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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Mar.12

histórias azedas

 

podiam ser doces...até porque estamos muito perto da Páscoa...

 

mas não! são mesmo daquelas que nos fazem azia

 

duas histórias com desfecho fatal ensombraram estes dias em que ainda estremecemos com o susto da «bisa» (que felizmente recupera a olhos vistos) - uma jovem mulher entra num hospital para fazer uma operação às varizes...sai de perna amputada. Parece que um erro médico é algo vulgar que se pode «apagar» com um simples pedido de desculpa, género «ooops! isto era uma artéria? opá eu queria cortar a veia...olha, pronto desculpe lá ok? para a próxima faço melhor...ooops! afinal não fiz.... agora vai ficar sem a pernita, tá?». Caramba, nem avisaram o porquê de operarem novamente?! então o doente não tem direito a ser informado sobre os procedimentos médicos deste tipo?

 

Noutra história com final trágico, uma mulher de 27 anos entra num hospital (depois de uma passagem já por um centro de saúde) com uma dor lancinante no peito que lhe irradia para o braço e após uma triagem em que lhe é dada pulseira amarela (sinal de média urgência) espera 7 (sete) horas para...morrer! ali mesmo no hospital enquanto espera para ser atendida. Dizem os senhores doutores que nada poderiam ter feito porque afinal ela morreu de (pasme-se!!!) paragem cardio-respiratória fulminante - embora seja demoradamente «fulminante» a julgar pelas mais de 10 horas desde que se queixou da tal dor que a levou ao centro de saúde (de onde a terão enviado para casa) e das ditas sete que por lá esteve sob a aparente cuidadosa observação médica. Este país está cada vez mais entregue aos bichos!!!

 

 imagem tirada da net

 


pena que não seja amoroso...como o da páscoa!

 


27.Mar.12

ao ritmo das adaptações

 

 

é como andamos aqui por casa

 

eu ainda não me adaptei à ideia de ter os miúdos em férias, eles, claro adaptaram-se prontamente! são portanto ritmos diferentes que nos trazem complicações várias pois definitivamente não andamos sintonizados...

 

os dois pegam-se tanto, brigam tanto, infernizam tanto a vida um do outro e a nossa que ontem dei por mim a gritar «ou vocês se separam ou deixam de ser irmãos para sempre!!!» bhaaaa {#emotions_dlg.brrrpt}{#emotions_dlg.blushed}{#emotions_dlg.secret} que raio de frase...mais valia estar calada!!!

 

Além das brigas malucas entre ambos ainda tenho de apanhar com o ritmo alucinante do Quico a dizer palavrões. As minhas tentativas para o fazer deixar de usar o mais rasca calão que existe, não têm tido qualquer resultado - ando absolutamente desgastada....

 

Conciliar isto com o normal ritmo das coisas do dia a dia não está a ser muito fácil por enquanto - daí até o blogue se andar a ressentir (nem consigo acompanhar os meus blogues preferidos...) o que me enerva ainda mais

 

e o aumento do ritmo das tarefas domésticas???? aiiiiii - isso vale um post inteirinho (se tiver tempo de o escrever)

 

23.Mar.12

em tempo de

 

 

Aniversário

 

porque esse sim é tempo de festa, celebramos a já longa vida da nossa «velhinha» a tal que nos prega sustos, nos moi a cabeça mas que queremos junto de nós por muito e muito tempo!

 

 

 

são 91 - noventa e uma velas que vamos colocar no bolo para que os bisnetos cá de casa possam dar uma ajuda {#emotions_dlg.happy}

 

 

e tempo de preparar para o período de férias dos miúdos - este um tempo que me vai obrigar a alterar os meus dias....acabou-se portanto o tempo de «acalmia» relativa, fruto de algumas horas passadas nas escolas...opá preciso de ideias, como ocupar o tempo deles??

 

 

22.Mar.12

susto maior

 

 

quem lida com idosos sabe que poucas diferenças existem entre os cuidados a ter com eles ou com crianças...

 

a minha avó, 91 prestes a chegar, de férrea vontade e (até agora) saúde, é daquelas de feitiozinho «retorcido». Pouco caso faz dos nossos avisos e não raramente desafia-nos com atitudes de absoluta infantilidade, como atravessar a rua fora do sítio apropriado (passadeira para quê??? os outros também são atropelados na passadeira...) ou subir a um banco para chegar a algo que está fora do seu alcance...

 

Isto pode dar (por vezes dá mesmo) em acidentes de maior ou menor gravidade, obrigando-nos a um redobrar de atenções e algumas discussões...Ora na terça feira uma escorregadela à chegada ao patamar junto ao elevador, fruto de um querer chegar às escuras até ao mesmo e um tropeção na bengala de apoio, deixou a minha avó estatelada no chão, com a testa toda aberta e um osso do cotovelo estalado. E foi mesmo um susto maior, sentido primeiro pelo meu pai que estava em minha casa a tratar do almoço e que deu conta de um barulho estranho, logo depois da minha avó ter saído para ir à padaria. Muito sangue, muita aflição, eu tive de interromper um encontro na APCH e lá fui com ela para as urgências - duas horas e muita sutura depois, tranferem-na para ortopedia e para o hospital central. Pois que aí esteve mais de 7 horas, tendo feito mais alguns exames e tendo sido ligada com talas para manter o braço imóvel. E pronto lá veio para casa toda «enfaixada» como diz o Rafa, com mais alívio da nossa parte por ver-mos que continua com o seu feitio de sempre, resmungando contra todo o tempo que lá esteve e de como demoraram a atende-la e de como nem lhe deram nada para comer e porque aquilo (urgências de um grande hospital) é uma autêntica confusão e não tem «jeito nenhum»...

 

Depois de dois enormes pratos de canja e de um belo prato de cerelac (para grande gozo do Quico que lha queria dar à boca) lá se habituou à sua nova condição de «semi-acamada» sempre com resposta na ponta da lingua e com obvia satisfação por ser o centro das atenções {#emotions_dlg.blink}

 

 

haverá susto maior do que temer pela vida dos nossos?

 


16.Mar.12

e quando a escola é surda?

 desde há muito que percebi que teria de ter na escola um aliado, só que para isso às vezes teria de fazer «guerra»

 

o Rafa nunca me deixou «descansada» desde o inicio do seu percurso escolar. Quando o tentei matricular pela primeira vez no ensino público, estava ele com idade de frequentar a pré (antes, foi a tortura de ter uma ama e das tormentas por que passei para deixar um bébé de meses entregue a alguém que nao sabia lidar com ele) Entre conversas com a educadora e visitas ao estabelecimento onde o matriculei (antes de estar diagnosticado) fiquei com a ideia que tudo iria correr bem - nessa altura achava (como acham os pais estreantes nestas coisas) que os «problemas» de comportamento do Rafa seriam detetados caso fosse uma situação mais grave e que a escola teria mecanismos de apoio e acompanhamento precoce que seriam uma ajuda bem vinda. 

Puro engano - a primeira reação foi desvalorizarem e minimizarem as situações apresentadas, mesmo que elas fossem dificeis de gerir pela própria educadora...mas dar parte de «fracos» isso não! a educadora, conhecedora de muitos casos «problemáticos» (algo que parece ser comum a todos os docentes seja qual for o ano e qual for a escola) e muito sabedora na arte de lidar com meninos «difíceis» achou melhor ignorar todos os sintomas. Vómitos, recusa em comer, birras tremendas, fugas da sala...seriam apenas «fases» que depois de um período de adaptação, passariam e dariam lugar ao gosto de participar nas atividades como qualquer outra criança. Mas «fases» que nunca mais passam podem ser muito desgastantes...e quando as soluções apresentadas não resultam, podemos começar a ver a escola de outro modo...«se o menino se recusa a ficar na sala e a participar é a mãe que tem de o fazer entender que a escola lhe faz bem» isto é uma solução? uma ajuda? «a mãe não pode ficar nervosa quando o vem deixar...tem de o deixar e pronto.» eu? nervosa por o deixar na escola? eu quero que ele fique na escola, eu preciso que ele fique...mas que fique bem!! «é melhor ficar com ele na sala, mãe. Pode ser que assim ele fique mais calmo...» só pode estar a brincar, certo? se querem que seja eu a ficar na sala, mais vale ter o miúdo em casa...até que fica claro ao final do primeiro período que a «fase» é afinal mais complicada do que achavam e que teriam de haver adaptações por parte da escola, coisa que pelos vistos, as escolas nem sempre estão preparadas para fazer...

 

De estabelecimento público para IPSS pouco mudou na tentativa de me darem soluções. Embora o tenham encaminhado para a psicóloga, na tentativa de normalizarem o comportamento e as atitudes, as estratégias dentro da sala, pouco diferenciavam das usadas para com outros miúdos e após um ano de turbulência, o segundo (e que seria o último antes da entrada no ensino básico) terminou após o periódo de natal.

 

Entretanto chegou um diagnóstico e com ele muitas alterações em casa. Pais mais confiantes e ajudas com fármacos que melhoravam o comportamento e as reações dele. Mesmo assim, até aos ajustes da medicação atuarem de modo visível e os seus efeitos serem realmente eficazes, houve um primeiro periodo letivo em que tive de ser uma espécie de guardiã do portão da escola e fazia um esforço tremendo para o levar até lá, suficientemente motivado para voltar no dia seguinte. Ajudas? tenho de reconhecer que tive. A iniciativa partiu de mim... «arrisquei» e fui frontal desde o início. Conversei com os responsáveis e falei desta perturbação que lhe tinha sido diagnosticada, falei do modo como agia com ele em casa, das estratégias que considerava serem as mais corretas para que ele superasse as dificuldades inerentes à PHDA. Esclareci recorrendo ao apoio da APDCH e ao médico que o acompanha. Do outro lado? tive uma escola recetiva e uma professora empenhada. Dizem-me outros pais que tive sorte...reconheço que sim! mas nós pais e sobretudo as nossas crianças não podem depender da «sorte». O papel da escola não pode ser desigual, dependendo do estabeleciemnto de ensino ou de quem nele leciona. Existem métodos e estratégias que devem ser adotadas por todos. Para que haja uma igualdade nos critérios e nas exigências. Para que não se esteja dependente da opinião pessoal de quem tem o poder de decidir por que lado a escola vai seguir....

 

Agora o Rafa frequenta o quinto ano. Depois de um início atribulado com muitas faltas, muitos recados, muitas chamadas à escola, muita conversa minha, muito mostrar relatórios e muitos esclarecimentos, lá atravessamos um período de acalmia. Os resultados nos testes nunca foram o problema. Já mencionei algumas vezes que o Rafa é um menino muito inteligente (até acima da média) e com atributos de memória auditiva e visual apurados (comum em miúdos com esta patologia). Se concentrado, com ajuda da medicação e suficientemente motivado - quer em casa, quer na escola - ele consegue ser excelente aluno! tudo o resto, comportamento, atitude para com os professores e os pares, reação dele às dificuldades, podem ser, com a dose certa de disciplina e elogios, exigência e flexibilidade superadas.

 

Como coordenadora da APCH estão-me sempre a chegar às mãos casos e casos de falta de entendimento por parte da escola, muitas vezes única e exclusivamente preocupada em resultados, quase sempre entendendo desvalorizar o que os pais tentam fazer passar. Dizer que estes meninos devem ser «integrados» numa escola que pretende ser «inclusiva» é quase sempre sinónimo de uma tentativa de normalizar o que não é de facto «normal» e de ignorar o que realmente importa - as diferenças destas crianças (e de outras com NEE).

E é por isso que decidi, com a devida autorização, publicar uma carta de uma mãe dirigida aos professores do seu filho, mostrando o que sente verdadeiramente alguém que sofre com a PHDA, tantas vezes erroneamente tida como uma perturbação sem significado, uma alteração benigna que para ser alterada depende da força de vontade da criança e da maior imposição de disciplina dos seus pais...e reparem, como sem nos conhecer-mos e sem ter-mos tido qualquer contacto antes, o que esta mãe revela na carta, vem ao encontro do que atrás descrevi.

Não importa o nome nem a escola, agradeço no entanto à D. pela disponibilidade e pela sua luta

 

«Carta à escola e professores do meu filho, A.(...)

Estou desiludida, triste e magoada com a forma como alguns professores têm tratado o meu filho dentro da escola.
Sempre fui defensora dos professores, afinal são eles que nos ensinam a ser adultos, que ensinam os futuros políticos, engenheiros, doutores, carpinteiros, electricistas e todas essas profissões tão dignas que farão com que o nosso mundo funcione e melhor…
Eu tive professores assim, que me faziam sentir feliz e segura dentro da escola, que me motivavam e elogiavam, que salientavam os meus pontos positivos e ajudavam a aceitar e ultrapassar os negativos…
Que tinham como objectivo a inclusão, o respeito mútuo mas acima de tudo o amor pelo ensino e pelos seus alunos, o prazer de ensinar e a capacidade de fazer a diferença.
Quando o meu filho iniciou a vida escolar fiquei feliz, ele sempre foi um menino inteligente e perspicaz…muito activo, é verdade, mas sempre com resultados excelentes…talvez porque também teve o privilégio e a sorte de ter professores excelentes!
Sempre senti que havia algo de diferente com o André, nunca o escondi e várias vezes pedi ajuda à escola e aos professores para estarem atentos e verem se viam o mesmo que eu, tanto é que o André teve a sua primeira avaliação psicológica na escola aos 8 anos e a partir daí nunca mais deixei de tentar “descobrir” o que se passava com o meu filho!
Desde que iniciou o segundo ciclo tudo se complicou…passou a ser mais ansioso, desorganizado e desmotivado, auto-estima baixa, crises de choro, acompanhadas muitas vezes de cólicas, vómitos e até diarreia!
Na minha inocência de mãe, achava que eram apenas desculpas para não ir à escola e sempre, repito : SEMPRE o obriguei a ir à escola, mesmo quando ele me liga da casa de banho da escola a chorar e a implorar: “ Mãe, por favor tira-me daqui, tu não sabes o que seu sofro!” – nunca o fui buscar e, apesar de ficar arrasada por dentro e com o meu coração apertado, sempre o obrigo a ir à aula e lhe desligo o telefone…
Agora dou por mim a pensar que contribuí para isto tudo, que não protegi devidamente o meu filho!
Outras mães teriam ido imediatamente à escola, discutiam com os professores e protegiam os seus filhos…eu não, limitei-me a acreditar que ele era o culpado de tudo – pois a verdade é que ele não consegue mesmo estar quieto e assumo que se me faz perder a mim a cabeça, melhor fará perder a cabeça de quem não o “pariu” como eu e não o ama como eu, de quem não se habituou já a ser mais tolerante como eu…venceu-me pelo cansaço…admito…
Tantos recados na caderneta, tantas queixas do A., SEMPRE O A.
Eu própria acabei por permitir que o rotulassem…porque não gritei, não briguei, não o defendi, não exigi!
Mas eu não sabia tudo, ele não me conta, podem não acreditar, mas como ele acha que eu estou sempre “do lado dos professores”, deixou de me contar…e como a primeira vez que eu reclamei em relação ao Senhor Professor de Música, ele ainda foi mais penalizado, humilhado e maltratado na sala de aula, passando a ter sempre negativa, independentemente daquilo que faça na aula a ir mais vezes para a rua ou simplesmente a não o deixarem entrar na aula, ficando à porta um tempinho e só entrando mais tarde que os colegas, vai-se lá saber porquê! Sei estas coisas porque os colegas me contam…
Então deixei de ir à escola, impotente e com a esperança que ele recuperasse o interesse que tinha tão grande em aprender. Sim, ele ADORAVA a escola, absorvia tudo…e era feliz lá.
Agora não é, tem sofrido humilhações e maus tratos psicológicos, situações graves que o têm afectado imenso, que o fazem sofrer e estar revoltado…perdeu a confiança e eu também.
Era suposto o meu filho estar em segurança dentro da escola, não ser vítima de ninguém, muito menos de professores!
Era suposto eu estar despreocupada e não ter necessidade de escrever esta carta à escola a pedir, como MÃE : POR FAVOR, NÂO MALTRATEM O MEU FILHO!!
Não o vou permitir mais, nunca o devia ter permitido! Mas como podia eu saber? Como podia eu imaginar sequer que um professor, neste caso até são mais iria discriminar desta forma o meu filho?
Então fala-se tanto de EDUCAÇÃO INCLUSIVA e estão a excluir o meu filho?
Apenas porque não o compreendem? Porque não sabiam lidar com a situação? Porque ele é diferente e dá mais “trabalho” que os outros?
O Professor de EVT dava-lhe sempre 2, agora passou para 1 ?!
Ele tem os trabalhos na pasta, eu até acho que estão muito bons tendo em conta a dificuldade que ele tem a nível de motricidade e destreza manual, que é típico em crianças com PHDA (hiperactividade com défice de atenção)…
1 é para quem não faz NADA! 1 é para lhe dizer tu não vales nada, para o desmotivar e lhe “destruir” a auto-estima! 1 é para o chumbar!
Não vou permitir…CHEGA! O ano passado foi igual com EVT e Musica, teve sempre 2 e no final do ano passou com 3! Para quê? Porque o maltrataram o ano todo para depois lhe darem o 3?
Nem merece nota pelo esforço? Por tentar? Até lhe deram negativa em trabalhos que fez comigo!
Considero isso um “ataque” ao meu filho e agora, depois de tantos relatórios e psicólogos, sim, porque o meu filho anda no psicólogo, eu ainda não desisti dele, nem vou desistir ao contrário do que estes professores fizeram, depois de toda esta caminhada venho a saber que afinal o meu filho sofre de maus tratos na escola?
Também fiquei a saber o nome do problema dele PHDA…afinal o meu filho não é um mal-educado, afinal e não sou “uma tonta que devia dar mais educação ao meu filho em vez de tanto mimo”, como disse a professora de Inglês/Português…
Afinal estávamos TODOS errados…também assumo a minha culpa, pois fiz muita asneira antes de descobrir o que passa com o meu filho, mas também fiz uma promessa: Vou fazer tudo o que me for possível para que ele volte a ser feliz na escola e a recuperar o gosto por aprender que ele tinha.
Mas para isso preciso de ajuda, não posso andar a medicar o meu filho e ir às consultas de psicologia se depois o continuarem a maltratar na escola.
Senhora professora de EVT: NÂO QUERO mais o meu filho na arrecadação a fazer cópias e tabuadas! De pé, encostado ao lavatório toda a aula? Quem lhe deu esse direito? E ainda foi dizer ao meu filho que quer marcar um dia para falarmos sobre o facto de a senhora achar que o meu filho não FAZ NADA nas aulas de EVT?
Ainda pretende assustá-lo mais? Porquê? Decidiu entrar em “guerra” com uma criança?
É ridículo…ele tem 11 anos e os professores supostamente são os adultos dentro da sala de aula e como tal devem ser os primeiros a dar o exemplo, a mostrarem valores…como podem exigir respeito de uma criança depois de o maltratarem e de o humilharem?
Se ele está a fazer cópias e tabuadas é normal que não faça trabalhos de EVT…Mas marque o dia que eu terei muito gosto em ir visitar a arrecadação para ver como a senhora teve a coragem de humilhar e descriminar o meu filho dessa forma! Uma professora? Se os professores de EVT não estão em condições psicológicas de dar aulas que metam baixa ou atestado e que fiquem o lugar disponível para professores interessados em ensinar!
Estes professores têm prejudicado a vida e a saúde do meu filho, ao ponto de ele vomitar e ter cólicas antes destas aulas!
Agora já têm um diagnóstico, agora cabe a vocês senhores professores decidirem se vão continuar a prejudicar o meu filho ou se aceitam que erraram, como eu também já aceitei. Se estão dispostos a começar de novo e a colaborarem na minha luta pela recuperação da felicidade e auto-estima do meu filho e ajudá-lo a acreditar que os professores não vão voltar a tratá-lo mal.
Apenas pretendo saber: o meu filho está realmente seguro na vossa escola? Acho que ele merece um pedido de desculpas por parte destes professores e merece ser avaliado correctamente e com justiça, pois existe muita diferença entre os “favoritos” e os “indesejados” e uma coisa eu garanto : não o vou permitir mais!
O meu filho merece uma avaliação justa e merece ser bem tratado dentro da escola e a partir do momento em que foram informados do diagnóstico dele tinham “obrigação moral” de olharem para as avaliações dele e verem o tão injustos que têm sido, tanto no desempenho escolar, como no comportamento, pois ele não está quieto porque não consegue mesmo, se bem que agora que está medicado e tenho a certeza que isso já está a mudar!
Tirem o rótulo ao meu filho de mal-educado, não o descriminem mais e por favor ajudem-me a faze-lo feliz e a voltar a acreditar que as pessoas erram, mas que também assumem que erraram e sabem pedir desculpa por isso…
Apenas quero agradecer à professora e directora de turma F. R., pois sei que nunca desistiu do A., ele respeita-a, confia em si e vê-a como uma amiga.
Agradecer também à Psicóloga P. P. que apesar de tanto trabalho tem sido o meu apoio.

Obrigada!

(...), 7 de Março de 2012»

 

Não digo mais nada, acho que não vale a pena!

 

 

 

12.Mar.12

post multi temático

 

Nós por cá andamos bem! assim uma frase sempre fica melhor que o típico e já património nacional do «vamos indo»

 

 

esta semana que passou foi recheada de acontecimentos, tantos que davam para encher mais do que um post. Mas como isto da contenção já me começa a afetar as palavras, vou mesmo fazer um resumo e juntar um «tudo em um».

 

As atividades da APCH - Norte obrigaram-me a vários contactos, muitos deles pessoalmente, com escolas, associações de pais, gabinetes de explicações, associações desportivas, etc. Também nos continuam a chegar várias solicitações, sobretudo via mail às quais temos de dar resposta, claro. E para combinar com isto, tenho várias ideias que tive de passar a papel para poder apresentar depois já com ar de projectos!!

Para além do tempo que tirei para a associação, tive, obviamente, de dar prioridade à minha busca de novo trabalho, entregando currículos, enviando candidaturas, respondendo a alguns anúncios. 

 

Outra atividade pessoal em que me envolvi teve que ver com a aqui já citada (em post anterior) semana da leitura, patrocinada pelas escolas. Foram promovidas certas iniciativas que apelavam à participação de pais (ou de outros familiares) e eu acabei por me dedicar a algumas delas:

 

na escola do mais novo, os pais ou familiares dos meninos da pré foram convidados a contarem uma história na salinha da respetiva criança. Eu fui na segunda feira de manhã para grande alegria do Quico. A história escolhida era sobre um coelhinho chamado Joca que por desobedecer à sua mamã, se tinha metido em apuros...apropriado, certo? os miúdos adoraram e participaram com entusiasmo. Eu levei um miminho para os «pequenos leitores», o que foi muito apreciado também pela educadora que não sabia da minha «surpresa»

 

  

 

os meus marcadores de livro em formato de cenoura, feitos por mim, uma «naba» na matéria....de qualquer modo fazer 24 daqueles marcadores, ainda por cima com direito a colagem da rama (hehehe) e com dedicatória, não foi fácil, melhor dizendo, foi moroso...Mas divertido!

 

Na escola do mais velho a participação não exigia nada mais do que a nossa presença no chamado «dia aberto». Embora tenham decorrido durante a semana vários eventos para os alunos, apenas na quarta feira a escola abriu portas à comunidade e claro com particular chamada de atenção aos pais/encarregados de educação. Assim, quem fosse nesse dia à escola, ficaria a conhecer várias ofertas formativas desta e de outras escolas, podia visitar várias exposições com trabalhos dos alunos, participar em experiências, falar diretamente com os professores, conviver com todos que diariamente contactam com o nosso filho. O horário era contínuo sendo possivel por exemplo ir na hora de almoço e até fazer a refeição na cantina a preço especial. Assim, foi com algum espanto que constatei que da turma do meu filho, apenas eu me apresentei. E se fiquei um pouco receosa inicialmente perante a reacção dos miúdos (até porque o Rafa se mostrou pouco entusiasmado em casa) logo isso se desvaneceu, tal foi a calorosa e ruidosa companhia que me fizeram ao longo da minha visita - todos me queriam mostrar esta e aquela experiência, este e aquele trabalho, até que o meu rapaz se sentiu contente por ter a mãe lá (demonstrado pela frase «tens mesmo que ir embora mamã?» quando lhe disse que estava na hora de me despedir)

 

Pelo meio, esta foi também semana de testes - e fazer o Rafa estudar, sabem os que nos acompanham, pode ser uma verdadeira tortura! ele fez de tudo, desde nem sequer saber que ia ter teste (não o tinha anotado, eu nem sonhava com a possibilidade) e portanto não ter sequer estudado «sabes mamã, hoje tive teste...hum não, não sabia...foi a português...só percebi quando estava a tirar o meu caderno e o livro para a aula e reparei que o professor estava a distribuir uns papeis que dizia teste...» até começar a sentar-se para estudar, abrir o caderno e....fazer um avião de papel....ou passar o tempo a acender e apagar a luz do candeeiro de mesa. Mas pronto, desconfio que as notas nem serão más. 

Já agora aproveito para dizer que em matéria de cumprir com o acordado (manter a sua área de estudo organizada) a coisa correu bem. O esquema foi até final e os pontos deram como prémio a tal saída na sexta feira à noite! e que bem que correu - ele deliciado por estar a fazer um programa só comigo, até entrou pela primeira vez nos seus 11 anos, numa loja sem refilar e sem fazer estragos!!!! e assistimos ao novo 

 

 

 

imagem tirada da net

 

Como sempre os dias foram agitados e sem descanso, tal qual o nosso fim de semana! nada que não seja habitual! com o sol e a temperatura que se fizeram sentir, seria certamente pecado não aproveitar o ar livre, mesmo que em frente a casa, que isto não está para passeios longe de portas

 

 

 

nova semana e novos desafios agora começam! é assim a Vida

 

 

 

08.Mar.12

Dia Internacional da Mulher

 

 


para festejar? só podem estar a brincar!!!

 

 

 imagem retirada da net

 

 

 

 

e sim tou de mau humor e sim também estou de TPM (sim que até isso tinhamos de ser nós a aguentar todos os meses!!!! {#emotions_dlg.annoyed}) e sim, quero mesmo muito que o dia passe depressa e porra, sinceramente acham que só porque se lembram de nós neste dia, isso é suficiente para compensar os outros 364??

 

aviso à navegação: para não ficarem muito tristinhos e com má impressão desta mulher....voltem mais tarde sim?

 

07.Mar.12

LER mais

 

os livros são dos melhores presentes que se podem dar/receber

 

sempre incentivamos a leitura em casa, mesmo que as caraterísticas do Rafa o levem a ter uma obsessão por um determinado tema e seja muito difícil fazê-lo ler algo diferente e que o Quico ainda não ache grande interesse a livros que tenham mais que duas páginas...Mesmo assim, variedade, conteúdos distintos, livros didáticos, alguns mais simples, os miúdos sempre tiveram à disposição e faz parte do ritual, abrir um livro à noite, para ajudar a mantê-los na cama. Cá em casa, embora não haja uma «grande» biblioteca, há bons livros e também os adultos dão o exemplo pois tanto o pai como eu lemos muito e compramos e oferecemos muitos livros em ocasiões como aniversário ou natal.

 

Isto para dizer que embora já sensibilizados para a importância da leitura no desenvolvimento cognitivo e emocional de todos, apreciamos iniciativas como esta:

 

«a semana da leitura»

 

 

decorre até sexta feira nas escolas do concelho e «obriga» os pais a uma participação mais ativa. Já estive na escola do mais novo na segunda feira e hoje é dia de ir com o mais velho, conviver com algumas das ofertas que a escola preparou. Por isso e porque estou esta semana a preparar um evento da APCH - Norte, o blog tem andado um pouco ao abandono...

 

 

mas espero conseguir organizar-me e poder mostrar alguns pormenores

 

 

 

02.Mar.12

o clássico

 

 

cá de casa....

 

não posso deixar de fazer a analogia - se a luta no relvado vai ser acesa, entre vermelhos e azuis, por cá a luta não despega nunca e entre os meus dois rapazes existe uma verdadeira competição onde o empate nunca pode ser o resultado final!!! e os prolongamentos são intermináveis!

 

ontem andaram mais uma vez na disputa - colchão colocado no chão da sala, cambalhotas cada vez mais loucas, empurrões para ver quem chegava primeiro, quem saltava primeiro, quem punha os pés mais alto, quem ficava mais tempo de cabeça para baixo...enfim, absoluta gritaria. Como tive reunião na escola do Quico e cheguei muito tarde a casa, estavam os meus pais aflitos a tentarem separar os dois...

 

e tal como num derby clássico, os meus jogadores querem lá saber do «fair play». Eles fintam, rasteiram, chutam com toda a força as pernas do adversário...até as roupas são rasgadas no calor do jogo (leia-se da luta)

 

Se tenho uma ação direta neste clássico, ela varia entre a arbitragem (que nunca é fácil) e ser mister de um ou outro - entendendo a função de mister como aquele que tem por obrigação dar a melhor tática para vencer (ou chegar ao fim sem mossas de maior!) Só que tal como os treinadores de grandes equipas, sou uma eterna incompreendida - ou sou a melhor ou a pior do mundo (sim, sem meio termo). E então os palavrões que se repetem nos clássicos? pois por cá também se ouvem constantemente. Sou obrigada a tomar decisões de expulsão muitas vezes - agarro um pelo braço, empurro o outro para a outra ponta, dou o jogo por terminado...e descubro que fora das «linhas» eles se aliam para me tramar e voltam à carga assim que podem!!

 

logo mais vai haver clássico - o que se joga na Luz não sei que desfecho vai ter...o que se joga neste cantinho familiar vai concerteza ser bem difícil de dirigir! 

 

{#emotions_dlg.benfica}