parece que é Carnaval!!
Bom, mesmo que esta não seja uma data muito significativa cá em casa (palhaçadas temos todos os dias do ano) para quem gostar da folia e diversão, que aproveite!
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Bom, mesmo que esta não seja uma data muito significativa cá em casa (palhaçadas temos todos os dias do ano) para quem gostar da folia e diversão, que aproveite!
para falar da agressividade que tanto assusta!
Este não é um post fácil. Pensei se o deveria editar ou não...acho que o blogue serve principalmente para registar o que mais específico acontece cá em casa, uma forma de manter um certo sentido de tranquilidade, sobretudo quando o caos parece tomar conta de nós! Também não é um blogue que interesse a muita gente, acho que é lido sobretudo por quem é afetado pela PHDA e por isso o pensei como sítio de partilha.
Para mim é óbvio que nem toda a gente gosta de comentar, desde logo porque se expõe...compreendo perfeitamente. Por outro lado, acho mesmo que muitos pais preferem ignorar certas caraterísticas, até mesmo a perturbação em si! Conheço alguns que se recusam mesmo em aceitar que os filhos sofrem de PHDA porque apesar do muito que se tem falado ultimamente, esta continua a ser uma perturbação que não é consensual, nem sequer para a classe médica, nem nas escolas, nem na sociedade (basta ler os inúmeros artigos de opinião sobre o tema que proliferam por aí).
No entanto, tenho de confessar que uma coisa é aceitar ter uma criança com PHDA que se associa ao lado mais irrequieto, agitado, quando muito, aceitar que tem dificuldades de aprendizagem decorrentes dessa condição, outra coisa bem diferente é aceitar que se tem uma criança (adolescente/jovem) que tem uma PHDA de tipo impulsivo severo, ao qual estão associadas comorbilidades muito mais graves como o transtorno de oposição/desafio, ou mesmo uma agressividade difícil de lidar.
Eu estou na condição de mãe de uma criança, agora adolescente assim! agressivo ao ponto de pôr em risco a integridade física dele e dos outros. Medicado, é certo, visível para mim a necessitar de nova consulta para que seja feita nova avaliação sobre a medicação e outras estratégias. Eu felizmente tenho retaguarda familiar, por norma não estou muito tempo sozinha com os miúdos (tirando uma parte dos fins de semana e claro a partir do final de cada dia). No entanto, o meu filho não tem comportamento diferente, esteja alguém mais em casa, ou não. Ele simplesmente explode e leva todos à frente.
Sempre imprevisível! nessas alturas tento manter-me (e aos outros) o mais calma possível. Tento afastar o mais novo e rapidamente separar o mais velho para uma divisão onde não esteja ninguém. Tento que ele olhe para mim e que ele faça por respirar para assentar melhor as ideias. Ele continua a demorar algum tempo até se acalmar e mesmo depois de uma explosão violenta pode ter outros acessos repentinos. Não é fácil para ninguém. E evitar estas situações, sobretudo para que o mais novo não seja o objeto dessa agressividade do irmão, tem sido muito complicado!
Apesar disto, acredito que falar sem tabus destes temas, pode ser uma ajuda. Acredito que não sou a única a ter um filho com estas patologias e acho que partilhar ideias, saber o que fazer ou pelo menos ter algumas dicas de como lidar com este tipo de situação! Até porque estas explosões, embora ocorram muitas vezes no seio familiar, também podem ocorrer noutros contextos, muitas vezes nas escolas (quem ainda não ouviu histórias de miúdos que «partiram» a sala toda?)
Aqui fica o desafio para pais/educadores comentarem construtivamente!
Inspirada pela leitura dum artigo de opinião que li aqui e dos comentários que me enviaram pelo facebook, decidi que este fim de semana iria pertencer ao grupo de pais que decidem simplesmente «não fazer nada o dia todo» a ver se os meus miúdos me seguiam o exemplo...
Ora acontece que demorei pouco tempo a constatar de que nada me serviu ser «lesma», a única coisa que consegui foi pôr a roupa um monte mais acima, ter as casas de banho menos limpas e a cozinha com mais louça suja do que o habitual...Os miúdos pouco copiaram de mim, a não ser quando vieram saltar para cima da cama para me fazerem companhia!
Acabei por optar por uma solução mais estratégica e fazer o que realmente deve ser feito quando temos em casa miúdos com hiperatividade - orientar os exercícios e usar técnicas adequadas para que as brincadeiras não descarrilem
E aqui ficam algumas dicas sérias para quem as queira pôr em prática (quem quiser pode entrar em contato para ir a uma sessão do núcleo de apoio a pais em são joão da madeira, onde damos exemplos de atividades e jogos para serem postos em prática em casa ou na escola)
Exercícios para desenvolver as capacidades físicas condicionais
Exercícios para desenvolver as capacidades físicas coordenativas
Exercícios para o desenvolvimento da motricidade fina
Exercícios Respiratórios
Exercícios para desenvolver a capacidade de concentração e atenção
Exercícios de relaxamento
Exercícios de agilidade mental
E não se preocupem que este aparente «excesso» de exercícios são conduzidos para que a criança «treine» sem sequer se aperceber, tornando-se por isso colaborativa e fazendo destes momentos boas experiências em família! Além de não se cansarem, estas crianças necessitam de atividades estruturadas, detestam a confusão e facilmente entram em rutura quando lhes gritamos uma ordem do tipo «não corras mais à volta da mesa!!!». Portanto, junte-se a eles porque a hiperatividade não se pega e não é por você não se mexer que ela desaparece dos miúdos, garanto!