Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Mai.12

eles e o bode

 

 

Ter um miúdo com PHDA a ouvir conversas sobre espiões dá nisto

 

O Rafa estava na sala connosco, saltitando e vendo se conseguia ligar o PC da avó quando eu e o meu pai comentavamos sobre o caso das «secretas» e dos espiões portugueses. Como sempre, ele ouve mas apenas «seleciona» pedaços da conversa que lhe despertem mais a atenção (umas das consequências da PHDA é não conseguir ficar atento por muito tempo) e processa a informação à sua maneira. Além disso, ele intrepreta as coisas de modo literal...

 

Algures na conversa, mencionamos a impressão de que todo este caso não vai dar em nada e que no máximo se arranjará um «bode expiatório» que sirva para arcar com as responsabilidades...ora, já em nossa casa, nas loucas brincadeiras com o mano (que implicam sempre correrias, brigas, lutas de wrestling, ninjas e cenas maradas de espionagem à bisa) o Rafa teve esta conversa com o Quico

 

Juro que adoraria ter conseguido um gravador a tempo para registar esta mas apesar de ainda ter tentado ligar essa opção na máquina digital, não tinha pilhas

 

Quico «vamos brincar mano?»

 

Rafa «ok! olha pode ser aos ninjas...»

 

Quico «não, não, já sei - aos espiões mano!»

 

Rafa «boa! olha sabes que em portugal há um bode que espia?» 

 

Quico «quê?? o que é um bode mano?»

 

Rafa «é parecido com uma cabra. Os espiões mandaram o bode espiar...»

 

Quico «mas como é que espia mano? o bode tá disfarçado?»

 

Rafa «se calhar instalaram-lhe uma câmara para poderem ver coisas...e até mesmo um microfone minúsculo...»

 

Quico «também quero ser bode mano, posso ser eu?»

 

imagem tirada da net

 

e lá foram eles brincar aos espiões encantados por terem resolvido o mistério das secretas «tugas»! e andamos nós a querer ouvir o Relvas quando afinal bastava encontrar o bode e tirar-lhe a câmara!

 

 

 

 

 

28.Mai.12

onde está o botão de «pause»?

 

 

e já agora «erase and rewind» para ver se apago este fim de semana e o substituo assim por um, digamos...mais normal!

 

eu até tinha planos normais - qualquer coisa como «neste fds vou cumprir com a minha acção de solidariedade e doar alguma coisa para o banco alimentar...» e juro que não entendo porque é que isto correu tão mal....

 

 

os miúdos tiveram no sábado uma agenda social do mais preenchido - estas solicitações obrigaram-me a um verdadeiro corropio. O Quico teve uma festinha de um colega, mais um aniversário no tal sítio da diversão. Só que foi durante a manhã. Como ele dormiu (desde o acidente da minha mãe foi a primeira vez) em casa dos meus pais, eu tive de ir mais cedo para o arranjar e levar então à festa que tinha início às 10H. Eram dez e vinte quando cheguei a casa e só tive tempo para apressar o Rafa que entretanto claro, continuava de pijama e sem pequeno almoço apesar das minhas recomendações, visto ter às 11H o curso no centro de competências. Lá fui levá-lo, vim a casa, coloquei o almoço a fazer e depois de fazer as camas e estender roupa, ala buscar o Quico ao meio dia. Voltei a casa, dei o almoço ao miúdo, aprontei tudo o resto e fui buscar o mais velho que saía à uma. Entretanto depois das normais tarefas domésticas, voltei a ter de levar o mais velho, desta vez a casa de um amigo para fazerem um trabalho em grupo para a escola.

Aproveitei para trocar posições com o meu pai e enquanto ele tomava conta do Quico, fui a casa da minha mãe para ajudar nalgumas coisas básicas.

Com isto eram horas de aprontar a janta, ir recolher o Rafa e dar as voltas rotineiras até os conseguir meter na cama...até aqui (tirando o entra e sai) tudo rolando!

 

No domingo coisa bem mais difícil - gerir os dois no mesmo espaço por mais tempo seguido. Até à hora do almoço, separei-os o mais que pude....mas eles embirravam um com o outro a cada segundo...Quando o Rafa atinge o ponto de ebulição a tampa salta logo. Ele tem andado muito mais agitado (a prova está também nos 5 recados na caderneta da escola que trouxe nos ultimos dias). Qualquer coisa e a sua impulsividade surge num apice (como aliás é a impulsividade). Estava eu a tirar o almoço, os dois embirravam por causa do comando da TV da sala, o mais novo queria escondê-lo para negar o acesso do irmão a um canal «dos chatos» (Discovery) e o Rafa gritava, esbracejava e tentava a todo o custo levar a dele a avante. Ora, como mais velho por norma consegue sempre o que quer, pela força bruta. Tentei separá-los mas parece ter a força de Golias nestas alturas! Tirou o comando da mão do Quico e fez um movimento com o joelho que lhe acertou na barriga. O Quico sentiu-se duplamente frustrado e quando vi o que ia acontecer corri mas não fui a tempo - vi a faca a voar pelo ar (a mesa estava posta, as facas eram as do talher) e senti o embate como em mim...no ecrã da TV. E pronto - lá se foi o nosso belo LCD...

 

 

 

imagem retirada da net

 

 

Obviamente não é pelo televisor em si (embora isto agora vá ser outro berbicacho) mas toda a cena, principalmente o final e as consequências arruinaram por completo todos os meus planos. Depois de ter feito um esforço sobre humano para não desatar a espancar os putos, depois de ter de me acalmar a mim e a eles (entretanto o Rafa histérico tinha dificuldade em acreditar que já não tinha TV e mexia-lhe por todo o lado, enquanto o Quico desatou num pranto profundo) lá tive uma conversa com os dois onde impus os castigos comuns (não vão ter direito a prenda do dia da criança) e avisei que não iria tolerar qualquer comportamento que desrespeitasse as regras de - falar baixo, não discutirem, correrem pela casa, desarrumarem sem voltarem a arrumar. Muito previsivelmente, passei o resto do dia a relembrá-los (em especial ao Rafa) dos castigos e regras...

 

A minha cabeça continua em água, até porque dominar a frustração que entretanto se apoderou do mais velho, acabou por ser mais desgastante do que o incidente propriamente dito. Nada me saberia melhor do que apagar isto tudo e voltar a sexta à noite...caramba!

 

 ...

 

23.Mai.12

Criança impedida de ir à escola por ser hiperativa

 

 

Uma criança de seis anos foi impedida pela direcção escolar de frequentar o estabelecimento de ensino onde estuda, em Viana do Castelo, esta quarta-feira. Está "suspensa" alegadamente devido ao comportamento hiperactivo. 

Durante cerca de uma hora, a criança e os avós, que assumiram a tutela desde o primeiro ano de vida do menor, estiveram à porta da Escola da Avenida, na cidade de Viana do Castelo, mas, da parte da direcção, receberam apenas o pedido para terem "paciência" e que a criança estava "suspensa" devido ao seu comportamento. 

"Ele é hiperactivo, não pára um segundo e isso é verdade. Não tem mais nada de especial e estava a ser acompanhado por uma especialista aqui na escola, porque, em casa, o comportamento é praticamente normal", explicou o avô Vítor Araújo. 

A situação e os alegados conflitos da criança na turma do primeiro ano são conhecidas desde Setembro, nomeadamente com episódios de violência até sobre alguns colegas, professores e auxiliares, mas tudo se agudizou na semana passada. 

"Numa destas crises, partiu uma janela e o agrupamento de escolas deu ordem que quando acontecesse alguma coisa do género, tinha de ir para o hospital. Mas nós só fomos avisados quando ele já estava lá", acrescentou Ana Paula Silva, a encarregada de educação, que trabalha a poucos metros da escola. 

A criança, que alegadamente reage mal quando contrariada, passou os dias de sexta, segunda e terça-feira sem ir à escola e fez, entretanto, nova troca de medicamentos "para tentar ajustar o comportamento". Preparava-se para regressar esta quarta-feira.

Os avós chamaram a PSP de Viana do Castelo ao local e apresentaram queixa sobre o impedimento da criança frequentar a escola, nomeadamente por não terem qualquer justificação para esta suspensão e tendo em conta a sua idade e falta de alternativas da própria direcção. 

O Ministério da Educação assumiu que a decisão de impedir a criança de frequentar a escola, em Viana do Castelo, foi tomada em conjunto por médicos e direcção da escola para "segurança de todos".

 

Esta notícia foi retirada na íntegra da edição on-line da RR

 

Não conheço o caso em particular mas até gostaria de fazer um apelo aqueles avós/encarregados de educação para entrarem em contacto com a Associação Portuguesa da Criança Hiperativa (na Zona Norte 918691972) para tentar obter mais esclarecimentos. Acho mesmo que podiamos intervir neste caso, é para isso que a associação existe.

No entanto realço não é caso único, não é a primeira vez que crianças com perturbações como a PHDA (diagnosticada efectivamente) são impedidos pelas escolas de a frequentarem com a conivência de outros pais, para alegadamente «protegerem» as outras crianças. E quem protege a criança com PHDA? e porque razão a ignorância e a incompetência de quem comanda a escola prevalece sobre a razão?

 


22.Mai.12

Adquirir competências

 

 

para mim uma questão que se torna essencial na educação de qualquer criança

 

«o que falta às crianças de hoje?» muitos pais dirão «nada!» de um modo geral, as nossas crianças têm muito mais do que qualquer criança de gerações anteriores - mais acesso à educação, saúde, bens materiais, mais tempo para serem crianças. Digamos que teoricamente, as crianças nunca tiveram tanto como agora - nunca nenhuma outra geração proporcionou tanto, quis tanto oferecer um mundo sem preocupações, mimou tanto os seus filhos como os pais de agora!

Teoricamente...

 

Claro que temos aqui que colocar o outro prato da balança - e não falo sequer dos que por razões diversas (económicas, afectivas, sociais, ambientais, entre outros factores nunca chegam a ser crianças). O outro lado para os que conseguem ter uma vida «comum», tem, mesmo assim um outro peso. Nunca como agora se evidenciaram os problemas dos mais novos, nunca como nos nossos dias se relacionam esses problemas com atitudes mais permissivas (o dar tudo e pouco exigir) dos educadores actuais. E a verdade é que os pais cada vez sentem mais dificuldade em saber «como» educar. E sentem que estão a perder o controlo e que são muitas vezes dominados pelos «pequenos ditadores» em que deixam os filhos transformarem-se. E colocam as mãos na cabeça quando percebem que as atitudes dos mais novos extravasam a porta de casa, sobem de tom nas escolas, quebram regras socias e cívicas.

Cai-se então muito facilmente nos dois extremos - por um lado os que querem a todo o custo redimir essa inversão do comando e o fazem com recurso a uma autoridade baseada na imposição e no medo (não pelo respeito, antes pelo autoritarismo). Por outro lado os que consideram fundamental «desculpabilizar» atitudes menos corretas, quer através da anulação do seu papel de pai/educador, quer confundindo disciplina com alguma perturbação providencialmente adquirida...

 

Os meus valores foram alterados com a maternidade. Mais ainda se alteraram quando confrontada com uma criança que desafiava o meu conjunto de valores e punha em causa o que julgava ser a base da sua educação. E alteraram-se novamente até conseguir aceitar essa criança tal como ela é! Foi um percurso longo e penoso que obrigou a mudanças interiores e a uma aprendizagem constante. Aprendizagem que muitas vezes é autodidata e apenas orientada pelo recurso «erra, volta a tentar». Não critico quem compra resmas de livros, bem intencionados, com ditames de moda que se tornam obsoletos quando um autor ganha «terreno» a outro, até ali considerado o supra suma da sabedoria. Simplesmente acho que os pais seguem cada vez menos os instintos parentais e por isso se sentem tão inseguros. No entanto, considero fundamental que se reflicta sobre a tal questão «o que falta às crianças de hoje?».

Para os que se dedicam a este tema, o caminho parece ser o das competências. Mais do que apostar na instrução, devemos então apostar nos valores. E dar às crianças as ferramentas para edificarem o seu futuro. E isso trabalha-se, adquire-se.

Na minha modesta opinião acho que para além da nossa (pais) orientação, devemos então procurar programas adequados que tenham como princípios a formação cívica, promovam as competências e despertem as crianças para a proactividade. 

Desde que o Rafa me «obrigou» a procurar alternativas ao ensino «amorfo» que temos no nosso país, um ensino que priveligia os resultados quantitativos e não passa de um acumular de «notas» atribuídas e que muitas vezes nem correspondem ao real saber do aluno, teimei que nunca o pressionaria para esse tipo de avaliação mostrando-lhe a importância de procurar antes de mais, construir o seu futuro com base no empenho e no esforço. Mostrar-lhe que é competente e que pode criar um percurso que o motive e que o torne (o que todos queremos para os nossos filhos) FELIZ!

Os testes de perfil psicológico do Rafa sempre demonstraram uma forte «vocação» para as áreas das matemáticas, ciências, tecnologias, no entanto também mostram níveis muito baixos de relacionamento interpessoal, fracas competências sociais, baixa auto estima (algo que numa criança com PHDA não é de estranhar).

 

Tendo em conta tudo isto, decidi-me a inscrevê-lo num projeto que já tem raízes sólidas e que acredito trará maior confiança ao meu filho, explorando as tais «limitações» e que para um miúdo com uma perturbação neurocomportamental (tantas vezes penalizado por isso na escola) será de certeza uma ajuda preciosa.

 

Quem quiser conhecer aqui fica o link www.skillsgym.pt 

 

Ele iniciou no passado sábado e o meu trabalho de casa é assegurar que o mantenho motivado de sábado a sábado...Os progressos que me parecerem dignos de registo (ou o fracasso da aposta) virão a post neste blog!

 

21.Mai.12

Escola de Pais

 

A APCH - Norte vai promover mais um ciclo de sessões da Escola de Pais, uma iniciativa que visa dar resposta às muitas solicitações de pais e educadores, relativamente a temas pertinentes e dúvidas frequentes com a educação de qualquer criança.

 

Esta primeira sessão irá decorrer na nossa sede em São João da Madeira, piso nº 3 da Casa das Associações, no próximo dia 2 de Junho, sábado, pelas 10H00 e tem como orientadores os psicólogos Dr. Ivo e Drª. Vanessa.

 

Estão abertas as inscrições através de telefone 918691972 ou no local, até dia 31 de Maio. O valor por sessão é de 5,00€. (limitado a 20 pessoas)

 

 

Participe e divulgue!

 

Texto do blog www.apch-norte.blogs.sapo.pt 

19.Mai.12

não é crime aproveitarem-se da loucura?

 

 

depois de ver as tristes cenas à porta do Pingo Doce e Minipreço aqui da minha zona (ainda por cima um pertissimo do outro) estou convencida que uma loucura qualquer de proporções ainda por investigar, se apoderou dos portugueses

 

Juro que não entendo de onde vem tanto dinheiro para correrem às promoções...estamos a dia 19/20 do mês...ora ainda não caíram ordenados, desta vez era preciso comprar no PD 25€ em outros produtos para levarem a carne com desconto de 50%. E tiveram de racionar aos 10k p/pessoa porque a loucura é tanta que acho que se não o fizessem, era bem capazes de haver pessoas a levarem as arcas congeladoras para as carregarem diretamente no local!

No Minipreço nem carne havia desde quarta feira e mesmo assim, 50 pessoas estavam à porta para tentarem avistar primeiro o camião das entregas...

 

Ando agora com verdadeira fobia às promoções e estou seriamente tentada a descobrir se, perante a lei, não terei direito a pedir uma indemnização por danos morais (tanto por conseguir, como por não conseguir chegar às ditas promo)

Mas o que mais me irrita é a constante constatação de que por cá, o pessoal é facilmente manipulável (se nisto se deixam levar tão facilmente, agora entendo porque o país está como está) e qualquer coisa que meta a palavra «promoção» passa a ser imprescindível para levar para casa - se no próximo fim de semana a promoção for nas caixas de fósforos, mesmo que tenham de comprar 100€ de outras coisas, não vão faltar magotes de gente a esgotar os fósforos das prateleiras e a querer aproveitar até à última centelha....

 

Já agora - não poderá haver aqui lugar para uma caça aos «prevaricadores»? não é crime aproveitar a loucura dos outros para tirar proveito disso? será que estes supermercados não poderão ser responsabilizados por «incentivo à loucura coletiva»?

 

 

 

18.Mai.12

conversas improváveis

 

o Quico

 

«mãe, as pessoas quando ficam muito velhinhas, assim como a nossa velhinha, morrem?»

 

eu (pensa Teresa, vê lá o que dizes para não o traumatizar)

 

«humm, sim...acabam por morrer Quico»

 

ele

 

«mas eu não quero morrer mamã...»

 

eu (ai, tadinho, já a pensar nestas coisas)

 

«sabes, não precisas de pensar nisso agora, ainda falta muuuuuito tempo para seres velhinho»

 

ele

 

«mas onde ficam depois as pessoas mamã? vão para o céu?»

 

eu (pronto é agora, tem cuidado Teresa, pensa bem...)

 

«sim, algumas vão para o céu...»

 

ele

 

«porque vão para o céu mamã?»

 

eu (não dês explicações longas, olha o trauma...)

 

«porque é um bom sítio para se ficar depois de morrer...»

 

ele

 

«e onde comem? nos restaurantes?»

 

eu (caramba...como foi ele pensar nisto?)

 

«bem, sim, nos restaurantes do céu...»

 

ele

 

«mas os restaurantes são pesados mamã e as nuvens são frágeis...»

 

eu (ui...frágeis? o rapaz tem conceitos avançados, pensa no que vais dizer...)

 

«bem, depois de morrer tudo fica muito leve...mesmo as pessoas e os restaurantes...»

 

ele

 

«bem....espero que a lasanha não voe mamã!»

 

{#emotions_dlg.lol} opá! a cabeça deles é mesmo «descomplicada»! porque é que temos de complicar ao longo dos anos?

 

 

 

 

 

 

16.Mai.12

e um mês depois

 

 

a minha mãe continua a ter de aprender a lidar com as sequelas da queda e consequente operação à anca

 

A operação que fez consiste na substituição da superfície articular do acetábulo e do fémur por materiais artificiais. A intervenção pode ser executada de vários modos e por várias abordagens - é a chamada Artoplastia Total da Anca

Após a colocação de uma prótese da anca, existem cuidados que se devem ter em conta. Caso isso não aconteça, pode ocorrer luxação da prótese.

 

 

Não deverá efectuar os seguintes movimentos
(Flexão acima dos 90º; Adução; Rotação Externa)

 

 

     

 

 

Em casa deverá também utilizar certas ajudas técnicas para facilitar as diversas tarefas

 

 

 

 

Na próxima sexta feira terá a primeira consulta de ortopedia pós-operatório. Vamos ver se inicia uma reabilitação com fisioterapia. Entretanto, continua a sentir muita dor principalmente durante a noite e por isso também está numa fase menos otimista.

Tento subir-lhe o astral e todos os dias lhe levo miminhos mas ela sente-se pouco confiante...tem, claro muitas saudades dos netos e da vida bem enérgica que levava. O meu pai tem-se esforçado para lhe dar o seu total apoio e compreensão, mesmo quando ela «rabuja» por não conseguir fazer em casa as tarefas que tanto gostava...e que os outros não conseguem fazer como ela!

 

Os miúdos, principalmente o Quico, sentem imensa saudade. Foi (está a ser) uma adaptação nada fácil para todos. Como sou eu que ajudo em muitas das rotinas diárias da minha mãe, também me sobra cada vez menos tempo e por isso, os meus filhos ressentem-se. Obviamente tento compensar (mesmo que tenha de deixar alguns afazeres domésticos e pessoais para bem tarde)  para continuar a dar a cada um deles o «seu» momento com a mamã...algo que fazia desde há muito e que permitia que eles se acalmassem das suas habituais euforias pós escola. Mas confesso que manter a casa funcional, dar a assistência necessária às coisas da bisa, ter de controlar os dois, tirar tempo para manter o projeto da APCH vivo e continuar a ter a mesma disponibilidade

exigiria uma super mulher...e isso eu definitivamente não sou!

 

 

 

 

14.Mai.12

existe uma linha

 

 

que separa a ficção da realidade....

 

só que cá em casa, ela está muito esbatida {#emotions_dlg.lol}

 

 

 

 

a bisa, vestida pelo Quico

 

 

 

o Quico vestido pela bisa

 

os miúdos divertiram-se à brava e ela também 

 

e quando a coisa corria mal, havia sempre maneira de expressar a posição, mesmo que fosse do contra, tal como quis mostrar o Quico com esta viragem de todos os objetos para a parede

 

 

 

apesar do calor, ou por causa dele, ficamos por casa este fim de semana, o Rafa a recuperar da tosse que o tem incomodado, o Quico a ser o único que andou fora de portas, no sábado para o aniversário de uma amiguinha da pré, cujo prato forte foram os saltos em insufláveis e corridas por entre escorregas - única condição para ficar sozinho na festinha «não quero comer bolo da S. mamã»

 

De resto a correria mantém-se por estes lados, como não poderia deixar de ser! cá vem mais uma enérgica semana (e se eles voltarem a adormecer perto das 24H, garanto que vou dormir para o carro...)

 

11.Mai.12

será sexta 13?

 

 

terá o calendário algo de errado ou estarei enganada na data?

 

os dois ficaram em casa - o mais velho com uma tosse danada {#emotions_dlg.ill} passou a noite a vomitar e com dores no peito de tentar arrancar à força a expectoração que o entope...o mais novo por pura solidariedade fraternal {#emotions_dlg.sarcastic} não foi à escola - porque é que não o arrastei? porque à hora de sair, estava o mais velho na agonia dos vómitos e claro, furar a rotina dá sempre em complicação a quintuplicar...estar mais de uma hora para tirar o pequeno de casa, não estava nos meus planos....

 

é que não podia haver dia pior - de manhã era suposto ter uma reunião importante para os projetos da APCH - Norte. De tarde queria ter organizado as tarefas domésticas, ao final do dia palestra interessante a que não queria mesmo faltar a convite da escola do mais novo...

para além do apoio à minha mãe que como sabem está ainda «imobilizada», até porque o meu pai tem andado mais «queixoso» o que quer dizer que não anda nada bem!

 

para piorar o cenário, posso garantir que ficar com o Rafa doente, é do mais chatoooooo que existe - ok, pronto é também muito mau ter qualquer criança doente...mas o Rafa é mesmo muito chatooooooo! ele geme, ele resmunga, ele chama a todo o instante, um terror, parece que está a «morrer» (salvo seja...)

 

aiiii! que passe depressinha esta sexta sim? 

 


Pág. 1/2