Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Mar.13

das mãos prendadas

 

 

da Avó vão sair os mais doces miminhos com que celebraremos mais uma Páscoa

 

 

será este ano menos doce pela ausência de alguns membros da familia, fruto desta época menos afortunada...mas teremos presente que esse esforço é para muitos ainda mais duro, ainda mais amargo - será em muitas casas uma Páscoa muito sofrida!

 

 

o tempo não ajuda muito e esta falta de sol e brilho tira também o encanto da Páscoa primaveril que recordo de tempos de infância

por isso, para ajudar a chamar o sol, colocamos na nossa porta uma prendinha da Avó, feita com muito carinho

 

 

 

 

 

 e com este toque de festa vos deixo votos de uma Boa Páscoa!




23.Mar.13

92!

  

não é certamente para qualquer um, poucos conseguem lá chegar com saúde e meios suficientes para gozarem sem pressão a longevidade com que a Vida os brindou!

 

mas a minha Avó é um desses seres privilegiados que se podem dar ao luxo de ter aos 92 um organismo a funcionar sem maleitas de maior, conseguir ainda uma lucidez perfeita e uma excelente memória 

 

sendo assim, há realmente motivo para celebrar!

  

 

 

 

e porque ainda recentemente foram publicados estudos que dão conta de que o mau feitio ajuda a prolongar a média de vida, a minha Avó terá ainda muitos anos pela frente {#emotions_dlg.lol}

 

 

rezingona,

ciumenta,

apreciadora de lasanha feita em casa

doces caseiros e vinho do porto

adora meter-se onde não é chamada

tem sempre resposta pronta

adepta ferrenha do seu benfica, nada lhe dá mais prazer do que ver os encarnados campeões

 

 

 

a nossa bisa «velhinha» está hoje de Parabéns!




20.Mar.13

Primavera - tempo de suplemento

 

o tempo muda na Primavera e muito muda no nosso organismo

 

A criança portadora de PHDA começa muito cedo a manifestar certas caraterísticas relacionadas com problemas na alimentação. Muitos pais referem o inicio da toma da medicação, nomedamente do meltefedinato (concerta, ritalina, rubifen) como fator de mudança no apetite e que leva a um período de má nutrição, dado que a criança não sente fome e não se alimenta convenientemente. Mas a maioria dos pais aponta desde os primeiros tempos de vida da criança uma dificuldade óbvia que se prende com a incapacidade de se sentarem e comerem sossegados.

Não existem infelizmente, estudos adequados que demonstrem as razões para que sejam detectadas em crianças com PHDA  carências em alguns nutrientes essenciais ao desenvolvimento e nutrição do cérebro. Embora não se percebam as razões, a verdade é que crianças com PHDA têm maiores défices de elementos como ferro, magnésio, zinco, cálcio e cobre do que as crianças «normais» sendo o magnésio o elemento mais em falta. Já foi entretanto referido por diversos autores/especialistas na matéria, que uma deficiência em ferro altera a neurotransmissão de dopamina, contribuindo para a fisiopatologia da PHDA.

Também baixos níveis de magnésio influenciam o funcionamento de cérebro, sendo ainda de referir que o magnésio tem propriedades capazes de ajudar a regular a excitabilidade nervosa e muscular. Ora, um outro estudo veio confirmar uma correlação entre níveis baixos de magnésio e o quociente de concentração, sendo que os níveis de magnésio são mais baixos em crianças com PHDA do que em crianças saudáveis.

Existem ainda evidências de estudos da década de 80 que apontam para um défice de ácidos gordos essenciais (fundamentais para o desenvolvimento cerebral) em crianças com PHDA.

A PHDA é uma perturbaçao complexa e heterógenea e por isso necessita de uma intervenção terapêutica completa e individualizada, pois cada caso é um caso e embora os vários estudos demonstrem que a nutrição desempenha um papel importante na abordagem terapêutica, seriam necessários mais estudos controlados em amostras de maiores dimensões e ao longo do tempo, para se poder determinar o papel concreto da suplementação e das modificações na alimentação das crianças afetadas por esta perturbação.

 

 

No Rafa cedo notei problemas de pele, nomeadamente descamações no interior dos dedos das mãos e pés e até queda de cabelo (associado a baixos níveis de zinco), mais acentuada na primavera e outono. Além de que sempre se notou a síndrome da perna inquieta - uma agitação motora muito comum em crianças com PHDA e que está associada a baixos níveis de magnésio. Coisas que começo a notar no Quico, sobretudo na pele. Alertada pelo neuropediatra que aconselhou suplementos logo no primeiro ano de medicação do Rafa (cerca de seis meses apos o início da ritalina) passei a introduzir, pelo menos duas vezes por ano - primavera e outono - suplementação. Assim, como estamos na época vou dar aos miúdos um reforço que lhes garante um aporte adequado para compensar os tais défices. Existem no mercado diversas escolhas possíveis e algumas especialmente indicadas para crianças com a perturbação de hiperatividade e défice de atenção.

 

Aconselho a todos os pais de crianças com PHDA que se informem com os respetivos médicos sobre a necessidade de suplementos e também para que fiquem atentos a sinais de deficiências nutricionais na pele, cabelos e unhas, além da perda de peso (sobretudo quando medicados com melfetedinato) ou atrasos no crescimento.

Por outro lado, a abordagem ao tratamento da PHDA deve ser abrangente e sobretudo, devemos ter consciência, como pais, de que por si só a terapia farmacológica (só medicação) não é suficiente, devendo ser acompanhada por uma terapia comportamental e nutricional.

 

 

 

19.Mar.13

Aos Pais

 

 

que são o motor do nosso mundo aqui vai a nossa homenagem

 

 

 imagem da net

 

 

Eles serão sempre o Pai - forte, seguro, amigo, aquele que procuramos mesmo quando já deixamos de ser crianças, em todos os momentos da nossa Vida

 

Ao pai dos meus filhos desejo que apesar da distância, sinta o quanto é amado. Que mesmo não sendo possivel físicamente consiga levar com um beijo repenicado e um sonoro FELIZ DIA DO PAI, dos seus rapazinhos, em cheio no coração!

 

Ao meu Pai, o meu OBRIGADA por tudo o que já fez e continua a fazer, em todos os segundos que nos acompanha e em que vive com os netos uma espécie de «pai para toda a obra»!

 

18.Mar.13

Prontos!

 

 

para fazerem gato sapato dos avós nestes 15 looooongos dias de férias....

 

 

O Rafa só grita FÉRIAAAAAASSS imitado pelo Quico em altos berros, circulam pela casa, correndo um atrás do outro como se tivessem estado presos anos a fio e agora alguém tivesse aberto a porta da jaula!

 

A julgar por estes primeiros dois dias de liberdade, os avós terão muito que correr e penar...tadinhos, juro que se tivesse outra alternativa daria uma folga aos meus pais mas este ano, com a mísera féria que ganho, não tenho muitas possibilidades de os colocar em atividades extra. Por outro lado conto com a afincada resistência dos meus rapazes que apenas querem curtir sem ter uma rotina que lembre a escola...o que eu até entendo! claro que ainda falta uma parte essencial para que possam descansar - ou seja saber os resultados deste período (sem grandes expectativas para não sofrer desilusões mas acreditando que ambos se vão tornar cada vez mais responsáveis)

 

Bem, com mais ou menos ovos, mais ou menos pinturas de páscoa, vamos ver como correm estas férias, a ver se vou tendo tempo para umas postagens de actualização lol!

 

 

 

 

13.Mar.13

Habemos Papam

 

 

e não sei o motivo mas senti um arrepio na espinha assim que soube...

 

 

ou isso terá a ver com o nome que escolheu?! sim, temos Papa Francisco de nome, argentino de sangue, o que por si só me faz acreditar numa nova  era para a Igreja Católica!

 

 

 

 

 

 

 

e isto num dia 13...dá que pensar!



 

07.Mar.13

maratona...

 

entre recados da escola para assinar (dos dois) e conseguir fazê-los estudar para os testes que ambos vão ter, tive de suportar:

 

 

uma interessante descoberta do Quico que o fez experimentar dezenas de «pinos» em diferentes modos de execução; um estúpido concurso de cheirar o chulé um do outro, proposto pelo Rafa que queria provar «cientificamente» que um pé mais pequeno condensa melhor o mau cheiro, daí o Quico sair vencedor do pé mais mal cheiroso; uma cena de ciumeira aguda da bisa que queria chamar-me a atenção a todo o custo mesmo no meio do berreiro infernal dos meus reguilas enérgicos; uma descomunal birra do Quico que quase me fez saltar a tampa (e que lhe desapareceu tão de repente como começou mas que durou mais de 40 minutos de desvario)

 

 

(isto de os dois terem testes e fichas de avaliação ao mesmo tempo tem que se lhe diga...uma maratona sem fim à vista)
04.Mar.13

Quanto vale um castigo?

 

 

se há coisa que continua a suscitar em mim uma dúvida imensa é a validade da punição numa criança com PHDA...

 

 

Não que eu não entenda a necessidade de diferenciar o bem do mal, de mostrar o que está errado e definir regras e limites. Caso os meus filhos não estiessem diagnosticados com perturbação de hiperatividade, teria eu outra postura...bem mais branda certamente, pois tenho a noção de que cá em casa, o regime é quase «militar». Desde a hora de «recolher», à hora de despertar, tudo tem uma sequência e uma estratégia bem montada. Nada do que faço aqui em casa, quer em termos de regras, quer em métodos, é feita ao acaso - claro que até encontrar a que funciona, pode demorar algum tempo e muitas das vezes os erros que cometo, servem para melhorar a próxima tentativa.

 

Demorei muitos anos a afinar este tipo de organização, dentro do caos que provocam dois miúdos com hiperatividade, acho que me safo bem. A mim eles obedecem, acredito que sintam o meu pulso e que sabem os limites - como qualquer criança muitas vezes esticam a corda mas se assim não fosse, não seria «normal». A principal ferramenta que uso é a coerência. Tento ser o mais coerente possível, se lhes peço que não gritem, não vou eu gritar com eles, certo? se lhe digo que não podem faltar-me ao respeito em termos de linguagem, não vou eu dizer meia dúzia de palavrões para os chamar à atenção, verdade? Se exijo que respeitem a hora de deitar e as rotinas de higiene e de sono, não vou estar a fazer diferente deles, claro! e, obviamente (pelo menos penso assim) não vou usar a palmada, o bater, a violência, por sistema, se o que quero é que não sejam agressivos e que aprendam a usar a palavra em vez do confronto físico...

E mesmo que isto obrigue a anos de «treino» eu sei que alguma coisa vai de certeza ficar para o futuro. 

 

Desconfio que para muitos pais, isto seja encarado como permissividade. Para mim é resiliência. Sei que tenho de ter paciência, muita e que me cabe a mim ser resiliente. Esta capacidade de luta pode fazer toda a diferença!

Assim, como mãe de dois com PHDA, garanto que uso poucas vezes os castigos como forma de punição. E talvez por isso, quando aplico realmente um castigo, faço-o por distinguir o motivo, ou seja, não vou castigar os meus miúdos porque correm dentro de casa, porque saltam cadeiras, porque falam alto demais para os padrões «normais» ou porque não se conseguem manter quietos e sossegados mais de dois minutos de cada vez - aplicar um castigo por razões que são manifestamente consequências da sua PHDA não faz para mim qualquer sentido. 

 

Se em casa isto resulta, o que dizer dos castigos que lhes aplicam na  escola? Será que os entendem? será que o castigo vai funcionar como um alerta na cabeça deles quando da próxima vez cometem o mesmo erro de comportamento? as bolinhas vermelhas que o Quico traz como «castigo» pelo seu comportamento dentro da sala de aula, terão algum impacto no meu rapazinho?...a julgar pelo evidente à vontade com que me mostra o livrinho das bolas, não me parece que o veja como algo punitivo - até porque algo que se torna rotineiro deixa de ter efeito, certo?

E o Rafa? o castigo de lhe cortarem intervalos, não o deixarem jogar a bola ou mandarem escrever 60 vezes a mesma frase, tem algum poder dissuasor? duvido, caso assim fosse seria de esperar que por esta altura, nem sequer houvessem recados a avisar do seu comportamento «desajustado» dentro da sala de aula...

 

vamos entrar em mais uma semana de escola - mais castigos concerteza virão. Mais recados na caderneta...mais incompreensão sobre uma patologia que acreditem ou não, podemos controlar melhor com elogios e recompensas do que com castigos e punições!

 

Boa semana para todos