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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Jul.12

Lindo mesmo...

 

 

 

 

 

 

 

e já tão crescido! faz hoje 6 anos cheios de Vida




e este vai ser um ano de viragem, o meu piolho, praticamente acabado de nascer (são sempre bébés para as mães) vai ter já em setembro uma nova etapa de vida com a entrada no ensino básico. Muito vai também mudar na sua forma de ver o mundo - seja o que for que lhe estiver reservado espero que nunca perca o sorriso maroto com que nos brinda todos os dias e o ar de quem nunca desiste de um desafio!

 

Parabéns Amor - todos nós (pais, mano e avós) sentimos que sem ti a nossa vida não seria tão rica

 

 

 


29.Jul.12

Medidas drásticas

 

 

afinal o que são medidas drásticas quando falamos de atitudes nossas (pais) perante determinado comportamento deles (filhos)

 

 

para muitos pais uma medida tomada no limite, nem sempre racional, muitas vezes com o objetivo de marcar uma posição, certamente alguns já se sentiram «obrigados» a ela - mas o que é realmente uma medida drástica? o que já fizeram vocês em relação a um comportamento menos adequado do(s) vosso(s) filho(s)?

 

vá lá! digam-me por favor o que já tiveram «coragem» de fazer a ver se me convenço a mim própria que não fui tão drástica assim... 





26.Jul.12

sentido pragmático

 

 

a poucos dias de fazer 6 espevitados anos de vida, o Quico mostra o seu pragmatismo (ou talvez não)

 

«mãe, vais convidar amigos para a minha festa?»

 

«bem querido, alguns amigos teus já estão de férias, como também não vais à tua escola desde junho, não sei se vou conseguir juntar muitos...»

 

«esquece mãe, esquece. Tu gastas dinheiro na festa pois é? então, fazes uma festa para mim e para o mano, só para nós, dás uma prendinha ao mano pequenina e muitas para mim, ok?»

 

Já na listagem dos pedidos, incluindo o tipo de bolo, parece estar menos virado para o corte orçamental

 

«olha quero uma pista ataque do T-Rex mais uma pista ataque do tubarão, mais um novo skylander, mais dois carros da coleção Faísca, mais gormitis, mais....»

 

«o bolo eu quero um com chocolate, chantilly, morangos à volta, tem de ter um vulcão com lava e um T-Rex, um braquiossauro, um spinossauro, um...»

 

 

espero estar à altura de tamanha expectativa {#emotions_dlg.lol}

 

 

24.Jul.12

serralves aqui tão perto

 

nem só de praia, campo ou rio se faz o verão

 

mesmo cumprindo os «critérios» destas férias - perto e barato(no nosso caso mesmo gratuito pois somos clientes BPI), podemos ir longe na imaginação (não fosse a imaginação andar em baixa e podiamos ir mesmo muuuito longe!)

Desta vez, aproveitando o último dia de férias com o pai, resolvemos levar os miúdos a Serralves. Local de eleição nos meus tempos de estudante, já hà muito não me passeava pelos seus jardins, nem me deleitava com as suas exposições.

Embora tudo seja vivido na nossa família num modo muito particular (quem tem uma criança com PHDA sabe bem as dificuldades de andar fora de casa, principalmente em sítios onde existem muitas pessoas e muitas regras a cumprir...) quero que as minhas crianças usufruam de várias actividades lúdicas, artisticas, culturais, enfim, tudo o que sejam experiencias que a meu ver enriquecem qualquer vida.

 

Assim, depois de muito benzer (como quem diz, muita concentração nos pormenores para que hajam o mais civilizadamente possível em público) lá nos arriscamos a entrar na fundação.

 

Aos domingos, o programa Famílias em Serralves foi o mote para os levar a ver uma experiência na área das energias renováveis. A entrada permite disfrutar dos jardins, passear ao longo da quinta até ao Lagar, local onde voluntários conduzem as crianças e famílias por diferentes temas. 

A aventura ficou registada em fotos e muito na nossa memória, por entre corridas no parque, a cara de espanto do Quico perante as esculturas, a alegria das suas brincadeiras, a curiosidade e traquinice da experiência que tiveram oportunidade de realizar

 

 

impressionado pela grandiosidade

 


 correram pelos «labirintos» de vegetação

 

 

 

observaram os animais

 

   

 

entusiasmaram-se com os carros fotovoltaicos

 

 

 

 

 

tiveram direito a lanche após a construçao de um mini forno solar

 

 

 

o Quico fartou-se de esperar e comeu a salsicha antes mesmo de ela estar tostadinha pelo sol {#emotions_dlg.lol} 

 

Mesmo sem contar com a terrível provação de os manter na ordem, fazê-los obedecer à mais simples regra, o ter de fazer toda a viagem (ainda que curta) em constante tensão, vale a pena aproveitar! aconselho vivamente a quem estiver no norte uma passagem pela Fundação Serralves para um dia diferente que também pode para muitos, ser bem relaxante 

 

 

 

19.Jul.12

encontros com a Lei & Ordem

 

 

isto de nos fazerem parar na estrada tem muito que se lhe diga

 

Já por cá falei várias vezes da dificuldade de uma simples viagem de carro com as minhas duas crias. Não é fácil em qualquer circunstância, muito menos em pleno verão, com um miúdo que para além do PHDA tem verdadeira fobia a espaços fechados e que por isso circula sempre com vidros abertos, cabeça de fora, fazendo strip até ficar quase sem roupa e gritando o tempo todo - por causa disso, o outro miúdo faz praticamente o mesmo com a agravante de se pendurar para fora da janela com a viatura em movimento.

Fácil é portanto imaginar as cenas que passamos para fazer uns metros que seja, até porque fazemos grande parte do tempo em pára - arranca com o pai totalmente em desespero e mirabolantes discussões.

Não é pois com satisfação que nos lançamos à estrada e fazemo-lo apenas quando se torna inevitável. Para além das preocupações com a segurança e o respeito pelas leis do trânsito, tenho de pedir a todos os anjos e santos que nos guardem de qualquer encontro com brigadas e afins...

 

Ora numa das nossa deslocações para a zona da Costa Nova, relativamente perto de casa apanhamos com uma equipa de senhores agentes da Lei para grande alegria dos putos que adoram encontros destes e muita aflição nossa...mal os avistamos o pai avisa - sentados quietinhos e muito sossegados, com cintos no lugar, está ali a polícia...e eu pensei bolas é desta...

Claro que o aviso do pai despoletou a imediata curiosidade deles em especial do mais pequeno cuja ambição para quando for grande ainda passa por ser um senhor polícia que prende os maus, usa pistolas porque pode e dá pontapés à vontade...

Quando chegamos perto já o Quico estava quase na frente tentando passar para o lugar de condutor. Fazem-nos sinal e encostamos, a conversa inicia-se com o habitual pedido de identificação e documentos da viatura. Miúdos alerta, quase por cima de nós para verem de perto e falando ao mesmo tempo dos agentes...a conversa foi mais ou menos assim (algumas frases ficaram por registar pois o meu cérebro estava demasiado ocupado com preces e orações)

 

Quico - «ei, senhor polícia tens uma pistola? e algemas? posso ir ao teu carro?»

 

agente impávido

 

Quico - «ei, gajinho, não ouves?»


Rafa - «então? não andamos, anda pai, deixa lá isso...» 

 

agentes a tentar ignorar mas já com ares de quem vai puxar pela autoridade

 

Quico - «anda papá, e tu polícia olha que eu dou-te um pontapé na pila...» socoooooorrro (ele disse mesmo aquilo)

 

eu bem tento metê-los no sítio mas às tantas o Rafa salta para a frente e começa a gritar que vai vomitar porque tem muito calor...ele quer sair, os agentes olham para ele e olham para nós, olham uns para os outros e nota-se que não sabem o que devem fazer.

O Rafa abre a porta do carro, o Quico quer mostrar ao agente os documentos dele (uma carteira velha onde guarda cartões que vamos deixando de usar, incluindo cartões antigos de uma biblioteca que ele acha serem cartas de condução)

Um dos agentes diz «eles são complicados, isto é sempre assim?» e eu «tem dias melhores e outros piores...» o agente vê que está tudo bem em relação ao carro mas faz um sermão sobre a necessidade de circular com as crianças em segurança. Verifica a cadeira do Quico e pergunta a idade do Rafa. Acha-o grande mas deveria circular num banco diz. O Rafa desata a gritar «achas? eu nem consigo lá sentar-me...»

o Quico volta  a querer ir com o polícia para ele lhe mostrar a esquadra...

Depois de umas quantas admoestações e de verem se os miúdos se sentavam lá nos mandaram arrancar...eu que olhei pelo retrovisor ainda os vi a abanarem a cabeça e os gestos que fizeram....da próxima vamos pedir aos agentes que levem os putos com eles...

 

 

 

17.Jul.12

férias da treta

 

 

parece que está na moda mostrar aos portugueses que podem ter umas belas férias mesmo ao lado da porta de casa...

 

e o que eu odeio aqueles anúncios ai e tal, os portugueses vão ter as melhores férias de sempre, explorar a praia mais perto e fazer piqueniques ao lado de casa com quem mais gostam....ora! a malta pode andar tesa mas nem todos perderam os miolos! quem diz que ter férias ao lado de casa é mesmo bom só pode morar num hotel junto a uma praia do sul...

 

então há lá coisa mais deprimente do que ter de acordar cedíssimo para preparar a marmita do dia, fazer a malinha térmica (e se se esquece o gelo fora da geladeira na noite anterior?...), acomodar na carripana a tralha toda, passar as filas para chegar o mais rápido possível a ver se arranja lugar...para no final do dia fazer tudo novamente, chegar a casa estafados, correr a dar banhos, preparar a janta (que ainda por cima tem de compensar as sandocas com que se andou a encher a barriga durante o dia), passar a ferro, preparar as tralhas para o dia seguinte e recomeçar tudo outra vez?!! (sem contar que se viver no norte, no máximo deve ter tido um belo dia de vento, a tentar afastar a areia dos olhos e a enregelar os ossos se se atreveu a ir molhar o pezinho...)

 

além do mais, fazer férias ao lado de casa é ver os mesmos vizinhos todos os dias, ter de aturar a famelga que mora perto, continuar a discutir pelo comando da TV quando se chega a casa, ter de nadar sempre a olhar para o relógio porque há coisas mesmo ao lado para fazer....

 

e depois, meus amigos há coisas que simplesmente não combinam - tipo: «férias perto de casa e gastando pouco dinheiro». O que fazemos nós todos os dias do ano? andamos perto de casa e não gastamos muito...

 

podem dizer o que entenderem mas não venham cá apelar a férias da treta por favor! mais vale logo dizerem que este ano os portugueses não precisam de férias porque a maior parte está desempregada {#emotions_dlg.brrrpt}

 

 

(o meu humor está do melhor, nota-se muito?)

 

13.Jul.12

o estado da nossa Nação

 

 

 

 

 

 

 

(entenda-se nossa nação como nossa casa) depende e muito do estado do nosso espírito

 

e o nosso tem andado muuuuito ocupado....desenganem-se os quer, por verem imagens pacíficas, julgam que a paz reina por estas bandas {#emotions_dlg.lol}

 

é verdade que temos aproveitado à nossa maneira...coisa que por cá significa muita agitação à mistura com aventuras de nos deixar de cabelos em pé!

 

 

 

e se isso vale um post, terá que ficar para quando a calma o permitir....agora vou ali mergulhar e já venho!

 

 

 

10.Jul.12

Retrato de Verão

 

 

ou o retrato possível do verão possível...

 

podia falar de muita coisa. Tanto que tem acontecido nesta sucessão de dias em que tenho andado menos assídua por cá. Podia descrever muitas cenas desde as mais doidas às mais originais. Retratos de uma vida tocada pela PHDA. Qualquer que seja o cenário, a perturbação do Rafa continua a ser a principal tela onde se misturam as mais variadas cores, os mais diferentes tons, os traços mais vincados.

 

Mencionei por alto no post anterior que o pai está por cá estes dias. Um acidente (não grave do ponto de vista físico) acabou por «obrigar» a férias antecipadas - só as esperávamos a quatro lá para finais de julho. Aliás esperava colocar o Rafa num campo de férias (tanto para o ocupar como para me desocupar a mim por um par de horas por dia) e esperava fazer o Quico participar nas idas à praia com o CAF da pré. Mas as voltas da vida trocaram-me os planos (como se isso já não fosse algo habitual puff...). Portanto mais cedo que o previsto vi-me com os três homens da minha vida ao mesmo tempo no mesmo espaço. Sem actividades planeadas e sobretudo sem a minha preparação mental. Garanto que isso faz toda a diferença para o retrato final.

 

Deixei-me guiar ao sabor dos dias (e guio-me como os antigos, olhando pela janela de manhãzinha - se o sol espreita ou se está envergonhado, para assim decidir se saímos ou ficamos dentro de portas) que tanto podem começar com uma birra monumental como com um vendaval de vozes, correrias e gritos por entre espadas, escudos e pistolas de brincar. Quase sempre seguimos o ritmo alucinante dos miúdos e acabamos por fazer mais num único dia, que muita gente fará em todo o verão - exemplo? podemos fazer os 2800 km de parque biológico de Gaia, ver todas as criaturinhas que por lá circulam em semi liberdade, visitar as exposições patentes, fazer o percurso das quintas, olhar pelos binóculos até o mais pequeno insecto

 

 

e mesmo assim, chegar a casa, fazer o jantar enquanto eles montam um cenário de índios, dar banhos como se estivéssemos a assistir a competições olímpicas de mergulho (com apetrechos apropriados e tudo) e ainda dar uma volta pela cidade em bicicleta, terminando a noite com o verdadeiro espírito guerreiro em alta - sendo que eles nos declaram guerra sem tréguas porque simplesmente não querem ir para a cama...

 

E o que dizer do retrato de um típico dia em casa - depois de decidir-mos por entre muita discussão entre irmãos qual o filme que vamos ver, as pipocas divididas até ao último grão de milho, as bebidas religiosamente verificadas (não vá um copo estar mais cheio de chá gelado que o outro), os lugares ganhos quase em batalha campal - o melhor é sempre o lugar que pertence ao outro (mesmo que o sofá enorme possa levar com mais três pessoas) lá começa o fadário de ver e rever as cenas, na guerra por quem tem o comando, quem decide o volume do som, quem orienta a imagem (agora em versão LCD mini, pois que ainda não se prevê nova aquisição que reponha a que destruíram). Fatalmente o filme será interrompido mil vezes antes do fim, recomeçando sempre tudo de novo, enquanto o Quico assobia, grita estridentemente, salta por cima do sofá ou se posiciona em frente à TV e o Rafa grita histericamente, belisca o irmão, pontapeia tudo, manda calar aos berros, solta uns palavrões...Findo o período de histeria colectiva, pais e filhos olham uns para os outros, decidem que o filme já não interessa nada, calma relativa enquanto o mais velho muda o rumo do assunto arrastando o pai para o pc e o mais novo insiste em jogar às lutas ou brincar aos cães...

 

e lá vamos compondo este retrato que apesar de todas as nuances, tentaremos que tenha sempre bem delineadas as figuras principais!

 

 

 

 

 

05.Jul.12

via desemprego (parte mil e quinhentas)

já há muito que não relatava por cá a minha «saga» no duro percurso do desemprego
na verdade, não tenho tido grande tempo para actualizar o blogue (infelizmente não porque tenha regressado ao mercado de trabalho) sobretudo porque as minhas obrigações diárias são mais que muitas e quando consigo colocar ordem nas coisas, estou literalmente a cair para o lado. Os miúdos em casa, um com PHDA agora sem medicação que nem dorme nem deixa dormir, férias forçadas do pai que teve de parar devido a um acidente, muitas tarefas de rotina que na nossa rotina muito própria desgastam o triplo do normal, imprevistos que nos fazem andar a mil...enfim!
Apesar de tudo continuo a ficar atenta a qualquer oportunidade, tenho alguns contactos que me vão alertando e faço as diligências necessárias na procura activa de emprego. As ofertas são poucas, a maior parte num mercado precário, algumas limitadas a critérios de idade que já não cumpro ou de experiências em áreas técnicas que não tenho. Por isso, quando na minha folha da apresentação quinzenal obrigatória vem uma informação em destaque, referindo que existem ofertas de emprego na minha área que correspondem ao meu perfil de inscrição, é claro que não hesito e tento chegar a elas.
Pois que já não é a primeira, nem a segunda, mas sim a terceira vez que corro para a net e através do portal do governo tento aceder (tal como vem explicado na tal informação) às ditas ofertas e o que acontece??? nada, NADA, nadinha!!! ou seja, as ofertas nem existem ou as páginas a que tentamos aceder não estão activas...Ora isto só pode ser obra de quem gosta de gozar com a situação do desempregado! então e se contacto directamente o centro de emprego para saber das tais ofertas? ora pois fico a saber que elas de facto não constam...provavelmente porque já foram ocupadas (explicação pouco convincente até para quem ma deu...)
e pronto, foi mais um ponto da situação que comprova a balbúrdia e incoerência deste país - uns são fintados pelas instituições, outros fintam as instituições (até canudos conseguem sem nunca terem cursado realmente um curso e coisa assim...)
e porque o tempo é mesmo curto e enquanto escrevo a casa quase vai a baixo com a gritaria e pinotes dos meus miúdos (pai estafado a correr atrás deles) deixo-vos com esta 
Quico: «Mãeeeee!!! as galinhas têm cérebro?»
responde o Rafa: «as galinhas sim, o Coelho é que não!»
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