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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

30.Jul.14

Especial

 

 

é cada filho! hoje o mais novo faz anos, hoje é um dia especial!

 

 

A energia que o carateriza ficou logo evidenciada no modo como nasceu! rápido, muito rápido, um despacho! 8 anos de pura energia, sem nos dar um segundo de descanso. Tens os teus momentos, claro (alguns nada fáceis) mas és o nosso príncipe, um menino cheio de vida, grande imaginação e que adora dar e receber miminhos!

 

 

 

 

 

 

e nesta escalada que é a Vida, quero que saibas que me terás por perto, sempre pronta para te dar a mão!

 

Parabéns filhote, o mano, os pais, os avós e bisa amam-te muito!

 

 

26.Jul.14

os melhores avós do Mundo

 

 

são aqueles que estão sempre presentes, os que não deixam desanimar, os que inventam o tempo, fazem magia com as mãos, contam as melhores histórias, cozinham a melhor comida do mundo, brincam como crianças, mimam como ninguém mais! 

 

 

 

 

os Avós são o melhor do Mundo!

 

a todos os Avós que no portugal de hoje conseguem ser os pilares da família, um muito obrigado!

 

 

 

25.Jul.14

ir a consultas de rotina

 

 

é tudo menos rotineiro cá em casa!

 

não é nada fácil levar os meus rapazes ao médico, muito menos quando se trata de consultas de rotina, desta vez tinha mesmo de marcar pois o médico de família mudou. Como os miúdos fazem medicação, o próprio médico quis fazer uma consulta de controlo.

 

O Quico é aquele furacão e claro, nunca consegue parar a tempo de evitar grandes confusões! O Rafa tem uma atitude entre o ficar sem jeito e o tentar «picar» o irmão...está sempre em cima de tudo e de todos mas desvia-se a todo o custo de quem o interpela diretamente. Embora tenham deixado as enfermeiras tratarem dos procedimentos habituais destas consultas, a sala onde decorreu a avaliação do estado geral, parecia uma sala de circo! só visto!

 

Com o médico a mesma coisa. Nada ficou direito naquele consultório e apesar de não os conhecer o médico percebeu logo várias caraterísticas da PHDA, como o agitar das pernas mesmo durante o exame, o torcer das mãos, o constante saltitar, não responderem até ao fim às perguntas que ele lhes fazia, etc. Para o médico são sinais que distinguem estes miúdos. Fez sempre uma abordagem muito profissional mas com grande à vontade, mostrando que o normal destes miúdos é este comportamento assim, fazendo com que eu própria não me sentisse «avaliada» ou constrangida! e também estava muito por dentro das várias implicações da PHDA com as situações do dia a dia.

 

Fez algumas considerações importantes sobre a necessidade de vigiar peso e cuidados com a alimentação (falarei disso noutro post pois sei que existem outras crianças que fazem este tipo de medicação e parece-me pertinente transmitir certos detalhes). Também passou análise ao sangue para pesquisar possíveis alergias do Quico, face a queixas que ele tem apresentado.

 

Agora é preparar para as consultas de especialidade lá para setembro!

 

 

 

 

 

 

09.Jul.14

reter um aluno é bom para quê?

 

 

 

imagem tirada da net

 

 

Primeiro ponto

 

eu não sou a favor de «retenções»! só existem retenções escolares em sistemas pedagógicos arcaicos e métodos baseados na avaliação do aluno, o que desde logo é injusto. Em sistemas mais avançados as «retenções» foram substituídas por medidas de apoio educativo diversas, promovendo a inserção do aluno em áreas do seu interesse, colmatando as suas dificuldades de aprendizagem (caso dos sistemas nórdico, francês e inglês, por exemplo).

Em portugal, no entanto, continuamos a ter muitas dificuldades em arranjar alternativas ao «chumbo». E o «chumbo» é visto, pasme-se como uma verdadeira «medida educativa»!!! 

Enquanto esta mentalidade não mudar, enquanto ela for defendida pelos próprios docentes, enquanto houver quem diga nas escolas que «reprovar vai ser o melhor para esse aluno» não temos como alterar o sistema! e vamos continuar a ter alunos que são repovados «porque é bom» embora nunca ninguém tenha explicado «bom» para quê (ou para quem)

 

Segundo ponto

 

a escola pública está cada vez mais degradada, fruto de uma política de austeridade que retira meios financeiros e humanos e que provoca sentimentos de revolta e desmotivação! Estão pois criadas as condições para as «boas desculpas»! ou seja - não há condições! não há condições de trabalho, segundo os docentes, para implementar estratégias educativas adequadas, especialmente se falamos em crianças com necessidades de apoio, ou dificuldades de aprendizagens, ou claro, de NEE.

Porque para a maioria dos docentes - estratégias diferenciadas, implicam necessáriamente mais recursos, melhores condições de trabalho nas salas de aula (tais como turmais mais reduzidas, mais professores de apoio e do ensino especial...) e outras condições que sabemos, atualmente não estão asseguradas. Sem isso, dizem, nada feito! portanto se nada podem fazer, o melhor é não fazer nada...logo «reprovam-se» os alunos que não acompanham o ritmo padrão imposto (mesmo que o padrão dê provas de não ser o mais adequado) e nada de mudar o que está decidido no sistema! com as reprovações estes alunos passam a integrar turmas de repetentes, criadas novamente nos últimos tempos (depois de já terem sido uma referência retirada do sistema por não resultarem em nada a não ser na marginalização desses alunos). Essas turmas passam a ter uma caraterística comum - são colocados de lado, são a turma dos «burros»...pois! afinal, digam o que disserem, somos um país de preconceitos! e se alguma dúvida eu tivesse sobre esta visão, ela teria sido desfeita durante um ano de integração num CEI na área administrativa, numa escola sede de agrupamento.

 

Terceiro ponto

 

no nosso país, a escola não distingue os alunos, respeitando as suas diferenças (tal como mencionei no meu post anterior - integrar é diferente de incluir) e temos assim, entre os que repetem o ano, miúdos com diferentes percursos, diferentes necessidades, alguns com dificuldades de aprendizagens provocadas por distúrbios crónicos e persistentes pela vida fora (como a PHDA, dislexia, entre outros) que nem sequer são reconhecidos como tal... 

E por isso, as respostas «eficazes» encontradas pelo sistema público escolar para estas crianças passam pelo fazer repetir o ano! tão eficaz como os testes nacionais que servem para avaliar os alunos, quando o que deveria ser avaliado era o sitema pedagógico e quem o representa!

O que acontece a esses alunos que «reprovam» não interessa a ninguém. Não se mostarm estudos que falam na enorme probabilidade de um aluno «repetente» nos primeiros anos de escola, voltar a ter «chumbos» ao longo do percurso académico. Não interessa abordar a questão emocional e afetiva, do aluno que «reprova». Nem importa discutir a validade da retenção em si! 

 

reter um aluno é bom para quê?

 

artigo do blog Arrastão

 

 

 

 

01.Jul.14

Integração ou inclusão?

 

é uma questão que me tem martelado na cabeça desde há muito e agora mais ainda....

 

a escola pública integra ou inclui? e que respostas educativas existem para os «diferentes» ou «especiais»?

 

Na verdade eu tenho sido uma defensora da escola pública. Sempre disse que a educação deve ser um direito de todos sem exceção! independentemente das suas especificidades. E deve ser a escola a adaptar-se às necessidades especiais, não o contrário, como infelizmente acontece. Como sabem os que acompanham o blog, os meus filhos não são crianças com nee porque no nosso país, as lacunas da lei permitem que seja dada à escola a possibilidade de utilizar os diferentes critérios a seu belo prazer - ora, apesar do Tratado de Salamanca e das boas intenções, continuamos a ter mentalidades «atrofiadas» e passar do papel à prática é na maioria dos casos que conheço, uma miragem! Crianças com problemas de comportamento e distúrbios graves que acarretam problemas de aprendizagem sérios, dão muito trabalho, por isso ficam no limbo - não são nee mas também não são do tipo «padrão». Digamos que são um incómodo que precisam de ser varridas para algum canto....

 

No canto encontram-se crianças como os meus filhos. São diagnosticados com PHDA (que sim, muitos responsáveis da área educativa, conhecem e alguns até sabem o que é) mas porque não se sabe bem o que fazer com elas, tenta-se integrar. Integram-se em turmas numerosas, integram-se em turmas «mistas» em anos diferentes do seu ano escolar, integram-se sem diferenciação de estratégias, integram-se como puderem, integram-se no sistema...porque incluir já é outra história!!

 

Incluir é respeitar a diferença, não é tentar padronizá-la!

a escola pública definitivamente não inclui...quando muito diga-se que integra estas crianças