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Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

06.Abr.09

almoçar fora....

pode ser uma experiência alucinante, de desfecho imprevisível, se tiver de levar duas crianças com hiperactividade

 

como já disse algumas vezes, as situações fora de casa, são sempre mais intensas, o descontrolo deles é sempre mais visível (isso é normal, dado que a impulsividade em situações menos rotineiras, é sempre maior!)

 

Já nos aconteceu de tudo em restaurantes:

  • sermos expulsos antes mesmo da refeição chegar á mesa (por duas vezes e só com o Rafa, por não conseguirmos controlar os disparates por ele protagonizados...)
  • levarmos com dois empregados, um de cada lado da mesa, a ver se conseguíamos manter as coisas no sítio
  • comer em pé, tentando ao mesmo tempo segurar o miúdo dentro do restaurante
  • fingir que não se passava nada, enquanto o Rafa fazia toda a refeição debaixo da mesa...

no entanto, continuamos a gostar de sair para almoçar fora, principalmente quando o pai está e a mim me apeteçe uma folga da cozinha!

Este domingo, lá resolvemos embarcar em nova aventura, sabendo que teriamos de tomar á partida algumas precauções (habituais nos últimos tempos, pela experiência que temos!):

  • chegar ao restaurante o mais cedo possível (assim não há muita assistência)
  • levar brinquedos para entreter a miudagem (que fazem tudo menos comer)
  • levar muda de roupa para cada um, toalhetes á farta, lenços de papel e metade das chuxas do Quico, lol!
  • escolher um restaurante onde os miúdos soubessem o que iriam comer

ao meio dia - cedo para um dia de Domingo (portanto, primeira parte cumprida...) já estavamos a entrar num dos sítios preferidos aqui da zona com pratos italianos, como massas que os putos adoram

como era de prever fomos os primeiros a chegar e as cenas seguintes foram o que realmente aconteceu, sem tirar nem pôr...

  • entram os dois com grande algazarra e decidem correr para uma das mesas perto da janela
  • como eu disse á empregada que deveriamos ter mais uma pessoa a juntar (esperavamos o meu pai), ela pediu-nos para mudar-mos de mesa
  • o Quico fez logo uma birra monumental, porque se tinha intitulado dono e senhor do prato, copo e talher e não queria nem morto, ter de os deixar naquela mesa
  • falar de nada resultou, ele teimou em levar para a outra mesa, o seu prato, o seu copo e o seu talher...
  • depois de um percurso com pouco equilibrio e muita sorte lá nos sentamos noutra mesa
  • depois de gritarem pela posse da cadeira, depois de gritarem o pedido de «macarrão á bolonhesa» versão Rafa e «massinha» versão Quico, a uma funcionária que nada percebia, decidiram lutar pelas tostas e paté das entradas
  • as tostas foram religiosamente contadas, para que cada um comesse o mesmo número, o paté dividido e e nós lá ficamos com ar de «pais-habituados-a-que-isto-aconteça-e-não -é-por-isso-que-acaba-o-mundo!»
  • depois de se divertirem a arrotar imenso, a dividir a água pelos copos e atirarem com as tostas restantes para debaixo da mesa, chegou o pedido
  • começam a comer e depois de terem dito que estava «muiiiiito booooom», ficaram cheios e resolveram sair da mesa
  • o restaurante tem um pátio exterior e os dois foram saltar do muro que rodeia o tal pátio
  • ainda tentamos á vez (já com o meu pai a ajudar) dar alguma coisa de comer ao Quico, mas foi impossível
  • o Rafa tanto saltou que a comida acabou por saltar também - ele vomitou em jacto para cima do irmão (lá está porque deve haver muda de roupa)
  • o Quico informou toda a gente em altos gritos que o «mano bomitou e que isso era uma tatísse»
  • os dois foram mudar de roupa e lavaram toda a casa de banho do restaurante (o problema é que ninguem o tinha pedido!)
  • nós conseguimos comer metade da refeição (mas á vez!)
  • ainda houve tempo para o Quico entrar dentro do balcão para ir ver o forno a lenha que usam no restaurante, querendo levar com ele muitos ingredientes «para fazê a papa»
  • pagamos e deixamos os funcionários lá do sítio a bufar, rezando para que não nos dê vontade de comer fora muitas vezes !

 

 

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