Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

Energia a Mais

A Hiperactividade vista à lupa

04.Jul.08

Uma cena de filme

A semana nem correu mal de todo (comparando com outras bem piores que já vivi!) mas eu sabia que ainda estava para chegar alguma coisa. E não é que estava mesmo?!

Quem passa por aqui sabe que o meu filhote mais velho aceitou entrar para um campo de férias (pela primeira vez este ano). Tem andado de certa forma entusiasmado e ainda não falou em desistir, o que é bom sinal! Os monitores do campo (alguns já nossos conhecidos) já me disseram que o pior é terem de estar sempre a dizer ao Rafa o que vai fazer a seguir (o pensamento dele está sempre mais á frente) e tentar com que aprecie cada actividade sem pensar na seguinte (eu já sabia que ia ser assim...)

Para este dia, tinham planeado uma ida á praia. Apesar do tempo por aqui não estar grande coisa, fomos avisados que a saída se mantinha, pelo que tive de preparar o Rafael para estar no campo ás 08:15H. Como já tinha ido buscar a minha mãe e deixá-la  no emprego, os minutos estavam contados e não podia haver atrasos nem de segundos. Ora o que faltava logo pela manhã era uma GRANDE BIRRA que começou pelos ...tchã, tchã...CALÇÕES DE BANHO!. O que acontece é que desde há umas semanas, o meu filho se recusa a vestir cuecas, boxers ou calções de banho com licra ou algodão. Diz que lhe metem muita impressão, os nervos bulem e como ferve em pouca água, faz birras descomunais e sai de casa  sem os ditos (entretanto comprei de tecido, boxers porque calções para o banho não dá!) Claro que enquanto  gritou, esperneou, atirou com os calções pelo ar, chamou nomes a toda a gente, tentou bater no irmão, etc, a minha paciência foi esgotando. Tentei chamá-lo á razão mas quando começou a dizer que já não ia, fiquei em pânico e  acabei por dizer que levasse os calções de saída sem os de banho por baixo e que tivesse cuidado na hora de ir á água.

Bom, lá o consegui meter no carro no último minuto que assegurava chegar a tempo, eles iam de comboio, por isso, e porque a estação é mesmo ao lado das instalações do campo, já todos estavam preparados quando entramos em cena.

Estava eu para fazer as despedidas quando ele se lembra de dizer que afinal não queria ir «mas porquê filho, se todos os teus amiguinhos vão, não tens com quem ficar!»/«fico em casa...»/ «não em casa não ficas porque a mãe hoje tem coisas marcadas e não pode ficar em casa»...o diálogo arrastou-se com argumentos vários que se foram esgotando e levaram a um apoteótico final, com o Rafa pendurado na janela do carro a gritar que não queria ir á p.... da praia (depois de vários monitores terem tentado a sorte e das minhas habituais ameaças) e eu a arrancar em grande espalhafato! Os miúdos puseram-se entretanto em fila junto á paragem do comboio e eu fui obrigada a parar porque a cancela fechou. Estava um carro apenas á minha frente e vários foram chegando atrás, eis quando senão o Rafa abre a porta do carro e sai disparado para a linha do comboio gritando que se eu queria então ele ia á p..... da praia, c........ (ainda não lhe passou esta dos palavrões). Claro que tive de correr atrás dele, até porque tive receio que fosse atravessar mesmo sem olhar, só que com a aflição deixei tudo como estava, o carro com a chave na ignição, vidros abertos, enfim como nos filmes! E foi mesmo assim pois o comboio chegou nesse instante, o Rafa entrou com o pior dos humores, sem se despedir, as cancelas levantaram,  e eu tive de voltar ao carro para ouvir outra série de palavrões e raspanetes de furiosos condutores (apressados) que queriam era saber quem tinha sido a engenhosa que espetara com o carro naquele lindo sítio!

 

 

2 comentários

Comentar post