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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Abr.13

PHDA e a idade «crítica»



Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) na Adolescência

Na fase da adolescência existe um equilíbrio insuficiente entre os aspetos cognitivos e emocionais

 

Um dos jovens que acompanho diz que "- a adolescência é um caos temporário." A maior parte da nossa vida é construída em autonomia em relação aos nossos pais. Portanto, aquilo que se vai passar na adolescência é algo de extraordinário e que permitiu, em última análise, à nossa espécie a sua sobrevivência e prosperidade. No cérebro adolescente existe uma incompleta conectividade entre várias regiões cerebrais e um equilíbrio insuficiente entre os aspetos cognitivos e emocionais.

 

Assim, por si só, a fase da adolescência, tendo em conta o desenvolvimento do cérebro, as várias tarefas de desenvolvimento e as exigências escolares e sociais que são colocadas ao adolescente suscitam comportamentos de risco que desencadeiam grandes desafios ao próprio jovem, aos pais, professores e profissionais de saúde. Quando adicionamos uma Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA), podemos estar perante comportamentos de risco e logo desafios ainda mais complexos.

 

Num adolescente com PHDA, dependendo do tipo de problemática (se estão presentes dificuldades de atenção juntamente com agitação motora e impulsividade, ou apenas uma destas dimensões), podemos observar dificuldades de atenção/concentração, de autonomia na organização dos métodos e hábitos de estudo, de organização pessoal, dificuldades na gestão do tempo e do dinheiro. Surge muitas vezes uma instabilidade nas relações afetivas, comportamentos de oposição e desafio, problemas emocionais complexos e comportamentos de risco.

 

É fundamental que a intervenção nesta área inclua o jovem, a sua família e o seu contexto escolar e social/comunitário. Enquanto se intervém junto do adolescente no sentido de promover os seus recursos, no desenvolvimento de novas forças, na gestão dos comportamentos de risco, deve orientar-se igualmente a intervenção no sentido de tentar alterar o próprio contexto de vida familiar, escolar, social e de ocupação de tempos livres, para que os ganhos possam ser mais generalizáveis, duradouros e realizáveis. É possível tentar alterar a perceção que o jovem tem acerca do seu insucesso ou promover a capacidade que tem de enfrentar as situações do quotidiano escolar, familiar, ocupacional e social. No entanto, se as condições do contexto que invariavelmente conduzem às dificuldades apresentadas não forem ajustadas, os problemas voltarão mais cedo ou mais tarde, ou não se alterarão de todo.

 

Destes desafios criam-se maiores oportunidades onde amiúde os jovens, suas famílias, os profissionais de educação e de saúde se reinventam permanentemente.

 

Bruno Santo - psicólogo clínico

 

 

texto retirado na íntegra daqui 

 

 

29.Abr.13

mãe de três

 

não, não fui protagonista de uma daquelas histórias mirabolantes de mulheres que são mães sem nunca terem percebido que estavam grávidas!

 

acontece que cá em casa, aos meus dois rapazes tenho de juntar a minha avó...e garanto-vos que ter de cuidar de alguém cuja idade vai para além dos 90, é em tudo idêntico a tratar de mais uma criança

 

 

nem posso distinguir a não ser pelo facto de ela ser a única que não sofre de PHDA...definitivamente! aliás muito do trabalho que tenho para que os três não estejam constantemente «pegados» é porque acabo por ter de andar a duas velocidades - tipo isto:

 

avó vagarosamente vem explicar que os seus «calos» adivinham mudança de tempo, por norma chuva - e se digo vagarosamente é porque é mesmo de-va-gar...ao mesmo tempo, no mesmo instante, o Quico arrasa com mais uma brincadeira de rompante que exige a minha total atenção. A velocidade do Quico é a de um tornado, a da avó (bisa) é a de um caracol. Para completar o Rafa teima em falar a toda a pressa, como sempre faz, o que deixa a minha cabeça em rodopio - ele fala do jogo de pc e dos óculos e do amigo que mandou uma mensagem pelo face e dum tema novo que ouviu duma banda sonora dum jogo e de um monte de outras coisas incluindo anedotas, etc, etc....

ora entetanto cada um deles sente que não está a ser o centro das atenções e fazem cada vez mais «perrice» uns aos outros a ver se alguém desiste. Mas vão ficando cada vez mais arreliados e giram à minha volta se me desloco o que me obriga a pensar numa maneira de me ver livre dos três.

Sempre que disputam o meu tempo, a coisa acaba mais ou menos deste modo - o Quico farto de ser interrompido pela persistência da bisa, grita, o Rafa grita mais alto para que ele se cale, a bisa amua e desata a rezingar, eu zango-me com todos, os dois mais novos arranjam novas distrações e a mais velha distrai-se a fazer novas queixas...

 

ao longo do dia há muitas destas situações e num fim de semana a coisa pode ser desesperante, principalmente quando se lembram de mim a cada segundo!

 

Quico : «mãeee, anda ver o meu salto de ninja»

 

bisa: «sabes, deu na TV uma historia dum senhor que acho que se fazia passar

 

Rafa: « os meus óculos ficam logo sujos quando lhes toco, limpa-os tu mamã, sabes melhor, olha o líquido, vou buscar, tá no meu quarto, sai velhinha, deixa-me passar...»

 

bisa: «por padre, imagina! não era padre, vai ter às igrejas e reza missa, faz casamentos...

 

Quico: «já consigo saltar daqui mamã, olha que alto e consigo trepar nesta porta, olha, olha pra mim mamã!»

 

bisa: «olha, faz tudo como os padres, mas descobriu-se porque agora, disseram na televisão...

 

Rafa: «sabes o S. tem um jogo muita fixe que comprou em saldo e era muito barato, mas foi na net acho eu, vou ver se encontro aqui, anda ver mãe»

 

bisa: «até já esteve preso, só que continua a fazer a mesma coisa...isto, realmente, olha lá se ele tem medo do que faz, 

 

Quico: «podemos fazer panquecas mamã? podemos? please!!! é domingo!!»

 

Rafa: «a sério!!! e o domingo passou tão rápido...como é que pode?!»

 

 

finalmente segunda feira yes!

{#emotions_dlg.emplastro}

 

27.Abr.13

saltam à vista

      

 

já fazem parte do novo visual do Rafa {#emotions_dlg.happy} e ele parece estar a adaptar-se lindamente

 

 

 

imagem tirada do site oficial da marca



claro que o mais difícil nem é usar os óculos mas sim, como eu já sabia, afastar-se do pc...de qualquer modo, por enquanto posso dar conta de uma redução no tempo de uso do dito, embora ainda longe do recomendado

 

Entretanto, para completar o look, estava alinhavada uma ida ao corte, já que os longos cabelos do Rafa e também do Quico há muito pediam tesourada...mas como sempre os meus rapazes fizeram das suas, provocando o alvoroço típico de uma saída conjunta. Desta vez o Quico acabou por ser o protagonista principal com o mano sempre a «picar» e mesmo com boa vontade o corte ficou inacabado...

 

Isto de ter um cliente que salta da cadeira antes do fim do trabalho não agrada a nenhum profissional mas a M. já nos conhece tão bem que tenho cúmplice para uma próxima tentativa.

Quanto ao resultado final no Rafa, nem foi tão mau assim, pelo menos a avaliar pela quantidade de cabelo deixada no chão do salão! 

 

e pronto, salta à vista de todos que estes miúdos não são nada fáceis de «conduzir» mas que com mais ou menos precalços ainda os levo a bom porto!

 

25.Abr.13

o espírito quebrou-se - ao que chegamos!

 

para mim sempre foi sinónimo de lutas travadas em nome de valores reais e de batalhas ganhas pela liberdade - o valor maior! O 25 de Abril sempre teve um significado de grande importância, mesmo tendo em conta que em 1974 eu tinha a bela idade de 2 anos {#emotions_dlg.chucha}

 

mas sendo eu ainda um bebé, isso não me impediu de crescer com a nítida sensação que vivi um momento histórico, cujo espírito a grande maioria do povo português, quis perpetuar ao longo dos anos seguintes. E lembro com memória fresca ainda, a primeira canção que trauteie nas grandes comemorações de rua «Uma gaivota voava, voava...» tema que por várias vezes serviu de canção de embalo!

 

Aliás as comemorações desta data sempre foram das mais importantes no calendário familiar - e eu, claro participava com entusiasmo, sobretudo no meu tempo de estudante, sempre confiante no valor cívico dessas ações. Mais tarde, mantive por exemplo a tradição de ser eu (e agora os meus filhos) a oferecer o simbólico cravo vermelho ao meu pai - sindicalista que muito lutou pelo direito dos motoristas de transportes de mercadorias. 

 

Nestes dois últimos anos, no entanto, foram tantos os atropelos aos ideais de Abril que o espírito se quebrou. E ficam as perguntas - vamos comemorar o quê? Que significado tem este 25 de Abril de hoje? O que vale?

 

para quem nos governa atualmente - vale seguramente pouco! mas para quem lutou pelo de 74, continua a valer muito. E compreendo a desilusão. Compreendo os que por razões de ideologia e ética se recusam a comemorar a data, pelo menos «oficialmente». Porque digam o que disserem, a sensação é a de que quem nos governa não nos respeita e isso sigifica não respeitar Abril...

 

Mas para que não digam que vejo isto pelo lado mais dramático, acredito que possamos repor os valores de Abril. Claro que não o fazemos sentados no sofá ou achando que alguém o fará por nós - temos mesmo de voltar ao instinto de luta da geração anterior e mostrar que os alicerces embora abalados continuam a ter força suficiente para segurar o espírito!

 

 

 

imagem tirada da net

 

 

 

23.Abr.13

motivo suficiente

 

 

no primeiro dia de escola desta semana, o Quico trouxe juntamente com os TPC esta frase para escrever 10 vezes como «castigo»

 

 

«Hoje não tive intervalo porque apertei os pescoços aos outros meninos» -  elucidativo não? {#emotions_dlg.sarcastic}

 

 

motivo mais do que suficiente para eu gostar de pôr o Miguel Gonçalves umas horas frente a frente com o meu filho http://www.ionline.pt/portugal/miguel-goncalves-ha-muita-gente-portugal-nao-trabalha-porque-nao-quer (link)

 

 

eu sei, educar é pelo exemplo! mas há alturas em que nos fazem perder a cabeça e só podemos exemplificar com estupidez....bolas que o tipo ou é imbecil ou tornou-se parvo com a alucinação da importância que lhe atribuem

 

19.Abr.13

Como se não bastasse....

 

 

agora vamos ter «pano para mangas» em mais um episódio desta enérgica «viagem»

 

o Rafa foi referindo nestes últimos tempos dores de cabeça que inicialmente associei a efeitos da medicação, por ser comum haver algumas variações da pressão arterial. Mas fui ficando atenta e como a tensão parecia andar nos valores normais, fui tendo em conta outras possibilidades. E, desde logo, claro que uma das hipóteses, até pelo historial dele (horas passadas ao computador) seria a de problemas oftalmológicos.

Acabei por o convencer a fazer uma consulta e rastreio pois ele realmente confessou que via muito mal para o quadro e tinha muita dificuldade em ver o que lá estava escrito....

 

Lá fomos e o diagnóstico não deixou margem para dúvidas - uma miopia bem acentuada, de tal modo que tem de passar a usar óculos a partir de agora, tendo apenas autorização para os tirar esporádicamente, por exemplo para a aula de educação física e pouco mais...

 

Consultar o Rafa, seja qual for a especialidade não é tarefa fácil. Às primeiras perguntas já ele transpirava, o tempo que passou na sala (excepto durante a examinação dos olhos propriamente dita) esteve sempre a andar em círculos e nunca se sentou. Respondia por monossilabos e desviou sempre a conversa pois detesta que se fale sobre ele... Além do que queria vir embora sem sequer escolher o tipo de óculos {#emotions_dlg.style}

 

Mas o pior está para vir. Como consequência dos avisos médicos que teve, tem definitivamente de restringir o uso do pc. E para ele isso está a custar muito mais do que passar a andar de óculos. Tenho pois de dar um «empurrão» para que a coisa funcione, ou seja, fazer uso de uma estratégia clara e objetiva para que ele se comprometa a limitar o período diário em que pode usar o portátil, sem no entanto alterar a sua estabilidade e de modo a não provocar momentos de tensão cá em casa!

 

....a minha cabecinha tem pois muito com que se entreter nos próximos tempos

 

16.Abr.13

eles, eu e os bichos

 

andam como sempre a mil os meus filhos...obrigando-me a andar também, num ritmo que me cansa cada vez mais

 

o Rafa está cada vez menos interessado na escola, vejo-o desmotivar dia após dia, cansado com tantos castigos impostos por coisas que nem eu consigo entender. Ora depois de ter saído das férias de páscoa a coisa tem sido devastadora - recados constantes e uma falta disciplinar (falta uma folha e a caderneta ficará completa) que culminaram num castigo em que tinha de escrever 20 vezes as 22 regras que fazem parte do regulamento interno do aluno. Algumas das regras são frases simples mas a maioria ocupa duas ou mais linhas...e o que faz o Rafa antes de iniciar o castigo? calcula de imediato, mentalmente a quantidade de frases que tem de escrever - 440...«440? achas que vou escrever isso mãe?» e claro não fez...e voltou a ser castigado - fazer 30 vezes...e claro voltou a não fazer e voltou a ser castigado...vai nas 50 vezes. Agora perdeu também os intervalos até escrever todas as frases...o prazo termina no final da semana!

E porque teve uma falta disciplinar? porque na disciplina de EV a professora entendeu que ele (diagnosticado com PHDA de tipo impulsivo) não deveria ter reagido impulsivamente...por uma miúda da turma o ter molhado propositadamente ao lavar os pinceis, o Rafa, limpou o pincel dele ao blusão dela...ele levou falta disciplinar, por não consguir controlar a sua atitude impulsiva...a miúda não, pelos vistos como não sofre de PHDA pode ter atitudes assim! é que já nem sei o que dizer ao próprio Rafa!

 

O Quico tem sido uma dor de cabeça por já não haver ninguém que o segure...faz tanta asneira junta que em breves segundos põe tudo em alvoroço. Se o deixo por um instante sei que assim que chegar junto dele tenho tudo revolvido. Mistura tudo o que pode, trata de mudar móveis e roupas e quadros e fotos, rasga e destroi, monta e desmonta, limpa e desarruma, tudo mas tudo num único período de tempo (por norma quando chega da escola) que não é fisicamente possível a quem quer que seja, controlar todos os seus movimentos. Em casa é um furacão, na escola um furacão igual. Remexe todos os materiais (os dele e os dos colegas), ensaia brincadeiras a todo o instante, mantendo dentro da sala um grau mínimo de atenção para um máximo de energia que nunca esgota. Muitas e muitas vezes nestes últimos dias, a dificuldade para o deixar na escola tem sido imensa...resiste com tanto afinco que nos deixa a todos, esgotados!

 

Eu, cá ando...no meio das ondas. Às vezes mais inteira, outras nem por isso, tento fazer chegar as coisas a bom porto...mas confesso que fico feliz se pelo menos as mantiver à tona! Ando nervosa com o aproximar de mais um período de incertezas quanto ao futuro (que já deixei de parte o sonho de ter um trabalho que goste e saiba fazer bem, bastando-me algo que me garanta o sustento após o fim do subsídio, assim que terminar o CEI na escola) mas as esperanças são poucas e pioram de dia para dia...

 

O Quico após uma conversa com o psicólogo que o acompanha, tentou explicar as diferenças entre ele e nós (adultos). Diz ele que enquanto dentro dele vive um bichinho que anda muito depressa e o faz andar sempre cheio de energia, nos adultos o bicho é muito lento e é por isso que andamos sempre cansados....Na verdade, ele tem razão - parece que anda tudo entregue aos bichos!







12.Abr.13

SEM TÍTULO (porque nem sei que título dar...)

 

 

Há uns tempos atrás conheci mais três mulheres de garra. Três mães lutadoras que sofrem na pele o estigma que ainda existe em relação às crianças com PHDA. Tivemos uma conversa muito interessante. E fiquei mais uma vez com a sensação de que o caminho a percorrer para ver a PHDA reconhecida (de facto) é ainda longo e arduo.

Este post é para elas e para muitas outras cujas vidas são tão semelhantes, por motivos tão idênticos!

 

A minha vida tem sido muito atípica e nada comum. A PHDA muda realmente as prioridades parentais e torna-nos pessoas diferentes - nem sempre melhores é certo. Muitos pais nao conseguem lidar com toda a tensão que se impõe na educação de um filho com caraterísticas tão diferentes. Os pais são quase sempre incapazes de mudar atitudes. As mães, adaptam-se muito mais rapido e com maior segurança. Os exemplos que conheço, a começar por dentro de casa, mostram-me como na maioria dos casos, são as mães as primeiras a aceitarem as diferenças, as primeiras a sentirem que precisam de ajuda, as primeiras a conseguirem tomar a atitude correta para ajudar a criança e manter o ritmo da casa a funcionar.

Os pais na maioria das vezes, apenas «acatam»....ou no outro extremo - simplesmente não aceitam. Nem sei dizer qual dos extremos é pior. Se um pai não consegue aceitar, nem entende que o filho sofre de uma perturbação que precisa de cuidados diferenciados, desde fármacos a terapias comportamentais, tende a encontrar «motivos» para as atitudes carateristicas da criança, inventando pretextos e criando soluções que nunca dão em nada - exemplo? «Culpabilizam» a mãe pela conduta da criança, consideram que é a permissividade dela que faz com que os seus filhos não sejam «como os outros». Colocam como solução milagrosa uma disciplina férria que ignora os preceitos da perturbação e impõe um sofrimento à familia que muitas vezes leva ao seu desmembramento...

No outro extremo, os pais que «acatam» mas não se envolvem, tendem a «sacudir a água do capote». Colocam sempre um «mas...» quando referem a PHDA e continuam a ter um desprendimento em relação ao problema, preferindo ignorar todos os sinais - exemplo? «o miúdo tem um problema mas se calhar é porque nunca nos impusemos de verdade...»ou a frase «se a mãe não lhe desse tanto mimo...»

 

Por isso, tantas e tantas vezes, vejo mães sozinhas nas consultas, são mães que me procuram, são as mães que me aparecem nas reuniões de grupo...e nas escolas dos miúdos. São também as mães que geram força, empenho, que estão presentes quando é preciso.

Mesmo que não saiba o título perfeito para este post, terá sempre como motor a palavra Mãe.

 

 

  

02.Abr.13

o mais e o menos desta Páscoa

 

 

em modo de balanço....

 

 

o mais

 

a maravilhosa refeição de bacalhau com alheira e broa do avô {#emotions_dlg.drool} um dia destes deixo a receita por cá mas hoje nem foto tirei porque na altura nem me lembrei....

 

os doces da avó já são uma tradição da nossa mesa, nesta houve novidade, um folar de nozes que estava divinal

 

 

 

e o pão de ló era de chorar por mais

 

 

 

para além disso fiz um bolo de amêndoas que me saiu muito bem e que o Quico adorou

 

 

 

 

 

{#emotions_dlg.happy} ora portanto o mais, teve a ver sobretudo com os miminhos à mesa! recheada ainda com algumas amêndoas como não podia deixar de ser!

 

mas o mais vai também para a obra «A Bíblia» que a SIC transmitiu em dois episódios fantásticos, pese embora o horário não ser o mais favorável para mim, dado que acabei por assistir de modo intermitente...(a sério, eu sei que eram muitas horas mas passar isto à tarde...francamente!) mesmo assim, destaco uma visão de Jesus absolutamente notável, dada pelo Diogo Morgado como nunca o tinha visto antes. Na verdade acho que o passei a ver com outros olhos a partir deste trabalho, apesar de ter visto apenas algumas cenas...

 

as bonitas imagens de um Vaticano bem mais próximo da realidade, com um Papa que continua a ter gestos bem simbólicos de querer fazer algo diferente, ou pelo menos mostrando ter outra abertura - nem sempre se pode correr, por vezes devemos ter consciência de que há um longo caminho a percorrer para ter uma Igreja com outra postura em diversos temas, no entanto não se pode alterar mentalidades por decreto, portanto um passo de cada vez é o que faz avançar uma Instituição milenar cujo novo líder tem agora de enfrentar desafios há muito exigidos por muitos Católicos, sendo que me parece que Ele está disposto a isso!

 

 

imagem da net

 

 

o menos

 

o tempo, claro! chuvoso e tristonho, a fazer esquecer qualquer vestígio de uma Páscoa primaveril...{#emotions_dlg.snob} além de nos fazer entristecer com notícias como esta, aqui bem perto de nós

 

 

 derrocada mata duas pessoas em Arouca - imagem da net

 

a mudança da hora {#emotions_dlg.annoyed} tinha de ser logo neste fim de semana? logo agora quando estamos no arranque das aulas e os putos ficam com o horário «trocado»? se já era difícil deitá-los à hora «certa», como fazê-los deitar às 23h se o corpo deles ainda vai nas 22h?

 

Entre o mais e o menos houve obviamente tudo o resto - e aqui em casa tudo o resto passa obrigatoriamente por dois miúdos eletrizantes...frenético, o Quico nunca parou, nem mesmo às refeições, birrento por achar cada vez menos espaço dentro de portas, impossibilitado pela chuva de extravasar a energia a mais, lá fora. O Rafa, frenético de outro modo, passou todo o tempo em frente ao portatil, num contínuo movimento de mãos, entre teclado, rato e monitor, absorto por periodos tão longos que nem dava conta de nada, nem sequer das refeições.  Para mim, um desgaste total, para os meus pais um desatino!

Esta casa, se filmada, daria uma obra notável de interesse académico - um case study dos comportamentos PHDA no seu mais puro habitat! Eles e eu, os demais, as reações e explosões, o vulgar desenrolar da rotina, que por cá nunca é «vulgar», tudo tem entre nós uma dimensão única!

 

 

 

 

 

 

 

Agora, regresso ao ritmo de aulas, como sempre uma tremenda dor de cabeça a merecer certamente muitos posts por cá!