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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

04.Nov.14

e que tal perguntar

 

 

Estás feliz? em vez da sacramental pergunta «como correu a escola?»

 

Numa palestra sobre Educação em que também participei, dizia Eduardo Sá «temos a mania de dar demasiada importância à escola na vida da criança, como se após a escola não houvesse mais nada! Basta perceber que a pergunta que fazemos aos nossos filhos, sobrinhos, afilhados, mesmo os que não vemos todos os dias é - então como vai a escola?». Em vez disso afirmou o psicólogo, que tal perguntar «estás feliz?»

 

Concordo! e reconheço que também eu tenho de fazer mais vezes a última e não tantas a primeira! temos de repensar a importância que damos e que queremos dar à escola. O percurso académico é sem dúvida uma etapa necessária à aprendizagem e ao amadurecimento de cada criança mas não pode ser o mais importante, não deve ser o que define o futuro - esse pilar tem de ser a família e por consequência o Ser como indivíduo único!

O que me leva a pensar nas dificuldades dos meus próprios filhos (e de outros como eles) e nas limitações que um rótulo como a PHDA lhes coloca no percurso escolar. O tema da minha apresentação nesse encontro, como mãe de uma criança «diferente» era precisamente este «Sou mais do que as minhas limitações!». E realmente só quem olha para o diagnóstico como uma «prisão» considera que estes miúdos são «limitados». Há todo um mundo para além da escola e o que importa na verdade ter excelentes notas e não conseguir depois enfrentar o mundo?

Muitos pais (e claro o sistema educativo que temos) preocupam-se excessivamente com as notas, com o valor quantitativo dos testes e da avaliação, fazem depender uma série de coisas daquilo que aparece nas pautas - mas estarão preocupados com o que realmente importa? será que é o valor atribuído por uma nota escolar que vai definir a felicidade ou infelicidade daquele Ser, que vai definir o seu futuro, até onde pode chegar?

O mais novo mudou este ano de escola - como sabem os que por aqui passam, saiu do sistema público de ensino e passou para uma escola privada, depois de ter sido reprovado no 2º ano, por não ter notas para transitar para o 3º. Mudei-o porque sabia que não era feliz na anterior escola - lá, faziam-lhe sentir a cada momento, que tinha «limitações» e que não conseguia os mesmos resultados dos outros meninos.

Chegaram-me agora as avaliações dos primeiros testes deste período. O Quico teve um Bom a Português (79%), um Suficiente a Matemática (67%), um Bom a Estudo do Meio (96%) e um Bom a Expressão Plástica. O Quico está radiante, estaria de qualquer modo porque entretanto, em vez de lhe perguntarem as notas, passaram a perguntar-lhe se está feliz - SIM!!!! Ele é feliz, isso é que importa, as notas são o reflexo dessa felicidade - isso sim, já me importa!