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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

15.Nov.13

explico ou não explico?

 

 

qualquer pai, por muito que evite, se debate a certa altura com este dilema



 



 

devemos ou não explicar a uma criança com PHDA o seu problema de saúde? devemos explicar porque é que faz medicação?

 

A PHDA é das perturbações de comportamento a que mais afeta a vida das crianças e família. Uma criança com PHDA cedo se apercebe ela própria das diferenças em casa, entre pares, na escola, na vida quotidiana! as alterações de comportamento são óbvias para quem as vive 24h/dia. Mas muito menos óbvias as razões dessas alterações.

Ter um filho com PHDA implica mudar uma série de conceitos no modo como educamos. Não os valores em si mas a forma como eles são compreendidos e apreendidos. E é por isso que a certa altura, temos mesmo de explicar!

 

O Rafa desde muito pequeno que me perguntava «mãe porque é que eu tenho de tomar um comprimido antes de ir para a escola?» e mais tarde a coisa complicou-se ainda mais pois ele fazia uma toma durante o horário escolar e muitas vezes à frente dos colegas. Ora para um miúdo já com dificuldades de integração, este era mais um ponto de tensão. 

Comecei por lhe explicar em casa, de um modo simples e que juguei ser adequado a um menino de 8 anos:  Tens muitas vezes aquela sensação de «bichinhos carpinteiros», não tens? e sabes que ficas muito nervoso, ansioso com as coisas que te acontecem. Muitas vezes não consegues ficar dentro da sala de aula durante o tempo letivo e chamam-te muitas vezes à atenção por coisas que nem consegues controlar - isso tem um nome, chama-se hiperatividade. Tu sofres de hiperatividade, tal como outros meninos sofrem de outros problemas e por exemplo, não podem comer do que lhes apetece! para ajudar a controlar a hiperatividade tomas esses comprimidos. Tal como outros tomam outros medicamentos. Quando um médico receita estes comprimidos, vê toda a tua história e por isso sabe quantos deves tomar. Assim a mãe fica mais descansada e tu ficas mais calmo porque sabes que fazes o melhor para ti!

Depois a professora ajudou e fez também uma explicação na sala de aula para que os outros meninos falassem do assunto, fazendo referência especial aos que usam óculos por assim verem melhor ou aos que usavam insulina para controlar a diabetes!

 

Agora foi a vez do Quico fazer perguntas e eu usei a mesma explicação, sendo que aqui, o mano mais velho ajudou a dismistificar e a garantir que os comprimidos não são assim tão difíceis de engolir!

 

Muitos pais mostram-se receosos e por vezes até nem querem explicar com medo que os filhos entendam isso como o legitimar de certos comportamentos (a tal questão de estarem constantemente a serem confundidos com mal educados). Acreditem que não é a melhor solução. É sempre preferível contar a verdade, adequando a nossa explicação à idade e ao entendimento que a criança demonstra ter. Até porque se não o fizermos, ele vai procurar explicação noutro lado ou alguém se resolve a informar, muitas vezes de modo errado!

 

E quanto mais eles tiverem consciência da perturbação que os afeta, melhor se podem proteger, melhor se podem adaptar e mais facilmente se integram. E sabemos que encaram essa situação de modo natural quando são eles que nos mostram textos destes

 

O lado bom.

  • "Ser DDA" tem um lado bom, desde que o seu grau de Hiperatividade não tenha feito você ser expulso de todas as escolas, ou transformado você num trabalhador braçal apesar de ser conhecedor de algum assunto muito especial, que a maioria das pessoas só conhece superficialmente.
  • Os “DDAs” podem ter grandes qualidades: simpáticos, falantes, comunicativos, inteligentes, energia inesgotável, idéias novas e brilhantes (embora nem sempre sejam levadas adiante).
  • Criativos, pioneiros, inventores, não vivem sempre de modo politicamente correto. Assumem e correm riscos, defendem idéias, em parte pela falta de freio, de filtro social e pela impulsividade.
  • Podem ser muito sexuais, gostam de simetria, de coisas bonitas e de novidades.
  • Muitos descobrem um interesse especial onde conseguem "hiperconcentrar".

 texto retirado da net

 

 

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