Integração ou inclusão?
é uma questão que me tem martelado na cabeça desde há muito e agora mais ainda....
a escola pública integra ou inclui? e que respostas educativas existem para os «diferentes» ou «especiais»?
Na verdade eu tenho sido uma defensora da escola pública. Sempre disse que a educação deve ser um direito de todos sem exceção! independentemente das suas especificidades. E deve ser a escola a adaptar-se às necessidades especiais, não o contrário, como infelizmente acontece. Como sabem os que acompanham o blog, os meus filhos não são crianças com nee porque no nosso país, as lacunas da lei permitem que seja dada à escola a possibilidade de utilizar os diferentes critérios a seu belo prazer - ora, apesar do Tratado de Salamanca e das boas intenções, continuamos a ter mentalidades «atrofiadas» e passar do papel à prática é na maioria dos casos que conheço, uma miragem! Crianças com problemas de comportamento e distúrbios graves que acarretam problemas de aprendizagem sérios, dão muito trabalho, por isso ficam no limbo - não são nee mas também não são do tipo «padrão». Digamos que são um incómodo que precisam de ser varridas para algum canto....
No canto encontram-se crianças como os meus filhos. São diagnosticados com PHDA (que sim, muitos responsáveis da área educativa, conhecem e alguns até sabem o que é) mas porque não se sabe bem o que fazer com elas, tenta-se integrar. Integram-se em turmas numerosas, integram-se em turmas «mistas» em anos diferentes do seu ano escolar, integram-se sem diferenciação de estratégias, integram-se como puderem, integram-se no sistema...porque incluir já é outra história!!
Incluir é respeitar a diferença, não é tentar padronizá-la!
a escola pública definitivamente não inclui...quando muito diga-se que integra estas crianças