Números
Não sou fã de estatísticas (até porque acho sempre que não faço parte delas, lol!) mas alguns números deixam-me a pensar....
- cerca de 50 000 crianças portuguesas, entre os 6 e os 12 anos, poderão sofrer de hiperactividade
- perto de 8 000, tomam estimulantes para a redução dos sintomas da perturbação de hiperactividade e déficit de atenção
- mais de 60% das crianças com este transtorno, sofrem de outras patologias como comportamento disruptivo, ansiedade crónica, depressão, perturbações do sono e psicoses ou fobias
- apenas 150 neuropediatras, pediatras do desenvolvimento e pedopsiquiatras, podem passar as receitas especiais que permitem a compra do fármaco
- perto de metade das crianças medicadas continuam a sofrer dos sintomas em adultos
- a taxa de divórcio entre pais de crianças com hiperactividade é de cerca de 60%
- as taxas de depressões, problemas relacionados com dependências e outros como a instabilidade, entre os adultos hiperactivos é de 50%
Existem muitos outros números e estatísticas que comprovam, tal como diz o Dr. Lobo Antunes, neurologista pediatrico, que a hiperactividade não é uma perturbação benigna!
Embora para muita gente, se trate de uma coisa «normal - todas as crianças são assim, hoje em dia!» e para muitos a desculpa seja o facto de serem indisciplinadas, sem educação, mal comportadas, ou simplesmente, más...
Os números são úteis porque nos ajudam a dar expressão ao abstracto - por trás de cada número há uma história, em cada história um rosto, uma vida que pode ser muito, muito atribulada para sempre!