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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

22.Out.08

Por estes dias

em que me senti uma reclusa no meu próprio leito (coisa que não me acontecia desde a minha lua de mel, eheheh!) foi como se assistisse do espaço a um qualquer motim de extra terrestres, cuja nave (casa) se encontrava demasiado destruída para poder continuar a ser usada como quartel general. Apesar dos meus pais estarem bem por dentro do que tem de ser feito, é claro que os dois homenzinhos-verdes-vindo-do-espaço, tudo fizeram para que reinasse a anarquia. Por isso acabaram por aterrar no domingo todo o dia em casa dos avós....deixando aquele sítio quase na mesma situação...

 

Como alguns se devem lembrar segunda-feira era o dia em que uma mãe iria até á escola onde anda o Rafa e o filho dela, para reclamar do comportamento menos pacífico do meu filhote....

Na segunda de manhã, eu estava quase sem voz, com muitas dores e muita febre...estava mesmo indisposta, o que, se por um lado me deixava apreensiva, por outro me deixava esperançosa que essa indisposição me fizesse mais «azeda»...é que ás vezes nestas reuniões devemos colocar cara de poucos amigos (aspecto que só tenho quando estou mesmo mal,ehehe).

Ora o que é que eu me lembrei de fazer?! pedi á minha mãe para colocar os meninos na escola e depois que ela falasse com o meu médico (de quem é amiga) para que ele me desse uma receita daquelas de fazer levantar um morto! Bom, não sei o que lhe disse mas a verdade é que depois de almoço me senti um pouco melhor...por volta das 17:00H - hora marcada com a escola, lá fui eu (acho que bem apresentável, por meio de alguns truques com cremes, lol!) mas ...afónica!

Pois é, sem voz não é facil argumentar mas eu pensei nisso! Levei bloco de folhas, canetas e marcadores verde e vermelho! Julgam que estou a brincar?!

Cheguei e no grupinho do costume no portão da escola, noto a agitação, passo e aguardo que me chamem...quando vejo que não é uma mas duas mães que estão á espera para serem também recebidas!

Penso logo - devia ter trazido dois blocos! Entramos e quando cumprimentei dei a conhecer o meu estado de semi-incapacidade...ora logo uma delas diz que eu podia ir embora e que depois se falava...mas eu apontei para o meu bloco e lá expliquei que ouço bem, sei escrever pelo que podiamos conversar.

Foi uma bela reunião! Sempre que vinha á baila algo melindroso (como, não é a primeira vez, eles -hiperactivos, têm de ter disciplina, não se podem repetir cenas de violência na escola...) eu usava o marcador vermelho para ripostar. Claro que tem de haver disciplina, é preciso é que se saiba como falar, como chegar até ao hiperactivo sem esquecer que padece de uma doença!

É preciso que a escola dê respostas adequadas. Incentivar o conhecimento do hiperactivo, o seu comportamento, porque reage daquela maneira.

 

Depois para apaziguar «podemos combinar algumas estratégias na escola, com os professores e com os coleguinhas?»

 

Bom, saí da escola com a promessa de maior empenhamento e, da minha parte vou marcar a vinda de alguém da apdch para dar esclarecimentos fundamentais, sendo que eu própria vou facultar á escola alguma documentação que poderá ser consultada por todos (pais incluídos) na biblioteca da escola...

 

Não sei se por respeito é minha rouquidão, se porque acharam o método um pouco estranho, esta foi uma das reuniões mais silenciosas em que estive presente, lol!

 

E pronto, resta dizer o porquê do miúdo ter levado a estaladona...na verdade, foi ele como poderia ter sido qualquer outro que o Rafa visse naquele momento! A hiperactividade não deixa reflectir e por muito que custe a aceitar é bem possível que o meu filho, sob impulso de momento descarregue a sua frustração (também de momento) em alguém (quantos desconhecidos já levaram porque estavam apenas á sua frente, num momento em que ele se irritou por ter caido, ou por ter levado um «não» ou por qualquer outra coisa!)  O que preciso de trabalhar com ele - descobrir de onde vem a frustração, mostrar que todos temos esse sentimento, a diferença é que aprendemos a controlá-la...

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