da evolução da patologia
do Rafa e da PHDA, já tive muitas opiniões
Nem sempre se manifestaram corretas ou muitos assentes em princípios científicos válidos. Também já escutei outras mais fundamentadas, sobretudo de médicos especialistas que concordam que a sua prevalência na vida adulta é muito significativa! conheço casos concretos que acompanhei ao longo dos anos e que mostram realmente a continuação na vida adulta, das caraterísticas de instabilidade conhecidas desde a infância nos portadores de PHDA.
Tendo em conta que cada caso é único e que depende de variáveis distintas (a própria PHDA tem diferentes níveis e subgrupos de tipo) sinto que muitas vezes, só porque a manifestação mais visível em criança (a agitação, irrequietude tantas vezes confundida com traquinice) e que mais «queixas» provoca dos outros, deixa de ser tão visível - não é provável que em adulto continuem a subir móveis, paredes, que empurrem para chegar primeiro - se deixa de dar atenção a outras caraterísticas! e isso faz com que em adulto o próprio descure a sua situação e só procure ajuda médica em casos limite...
A minha grande preocupação são as possíveis evoluções desta patologia, desde algumas comorbilidades associadas e que se manifestam cedo (o Rafa tem várias que o acompanham e que agora se acentuam), até outras que só aparecem mais tarde e que muitas vezes ficam escondidas. A chegada da adolescência é uma fase de viragem muito importante, mesmo que sem qualquer «problema» a não ser a típica fase da idade. Juntar a isso toda a instabilidade de uma patologia comportamental, faz uma diferença enorme.
Vivo com um menino que está a deixar de o ser em idade - 13 aninhos a fazer já amanhã! a adolescência já não vai bater à porta, vai entrar sem licença. E agora?