do Pai Natal e as surpresas que tinha deixado (mesmo que para o Rafa o entusiasmo seja mais para saber quantas prendas nós lhe compramos...) e se ele tinha aceite beber o leite e comer as bolachinhas deixadas durante a noite, como sinal de que os meninos mereciam prendinhas suas

 

 

e lá entraram novamente na loucura do desembrulhar, desta vez com o efeito contagiante da tagarelice e risadas despreocupadas, contentes porque afinal o Pai Natal continua a fazer magia!

assim se passou num ápice esta aventura natalícia (não terá durado ao todo mais do que meia hora mas que valeu pela alegria dos miúdos) e resta-nos agora aguardar pelos festejos de fim de ano que também costumam ser do mais agitado que o nosso prédio conhece há 6 anos para cá!!!

 

 

24.Dez.11

Ainda é Natal

 

 

com mais ou menos bacalhau, mais ou menos prendas, certamente com menos dinheiro, com mais sacrifício para a maioria das pessoas

 

Hoje em grande parte dos lares católicos de todo o mundo festeja-se o nascimento de Cristo e a noite de Natal

 

 

 

 

que o espírito desta época continue vivo e que para todos Ainda seja Natal

 


23.Dez.11

reações (deles)

 

 

às últimas notícias mais ouvidas na TV

 

«mãe, agora a luz é dos chineses??? eles compraram a nossa luz??? {#emotions_dlg.confused} e agora como vamos entender o que vem na fatura???» {#emotions_dlg.emplastro}

 

 

«olha o Eusébio está estacionado no hospital.....» nota: adoramos o Eusébio, muita força para ele! {#emotions_dlg.ok}

 

 

«eu sou um manifanste sim mano? vamos brincar a manifestar ok?» (pouco depois os manifestantes já eram ninjas e logo de seguida detetives...» {#emotions_dlg.ninja}

 

 

22.Dez.11

brincadeiras matinais

 

 

os miúdos em férias regulam-se para acordarem cada vez mais cedo - para que possam brincar mais horas {#emotions_dlg.sarcastic}

 

Hoje 6H30, colchão suplente no chão do quarto dos pais, eu ensonada prestes a despertar para me arranjar, pai bloqueado por uma rotina caseira muito diferente da que está habituado

 

«Paiiiiiii!!!! vamos brincar sim?? tu és o touro!!»

 

 

21.Dez.11

DESEJOS DE NATAL

 

 

Ou a minha carta ao senhor das Barbas Brancas

 

 

 

 

 

 

 

Querido Pai Natal

 

Não estamos em época de grandes desejos individualistas, é verdade! Vivemos momentos difíceis e povo que é povo deve ser unido...como tal, para bem do país em que vivemos, os desejos devem ser abrangentes. Por isso Pai Natal, peço que nos tragas um 2012 mais suave....estamos fartos de comer «coelho à caçador» feito com coelho bravo, rijo, muito duro de tragar....Tendo em conta que cada vez estamos mais magros, com menos possibilidades de nos acusarem de obesidade, podes trazer para o próximo ano algo que nos adoce a vida!

Ultimamente os nossos governantes têm-nos convidado a abandonar o nosso Portugal. Dizem-nos que aqui não temos futuro, que devemos encontrar «alternativas», que devemos sair da «zona de conforto»...Ou seja, na opinião dos senhores governantes, Portugal ainda é uma zona de conforto - para eles - e para que não deixe de o ser, temos de nós, povinho da minha geração que andou anos a estudar, a obter formação, a tentar obter uma melhor educação para depois contribuir para um país melhor, ir oferecer a nossa formação para outro lado.....

Ora, meu querido Pai Natal isso não me parece nada bem - porque razão temos nós de sair de cá? então acham os nossos governantes que a única forma de sermos úteis ao país é sairmos dele???? Portanto, um dos desejos coletivos é que para o ano, encontremos alguém com soluções que nos permitam manter este país onde nascemos...a ver se continuamos a existir como nação! se todos nós lutarmos cá dentro, em prol de um objetivo comum, não faremos melhor do que abandonar o barco??? eu sei, Pai Natal que por vezes a tradição tem muito peso....e tradicionalmente temos fama de tentar tudo pelo lado mais fácil (neste caso os nossos governantes, sem conseguirem encontrar caminhos, sugerem que se vá para outro lado qualquer) mas há que reconhecer que a tradição já não é o que era...e até existem portugueses que fogem à regra e querem arregaçar as mangas cá dentro....

 

Para além disso e porque um bocadinho de «egoísmo» é permitido em época natalícia, aproveito para te pedir Pai Natal, um pouco mais de sossego por estas bandas...quero dizer - aqui em casa! é que férias não combinam nada com o stress que por cá se vive. Trazer no teu saco uns pozinhos mágicos que façam as crianças mais serenas, o pai mais paciente e que dê à mãe, mais um minutos por dia para os poder gastar com ela própria (e nem precisa ser a tal meia hora extra de que se fala! eu contento-me com quinze minutos a mais na hora do banho....) 

 

Fecho a minha carta com um pedido bloguista! que todos os que lêem e escrevem por cá, mantenham essa vontade, mesmo com os cortes na despesa e o aumento da eletrecidade...

 

Obrigada meu Pai Natal (em quem espero continuar a acreditar)

 

17.Dez.11

tempo de mudança

 

 

mais um ano da minha vida que passou...outro que se inicia 

 

 

e novo tempo de mudança - se no ano anterior essa mudança me dava alento porque significava novas esperanças e desafios positivos, este ano a mudança não perspectiva nada de bom....

 

 

 

 

e assim ando eu, há procura de um novo rumo, numa altura em que o desafio será saber se ainda há algum rumo possível

 


13.Dez.11

cegos, surdos, paralíticos

 

 

e hiperativos....

 

Este e-mail foi-me enviado pela Pat, mãe do N. um menino hiperativo. A Pat visita este blog e comenta muitas vezes os meus posts, partilhando com todos os leitores a sua convivência com esta realidade. Por ter gostado deste e-mail em particular e após lhe ter pedido autorização aqui o transcrevo

 


«Apos uma reunião com a DT do meu filho…e das queixas obvias vim a pensar…

 

Será que chamam

um pai de um filho cego para se queixarem que ele não vê para o quadro?

Um pai de um filho surdo para se queixarem que ele não ouvui a campainha do recreio, ou o ditado de inglês?

Um pai de um filho paraplégico para se queixarem que ele não conseguiu correr os 100 metros ?

Um pai de um filho com muletas para se queixarem que ele é sempre o último nas corridas?

 

Então porque é que se chama todas as semanas um pai de um filho hiperactivo com défice de atenção para se queixarem

- que ele não está quieto na carteira

- que ele se distrai com facilidade

- que ele se esquece dos tpcs ?????»

 

Pois é Pat...para nós é óbvio! para os professores continua a ser muito difícil de entender....

 

Estamos no final do primeiro período e para muitas crianças com PHDA, este é sem dúvida um momento angustiante....as notas escolares por vezes com resultados negativos, as reprimendas e até castigos...quando todos os outros andam eufóricos com o natal.

 

Agarrando a ideia desta mãe, conhecendo eu, por experiência como coordenadora da APCH, a realidade das nossas escolas, acreditando que poderemos fazer alguma coisa - cá vai o desafio para o novo ano e para o próximo período letivo:

 

  • vamos promover uma campanha junto dos professores para que se mudem certas atitudes na sal de aula
A campanha vai arrancar já em Janeiro - aqui e no blog do Núcleo Norte da APCH www.apch-norte.blogs.sapo.pt  darei todas as informações e contarei todos os detalhes!!!
Obrigada Pat pela inspiração - conto contigo e com outras mães/pais para sugestões pertinentes!

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